Após quase uma semana, finalmente estou sentado para escrever o relato detalhado desta corrida.
De antemão peço desculpas pelo nível de detalhe exagerado, correndo o risco quase certo de ser enfadonho, mas tal granularidade faz-se necessária pois trata-se de minha prova-alvo de 2011, além de ser nada menos que uma maratona.
Por tudo isso, sem mais delongas, vamos aos fatos.
Treinamento
Iniciei minha planilha de treinos em janeiro, da mesma forma que em 2010. A diferença, desta vez, é que a corrida seria um mês e meio após o início de maio do ano anterior. Ou seja, eu teria um período maior de preparação, de forma que consegui encaixar algumas folgas no meio do planejamento, para recuperação e descanso.
Os primeiros treinos em janeiro foram um pouco sofridos, em especial os primeiros longos. Nada desanimador, mas cabe aqui o registro dessa situação apenas para ressaltar que não se deve desanimar com as primeiras dificuldades.
Diferente de 2010, desta vez resolvi variar os percursos dos treinos. Os objetivos desta variação eram: 1) Trabalhar a parte psicológica em trechos mais longos (em 2010 tive quase toda preparação em voltas de 1 ou 3km) e 2) Adicionar subidas e descidas mais desafiadoras, para melhorar a preparação física.
Lembro de ter corrido na Via Parque, beirando o Rio Tietê, desde o Parque Ecológico até o Rodoanel (em Barueri). Tinha um retão gigante, mas não era muito seguro e acabei não usando mais.
Fui algumas vezes até o Trópico de Capricórnio, no caminho para Santana de Parnaíba. Não cheguei a voltar pela Estrada dos Romeiros, mas esses treinos com altimetria “montanha russa” (by Fábio Namiuti) ajudaram bastante tanto na parte física como na psicológica.
Também corri um pouco em Tapiraí, estradinha de terra, subidas monstruosas, visual espetacular. De lá veio a “tag” #EchoPower, um fenômeno simples e, de certa forma, inexplicável, mas com um efeito motivacional bem forte.
Corri no calor, e até tive que interromper treino longo quando a temperatura atingiu 30ºC. Um gatilho de segurança para preservar a integridade física.
Corri com chuva, que adoro. Corri com Sol. Corri cedinho, corri tarde da noite e corri antes do almoço. Corri com calor (35ºC) e corri com frio (12ºC). Corri no plano e na montanha. Escrevendo assim, parece que foi uma maravilha, mas é claro que tive alguns problemas. Por conta deles, abri mão de umas três semanas intercaladas para ver se melhorava de algumas dores chatas.
Felizmente consegui realizar os principais treinos longos. Os treinos de velocidade foram bem feitos no início, mas no final eu resolvi não fazê-los por medo de lesão. Também no final passei a correr apenas no velho e bom circuito de 3km.
Como o período de treinos é bem longo - no meu caso, mais de cinco meses - algumas experiências são quase tão marcantes quanto a própria maratona. Mas o “prato principal” é mesmo o dia da prova.
Para finalizar esse bloco de treinamento, posso dizer que foi - literalmente - uma preparação feita com sangue, suor e lágrimas. Sangue, quando num treino de 30km cortei minha mão nos 15km e foi difícil fazer o sangue estancar - mas consegui e fui até o fim. Suor, porque esse é um mecanismo natural de refrigeração do corpo quando fazemos exercício. E lágrimas pela pequena Giulia, que morreu cedo vítima de câncer. A imagem dela me acompanhou em muitos treinos, e também no dia da prova.
Resumo da minha preparação:
Treinos de corrida: 943,8km em cerca de 100h
Treinos de natação: 103km em cerca de 34h
Provas antes da maratona: 57,2km em cerca de 6h (3 provas)
Antes da maratona
Na sexta-feira à noite eu deixei separados todos os itens que julgava serem necessários para correr no domingo. Por via das dúvidas, os principais foram colocados em duplicidade: dois pares de tênis, dois shorts, duas camisetas, dois pares de meia... Um certo exagero, concordo, mas também não custa nada se precaver.
No sábado, percebendo que o clima estava esquentando durante a semana, fui cortar o cabelo e acabei ficando quase careca. Melhor assim. Correr com cabelo “Globe-Trotter” não dá.
Como em 2010, fui retirar o kit no sábado à tarde, para já ficar em SP, na casa dos meus pais. Fiquei 30 minutos na fila, e mais outro tanto na feira da maratona.
Fui para a casa dos meus pais, conversei um pouco com eles e assisti a dois DVDs previamente selecionados. Com isso, consegui combater quase totalmente a ansiedade que é comum antes das provas.
De sábado para domingo, dormi de forma satisfatória. Acordei poucos minutos antes do despertador, tomei um café-da-manhã substancial, me arrumei e zarpamos para o Ibirapuera.
Meus pais me deixaram perto da Assembléia Legislativa, de onde saíam os ônibus que a organização disponibilizou para o trajeto chegada-largada. Eram pouco mais de 7 da manhã. O embarque, desta vez, foi rápido, mas neste ano acabei viajando de pé. Preferia sentado, mas tudo bem.
Estava trajando calça de moletom e agasalho, já que as manhãs pré-inverno estavam um pouco frias, mesmo com Sol. Cheguei à avenida da largada por volta das 7:30, com cerca de uma hora de espera até o tiro de canhão. Fiquei zanzando pela área, tomando meu gatorade e tentando encontrar alguns conhecidos.
Por fim, encontrei o Jack com um colega, e ficamos jogando conversa fora. Depois, apareceu o Guilherme, que também trocou algumas palavras breves. Por volta das 8h, tirei meu abrigo, me fantasiei de corredor e deixei minha sacola no guarda volumes - um ônibus que se deslocaria para a região da chegada.
Encontrei o Rei e a Dri, fui fazer um xixizinho pré-largada, e reencontrei o Jack para nos dirigirmos à baia de partida.
Largada
Não cheguei a ouvir o anunciado tiro de canhão. Com um certo atraso, embora - segundo o Jack - o regulamento dizia que a largada era “a partir” das 8:25, partimos para a nossa jornada. Pelos cálculos que fiz olhando o resultado oficial, foram cerca de 13 minutos entre o tiro e o momento que passei a linha de largada. Ao acionar meu cronômetro, eram 8:50. Temperatura um pouco abaixo dos 20ºC. Na sombra estava “friozinho”, e ao Sol fazia “calorzinho”. Essa temperatura chegou a me preocupar um pouco, mas só preventivamente, já que ainda não tinha sentido nenhum desconforto real.
Ainda na baia de largada encontramos o Hideaki, mas logo em seguida o perdemos, sem saber se estava à nossa frente ou atrás. Como havia muita gente, o início de prova é um pouco confuso e quase tumultuado. Vi algumas pessoas caindo ao chão, e até um ciclista que pedalava na calçada também beijou o solo.
Após o quilômetro 6 se dividiam os corredores que correriam 10km, dos que fariam 25 e 42km, e então houve mais tranqüilidade para correr.
Início
Perdi a placa do primeiro quilômetro, mas isso não me atrapalhou pois minhas parciais seriam a cada três. A partir do segundo, passei a identificar todas as placas, mas devo ter me embananado no nono, provavelmente devido a algum posto de água, e acabei marcando apenas no décimo. Também por conta dos postos de água, acabei perdendo temporariamente o Jack, mas recuperei-o quando fiz um “pipit-stop” após os 10km.
Eu havia combinado com meus pais, esposa e filhas, de nos encontrarmos na Praça Panamericana, como em 2010. Desta vez estavam todos lá já na primeira passagem, pouco após os 12km. Ao vê-los, desferi meus primeiros brados de “eco”, já conhecidos pelas minhas meninas. Fizemos uma festinha, tomei uns goles de gatorade, e continuei meu trotinho. A presença da família no percurso da maratona foi muito importante para mim, e me deu muita força.
Perto do quilômetro 14, identifiquei meu chefe Tom já retornando pelo outro lado da avenida. Passei a marca de 15km num tempo mais rápido que o da última São Silvestre (quando corri na boa, filmando o percurso). Por um lado, fiquei feliz de estar bem na prova, mas por outro lado fiquei um pouco preocupado, se não estaria colocando em risco o final da maratona.
Na segunda passagem pela Praça Panamericana, lá estava minha torcida novamente. Combinei alguns detalhes sobre a terceira e última passagem, e segui em frente.
Na região do Parque Villa Lobos percebi que minha tentativa de correr menos rápido não estava funcionando. Comecei a me preocupar se isso comprometeria a segunda metade da prova, pois o desgaste começa a pesar cada vez mais, em especial após os 30km.
Na última passagem pela praça, me despedi da família e pedi para que me esperassem na chegada. Passei pela marca de meia-maratona, alcancei o Hideaki e, um pouco a frente, o Jack, com quem correra a maior parte da prova até ali. Na raia da USP passamos pelo Tom. Tentei animá-lo, já que ele estava no final dos seus 25km, mas tive impressão que havia acabado o gás dele, e não houve como convencê-lo a acompanhar-nos, ainda que estivesse a menos de 2km para o fim.
Acabou a moleza
Também na raia, finalmente deixei o Jack “ir embora”. Cheguei a pensar que ele poderia estar fazendo apenas os 25km, já que o ritmo estava completamente fora da minha realidade. Agora, analisando com mais calma, acredito que ele fez um início mais cauteloso, pois voltava de lesão, e foi acelerando na medida que ganhava confiança.
Na saída da USP, chegando à Av. Escola Politécnica, passei pelo Fábio Namiuti, que andava meio que mancando. Fiquei um pouco preocupado com a cena, perguntei se ele tinha quebrado e, de acordo com a resposta, achei que a prova tinha acabado para ele. Pena.
Passei pela chegada dos 25km já em ritmo bem mais modesto que no início, sabendo que essa avenida não é arborizada, sendo quase uma tortura ao corpo e à mente. Mesmo administrando e finalmente conseguindo fazer um ritmo dentro da minha realidade, acabei ultrapassando o Jack nessa região, e corri todo esse trecho sozinho. Graças à boa base de treinos em situações áridas, consegui vencer essa parte de forma satisfatória.
Ao entrar novamente na USP, começou a parte dura da prova, como eu já esperava e estava devidamente preparado. Quando montava a estratégia para a prova, cheguei a pensar em dividi-la em partes: “aquecimento”, “manutenção” e “superação”. Outra opção que tinha na manga era, após metade da prova, começar a contagem regressiva: “falta só meia-maratona”, “falta só uma São Silvestre”, “falta só uma Abertura Corpore”, “só uma Centro Histórico”, e assim por diante. Nessa hora onde o psicológico pode ajudar ou afundar, a experiência e o treinamento contam bastante.
Lembrando que em 2010 tive problemas “barrigais” após o quilômetro 30, desta vez eu já estava preparado para isso e, ao primeiro sinal de reocorrência, na altura do 27, mandei goela abaixo um plasil, aproveitando que também estava na hora de água e gel carboidrato.
Indo em direção ao IPT, quase levei um susto ao ver os corredores à minha frente entrarem na subida que leva ao bosque. Pensei: “só falta terem mudado o percurso e termos que subir essa rua”. Felizmente, mal entramos nela e já retornamos. Antes de chegar à raia, me surpreendi novamente, desta vez positivamente, ao ver o Namiuti correndo no sentido oposto ao meu. Avaliei que ele havia se recuperado e voltado à prova. Não lembro se vi o Jack e o Hideaki por ali.
Na altura do km 30 comecei a sentir uma dor considerável na coxa esquerda, mas decidi ignorá-la e seguir em frente. Essa dor me acompanhou por alguns quilômetros, mas não chegou a prejudicar o desempenho. Mesmo assim, o ritmo ia caindo gradativamente devido ao desgaste acumulado.
Entre os quilômetros 30 e 31 o Jack me ultrapassou. Acho que ele não me viu, e achei melhor não lhe chamar, pois tentar acompanhá-lo poderia atrapalhar nós dois.
Fiquei feliz em ultrapassar a marca dos 33km, distância do meu maior treino até então. Foi nessa placa que parei, em 2010, para atendimento médico. A partir daí estava batendo meu recorde de corrida sem caminhadas relevantes. Consegui manter o trote constante até mais ou menos o km 36, quando finalmente caminhei um pouco, na subida do túnel que dá acesso à Avenida Lineu de Paula Machado, aquela do Jóquei. Voltei ao trote logo que acabou a subida, mas o ritmo continuava a cair.
Àquela altura eu já via as previsões de tempo final caírem uma a uma. Felizmente eram todas muito otimistas e, até o momento, minha previsão original de 4h40 estava dentro da janela possível. A parte psicológica estava dentro do controle. A motivação estava forte, em especial porque eu acreditava que minha família estaria me esperando na chegada.
Mas infelizmente a parte física estava sendo minada na mesma proporção que a chegada se aproximava. Era uma batalha que eu teria que enfrentar e vencer. Minha cabeça procurava de onde tirar energia para os últimos quilômetros. Eu sabia que faltava pouco, que valia à pena, que era a realização de uma preparação de meses. Mas quem disse que eu conseguia? A impressão que eu tinha é que tinha acabado toda energia disponível. Não tinha de onde tirar forças, mesmo eu querendo e estando animado.
O Hideki me passou, e a única coisa que consegui falar foi “acabou o gás”. Naquela altura, por volta das 13h, os termômetros de rua marcavam 28ºC, mas não parecia tão quente. Provavelmente por causa da baixa umidade do ar. Isso também deve ter causado um fenômeno interessante em meus braços, pernas e rosto: formou-se uma camada de sal nessas regiões.
A chegada
A começar pelo túnel perto dos quilômetros 35~36, andei na saída dos últimos três buracos. Eram trechos em ligeira subida, e minhas forças estavam “na reserva da reserva”. Consegui me motivar e forcei um trotinho mínimo nos outros trechos. Num determinado momento desisti de tentar fazer alguma estimativa de tempo final. Só a chegada importava.
Já beirando o Parque Ibirapuera com cerca de 1km para o final, visualizei meus pais e minhas mulheres. Nem consegui gritar o “eco” tradicional. Só sinalizei que estava semi-morto e segui adiante. Nem parei para cumprimentá-los - o que depois percebi ter sido uma tremenda falta de consideração da minha parte, mas àquelas alturas eu nem estava mais pensando direito.
Fui surpreendido, na seqüência, pelas minhas filhas, que saíram em desabalada carreira à minha perseguição. Ao perceber isso, reduzi o passo e deixei que elas me alcançassem. Tentei fazê-las correr comigo até a chegada, mas a menor não conseguiu. Nesse momento, a despeito de qualquer perda de tempo que eu pudesse ter, voltei a caminhar para que elas pudessem ficar comigo. Meus pais estavam na retaguarda, para cuidar delas no caso de alguém desistir.
A Karina acabou ficando com a avó, depois de eu sugerir isso a ela. A Beatriz ficou comigo. Ao vermos um fotógrafo da Webrun, consegui convencê-la a voltarmos a correr, para ficar bem na foto. Em seguida, como já era possível ver o pórtico de chegada, ela continuou animada e fomos trotando rumo à meta.
Por mais chavão que seja, palavras não conseguem expressar a força da emoção que foi cruzar a linha de chegada da maratona segurando a mão da minha filha. O choro veio bem rápido, mas não havia força nem lágrimas em meu corpo.
Logo em seguida, encontrei meu parente Paulo Merino com um colega. Só cumprimentei, mas não consegui conversar. Tomei um copo d’água, peguei a medalha e lanche, tentei tomar um copo de gatorade, mas este estava estranho. Peguei minha sacola no guarda-volumes, liguei para minha mãe e comecei a voltar para o local de encontro. No meio do caminho o gatorade estranho foi embora. Eca! Tudo isso com a Beatriz ao meu lado, me acompanhando.
Com o passar do tempo, voltando para a casa dos meus pais, tomando banho, comendo, bebendo, quase dormindo e me recuperando, o cansaço foi sumindo, e as dores começaram a ficar mais claras. Nada grave.
Depois, analisando com mais calma, acho que deveria ter dado mais atenção à alimentação nos dois dias que antecederam à corrida. Fiz apenas uma alimentação normal, mas deveria ter reforçado um pouco. Acho que isso ajudaria a evitar, pelo menos parcialmente, a falta de força que identifiquei no final da prova.
Obviamente o início da corrida em ritmo mais forte também pode ter influenciado no final, mas sinceramente não consegui perceber se isso realmente aconteceu. Uma das possibilidades que estavam à minha disposição nas minhas alternativas de planejamento era justamente um início mais rápido para aproveitar a temperatura menor. Além disso, por motivos lógicos, eu já previa mesmo um final lento.
Se em 2010 eu terminei a maratona sem muita empolgação, desta vez eu já estou fazendo planos para 2012. As próximas três semanas, além dessa que acabou de passar, serão de treinos levíssimos. Depois, já tenho algumas ideias em amadurecimento.
Se de 2010 para 2011 consegui abaixar 45 minutos do meu tempo final (embora não fosse tão difícil, já que aquele tinha sido um tempo, digamos, ridículo), para 2012 tenho metas no mínimo ousadas. Claro que não planejo baixar outros 45 minutos, mas nem por isso deixam de ser planos agressivos. A única coisa que posso adiantar é: quero melhorar.
Para encerrar, deixo a seguinte frase que escrevi no Fórum Runner Brasil: “consegui perceber que sou um neném em maratonas, e tenho muito o que aprender.”
Amigos e amigas. Estou totalmente ausente da "blogsphera", aqui no blog e também nos dos colegas corredores.
Só passei rapidinho para informar que estou inscrito para a Maratona de SP, neste próximo domingo. Consegui fazer uma preparação satisfatória o suficiente para participar num ritmo moderado e aceitável.
Pretendo correr algo em torno de 4h40, com uma margem para mais e para menos, pois todos sabem que numa prova longa assim não é possível fazer uma previsão precisa.
Estou torcendo para que o frio dos últimos dias continue até o término da prova, pois eu prefiro este clima para correr.
Desejo a todos que também participarão uma ótima prova e que atinjam seus objetivos.
#EchoPower !!!
Editado: a pequena Giulia nos deixou. Fiquei muito triste. Quem ajudou, ajudou. Quem ainda quer ajudar, pode colaborar com várias outras pessoas que estão precisando.
Neste domingo de dia das mães foi realizada a corrida Corpore/Graacc.
Eu até pensei em participar, já que em Maio não tenho nenhuma prova agendada. Mas o preço de R$70 me desanimou.
Interessante, coincidência ou não, na 5ª/6ª feira fiquei sabendo que essa menina da foto, de 1 ano e 8 meses, está na UTI da GRAACC precisando urgente de doação de sangue. Outra coisa que me chamou atenção foi que ela tem sangue do tipo O+, exatamente o mesmo que o meu.
Claro que o fato de um ser tão pequeno precisar de ajuda me tocou, e imediatamente me informei de como poderia doar sangue para ela.
Além disso, publiquei um convite no Facebook para que outras pessoas também possam ajudar, e estou fazendo a mesma coisa aqui.
Se você puder ajudar, ou pelo menos divulgar, seguem abaixo as orientações:
Não sei quanto a você, mas o gesto de doar sangue, para mim, tem muito valor, de tal forma que não me incomodei em perder meu longão do fim de semana, e mesmo que isso de alguma forma prejudique minha participação na Maratona de SP (o que acho difícil), mesmo assim não me arrependeria de ajudar.
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Este botão aqui em baixo deveria fazer a mesma coisa, mas não sei porquê o comportamento é diferente... De qq forma, fica aí a opção:
Bom, fica aí a dica. Seja mais um a ajudar esta criança. Faça a diferença.
Minha homenagem ao meu tio Luiz que faleceu e foi sepultado no cemitério Jaraguá. Corri da minha casa até o cemitério. Alphaville-Tamboré-Rod. Castello Branco-Rodoanel Mário Covas (trecho Oeste)-Rod. Anhanguera. Em 1996 eu fui aos EUA e fiquei hospedado na casa do meu tio. No primeiro dia ele me chamou para correr com ele e demos uma volta pelas ruas de Pasadena/CA.
Em 2010 corri esta prova no dia do aniversário da minha filha Beatriz, e estabeleci meu Récorde Mundial Pessoal (RMP) para a meia maratona. Na época eu estava treinando para a maratona de SP, como agora, mas desta vez eu não estava tão animado como no ano passado.
Passei a semana quase sem correr, sentindo um pequeno incômodo no joelho D - nada grave, mas achei prudente poupar a carcaça.
Marquei de encontrar o Pr. Daniel ao lado do guarda-volumes, mas nos desencontramos e fui para a largada sozinho mesmo. Eu imaginava que ele correria num ritmo mais tranquilo, e acompanhá-lo seria uma boa desculpa para não me comprometer com resultados relevantes. Mas, sem essa referência, fiquei meio perdido em relação a meus objetivos dentro da prova. Imaginei que o fato de ter dormido pouco de sábado para domingo, devido à festinha de aniversário da Beatriz, poderia ser uma desculpa substituta para meu desânimo pré-largada. Também sentia uma pequena fraqueza que imaginei ser por conta de não ter tomado um café-da-manhã mais substancial.
Enfim, já na baia de largada, nos pensamentos finais antes de começar a correr, estabeleci que qualquer coisa entre 18 e 20min/3km estaria de bom tamanho, ainda mais porque eu não sabia se o joelho iria reclamar.
Buzina soando, e lá vamos nós para minha 9ª Meia Maratona Corpore.
Comecei no ritmo dos corredores que estavam ao meu redor. Nem forte, nem lento. Fiquei um pouco constrangido ao ver alguns me ultrapassando em velocidade bem superior à minha. Eu não gosto de atrapalhar os outros, mas como estava na média da maioria por ali, acabei aceitando a ideia de que os ultrapassantes é que deveriam ter largado mais para frente.
Ao completar meu primeiro trecho de 3km, marquei no cronômetro um tempo bem próximo a 18min. Lembrei que meu chefe Tom, que também estava correndo a prova, tinha estabelecido como objetivo pessoal um ritmo de 6min/km, o mesmo que eu estava correndo naquele momento. Avaliei que o joelho não estava incomodando e resolvi tentar superar o tempo do patrão. No primeiro posto de água, mudei minha estratégia e ingeri um sachê de carboidrato em gel, o que foi uma ótima ideia para garantir mais energia para o resto da prova.
Do 3º ao 6º km acelerei um pouco e consegui parciais mais rápidas. Perto da metade da prova calculei que poderia, com uma certa segurança, ficar abaixo das 2 horas no tempo final. Estava me sentindo bem, e o clima na casa de 20ºC também ajudava. As ruas bem arborizadas do percurso minimizavam o efeito do Sol que tentava aparecer no céu.
Um aspecto que tentei corrigir em relação à Meia Maratona Yescom, que corri em fevereiro, foi em relação à hidratação. Mesmo não estando tão calor como no verão, bebi água em todos os postos. Foi uma atitude acertada, que preciso aprimorar mais um pouco, especialmente em relação à maratona.
Mesmo cometendo um pequeno erro de cálculo na reposição de carboidrato no meio para o final da prova, consegui corrigir isso no posto de água seguinte. O problema é que isso ocorreu no pior trecho, na região da Av. Politécnica, de forma que o ritmo caiu um pouco.
Mesmo assim, não desanimei. Tentei acompanhar um corredor que estava marcando o ritmo de 1:55 e, mesmo não conseguindo manter a mesma cadência, pelo menos ainda o mantinha em meu campo de visão.
Nesse final de prova eu já projetava uma quebra de récorde pessoal, igual ao ocorrido em 2010. A diferença ficava por conta de que em 2010 eu tinha entrado na prova com esse objetivo, e em 2011 fui mudando minhas metas no desenrolar da corrida. Além disso, em 2010 eu sofri um bocado no final da prova, mas em 2011 - apesar de já estar próximo ao meu limite - eu estava bem confiante, seguro e forte no final, perto da chegada.
Isso tudo colaborou para eu me sentir bem feliz ao cruzar a linha de chegada, marcando meu melhor tempo nessa distância: 1:56:27 (marcação pessoal).
Tomei um copão de gatorade gelado após a chegada, e percebi que estava precisando ingerir bastante líquido, o que fiz em alguns bebedouros do Cepeusp, e também com uma garrafinha de água mineral que comprei na Decathlon, no caminho para casa.
Outro mimo que gostei dessa prova foi na barraca da Montevérgine, onde ganhei 2 ovos de chocolate para minhas filhas (trocados por embalagens de torrone).
Agora preciso ajustar minha planilha de treinos para a Maratona de SP. Acho que estou no caminho certo, mas com algumas coisas para corrigir até o dia da corrida.
Esse récorde pessoal eu dedico novamente à minha filha Beatriz, que faz 9 anos hoje, e ao meu tio Luiz, que faleceu na semana passada, após 10 anos de luta contra o câncer.
in zone (4): 34.14
avg hr: 168
peak hr: 182
min hr: 119
tot cal: 2360
Acordei às 5 da madruga, saí de casa às "cinco e sessenta" (lembra do Bozo? rsrs) e cheguei à arena às 6:05. Fiquei até 6:20 esperando começarem a entregar os kits e nada. Então comecei meu "aquecimento" de 17km, já que tinha que correr 32km no domingo.
Alguns minutos depois começaram a distribuir os kits. Peguei o meu, número 58, elite profissional rsrs. E continuei meu aquecimento...
Manhã fresquinha, ótima para correr, e eu no meu ritmo tartaruga. Fui beirando o rio Tietê e até vi a organização montar o posto de água do km 10. Pena que o cheiro do rio estava meio ruim, mas de resto estava tudo indo conforme o planejado. Fiquei um pouco preocupado, achando que a largada poderia atrasar, mas no fim das contas o atraso foi pequeno (8min).
Ainda consegui tomar um gatorade e ir ao banheiro antes da largada oficial. Não bastasse eu já estar um pouco cansado e fazer um ritmo bem lento, ainda saí na rabeira do pelotão. Assim, fiquei toda prova dividindo as últimas posições com a galera-tartaruga. Pensei seriamente que este poderia ser o dia em que terminaria uma corrida como último colocado. Só não foi porque tinha uma meia dúzia de corredores um pouco mais lentos, e também porque no final passei alguns outros.
Nos primeiros postos de água não consegui pegar copinhos gelados, mas da metade para o final eles estavam trincando e isso foi ótimo para mim. Outro ponto a favor da organização foi o controle de chip nos dois pontos extremos da prova, além da largada/chegada.
No primeiro retorno consegui ver o Riso, Carlos Pastor e Bezerrinha, mas no segundo eles já estavam tão na frente que só vi o Bezerrinha. Também vi o professor Flávio e passei pela Elis.
Marquei minhas parciais a cada 3km. Os primeiros 3 trechos foram com tempos levemente inferiores ao que eu tinha planejado. Esperava fazer 20min/3km e estava girando na casa de 19:30. Achei melhor não forçar a barra, porque poderia pagar caro no final. Mas no 4º trecho eu me empolguei um pouco e fiz 18:30. Me senti bem, sabia que faltava pouco para acabar, o clima estava excelente, a motivação estava forte, tomei um último gel no km 12, junto com alguns goles de água gelada e fui "pras cabeças" (riam à vontade rsrs) nos últimos 3km. Parcial deste trecho: 16:36, com direito a sprint nos últimos 200~300m para passar um outro corredor. Total: 32,5km em 3h28.
Em janeiro comecei meus treinos para correr a Maratona de SP, que será no dia 19/06/2011. Graças a Deus estou conseguindo cumprir o planejamento, com um ou outro ajuste pertinente.
Esta meia-maratona da Yescom, como em 2010, entrou no meu calendário de preparação, embora eu não tenha me animado muito pela prova em si. Encarei mais como um treino mesmo. Como alguns dizem por aí, um "treino de luxo" rsrs.
No fim de semana anterior eu não consegui cumprir o treino longo por causa do calor. Então, no treino de 4ª feira resolvi aumentar a distância prevista, de 10km para 19,5km. O treino foi ótimo, à noite, e durou 2h01. Mas por causa dele tive uma noite muito agitada e não dormi direito à noite. Na 5ª feira eu estava um caco, não conseguia comer direito, mas tomei alguns cuidados que me fizeram melhorar aos poucos. Não fui nadar, e na 6ª feira também só fiquei em repouso.
No sábado já estava me sentindo melhor, e até fiz um excelente treino de 1km com minha filha rsrs
Para domingo eu tinha que cumprir um treino longo de 32km. Mapeei um percurso de 11,1km que eu correria antes da largada, e emendaria o final deste "aquecimento" com a largada da prova.
Cheguei à região do Pacaembú antes das 7h, me arrumei, tomei uns goles de Gatorade e parti para a primeira perna prevista. Temperatura agradável na Av. Pacaembú, na casa de 22ºC. Voltei, subi até os cemitérios da Av. Dr. Arnaldo e desci novamente para o estádio e avenida homônimos. Perto do Minhocão, o mesmo termômetro já marcava 27ºC. Na volta para o carro, passaram por mim as largadas dos cadeirantes e elite feminina. Ao passar no possante para mais uns goles de Gatorade, ouvi a buzina de largada. Tudo dentro do planejado.
Fui trotando para a linha de largada e entrei na prova com cerca de 6min decorridos. Ainda teve muita gente que acabou largando depois de mim.
Eu estava me sentindo bem, mas tinha que tomar cuidado pois ainda estava no início de uma distância longa. A presença de público no percurso é quase nula, e os quilômetros iniciais têm poucos atrativos a serem registrados. Único destaque para o fato de, enquanto estava passando pelo Minhocão pela primeira vez, os cadeirantes e a elite feminina já estavam em sua segunda passagem. Ao sair do Elevado, ouvi algumas pessoas gritando que o Marilson estava passando.
Ao passar pelo Bom Retiro começamos a observar uma mudança de cenário, incluindo alguns pontos turísticos, mas também áreas degradadas.
A marca de 10km, para mim, significava ter completado a distância da meia-maratona. Meu tempo pessoal ficou em 2h18. Na minha cabeça, aquela era a marca de dois terços do planejado.
Eu estava motivado, tomando cuidado para não me empolgar antes da hora, e constantemente avaliando minhas condições físicas e a possibilidade de ir até o final. Mas a falta de Gatorade no posto onde deveriam estar distribuindo o mesmo acabou me atrapalhando física e psicologicamente.
No posto de água seguinte caminhei alguns metros, mas retomei o trote na sequência. De volta ao Minhocão, caminhei umas duas vezes e consegui retomar o trote.
Nessa segunda passagem pelo Minhocão, encontrei (já voltando, claro) algumas pessoas conhecidas, como o Marcelo (de Alphaville), o Fábio Namiuti, o Jack e meu chefe Tom. Perto de mim, também cumprimentei o Geraldo.
Comecei a sentir uma sensação desagradável, provavelmente em função do calor e devido a já estar correndo há mais de 3 horas. Um sintoma estranho, que nunca tinha sentido antes, foi algo no meu ouvido esquerdo. Não sei se estava "alagado" de suor, mas parecia que alguma coisa atrapalhava a audição daquele lado. Sabe quando a gente sobe ou desce uma serra de carro, e parece que o ouvido "entope"? Era algo parecido, não sei direito o que era.
Meu cenário foi se deteriorando no final da prova, até que no km 19 eu resolvi dar uma nova caminhada, mas acabei andando até o final. Não consegui retornar ao trote. Comecei a sentir um mal estar, e achei prudente não forçar mais, para não piorar.
Nessa caminhada pela Av. Pacaembú, além de reparar que o termômetro marcava 31ºC, encontrei o Seneval e o Fabio Matheus, ambos já indo embora.
Na praça Charles Miller o Jack me cumprimentou da grade e, ao perceber que eu não estava bem, foi me encontrar na chegada para me dar um suporte médico.
Cruzei a linha de chegada com mais de 2h30 no tempo oficial. Cerca de 3h45 para mim (32km).
Após pegar a medalha, cumprimentei rapidamente o Ivo e esposa, tentei achar o Serginho ao lado da banca de jornais, e fui à tenda médica tomar um plasil na veia.
Ao me encaminhar para o carro, ainda estava meio "mals", mas quando comecei a tomar meu Gatorade trincando de gelado fui melhorando aos poucos. No caminho para casa sequei quase duas garrafinhas de isotônico. Em casa tomei uma latinha de coca-cola, tomei banho, deitei, tomei mais uma garrafa de Gatorade e, depois de algumas horas e outras bebidas, já estava renovado para enfrentar o dilúvio que caiu sobre SP, mas esta é uma outra história...
Apesar dos percalços, avalio que este treino-prova foi muito positivo e proveitoso. Em 2010 meu primeiro longo de 32km foi abortado. Acho que em 2011 estou melhor preparado, mas tenho consciência de que ainda estou no começo e tem muito chão pela frente.
Editado: PS: antes de chegar em casa o sintoma estranho no ouvido já tinha sumido.
Marcação pessoal:
in zone (4): 3:08.06
avg hr: 155
peak hr: 171
min hr: 30 (!?!)
tot cal: 4075
Cheguei razoavelmente cedo na Av. Paulista, bem a tempo de ver passando a largada dos cadeirantes e demais PNEs. Eu estava torcendo para não chover, pois assim poderia filmar a corrida. E de fato não choveu, sendo que o resultado pode ser assistido no video abaixo (15min):
Corri num ritmo tranquilo, e a temperatura amena (24~21ºC) ajudou bastante. Minha FC média foi de 161bpm, e o tempo final foi de 1h35min aproximadamente.
Fiquei muito feliz de fechar o ano desta forma, e gostei muito de poder registrar isso em video.
Encontrei vários conhecidos, e não encontrei outros tantos. Agora em janeiro o foco é o início dos treinos para a Maratona de SP.
Tentando tirar o atraso aqui do blog, segue um descarado "paste-cole" do que escrevi no Fórum Runner Brasil:
Cheguei à região da prova antes das 7h e o termômetro de rua já marcava 24ºC, com um Sol bonito no céu, quase sem nuvens. Já que em 2009 tivemos chuva do início ao fim, nada como um solzinho para compensar.
Esperando pela largada, fugi da sombra e fiquei me "bronzeando". Mesmo sem fazer aquecimento já estava transpirando por causa do astro-rei. Resolvi fazer uma prova tranquila, sem arriscar, e foi a melhor decisão que tomei, pois mesmo assim sofri um pouco no final.
Quanta diferença para o ano passado. Naquela época eu estava "voando" (para meus padrões, claro) e a chuva refrescante me ajudou a estabelecer o récorde pessoal nos 15km. Agora, por outro lado, pude usar toda minha experiência para controlar minha prova dentro da minha realidade momentânea.
Após passar pela placa de 13km eu estava com muita vontade de caminhar, mas consegui buscar algumas motivações para continuar no trotinho. Foi uma experiência interessante constatar que naquelas condições era meio difícil buscar pensamentos mais elaborados. Parecia que o desgaste físico limitava a parte mental. Mas eu já tinha uma "receita" meio pronta para essa situação, e consegui seguir firme até a linha de chegada.
O tempo final foi bem ruim (01:32:31), mas pelo menos consegui completar minha prova de #200, minha 183ª corrida casado.
Encontrei alguns conhecidos antes e durante a prova. Espero encontrar mais alguns até a São Silvestre para poder desejar um bom ano novo.
Eu já tinha ficado muito feliz pelo pódio no sábado (ver post anterior), e o que viesse no domingo seria puro lucro.
No ano passado eu participei deste Duathlon, organizado pelo Alphaville Tenis Clube, e fiquei em 2º lugar na categoria M3140 (entre 6 concorrentes da mesma faixa etária). Se em 2010 houvesse poucos concorrentes novamente, a chance de pódio seria grande, dependendo do nível dos adversários.
Desta vez minha filha Beatriz também foi, inclusive para participar da categoria F0810. Para ela seriam 100m de natação e 200m correndo. Havia 6 meninas nessa categoria, acho que todas maiores que a Beatriz, que tem 8 anos. Como a piscina tem 5 raias, dividiram a categoria em 2 baterias com 3 meninas cada. A Be nadou na 1ª bateria e, na piscina, não fez feio, nadando bem, mas saindo em 3º lugar (última). Na corrida, uma simples ida e volta, a Beatriz só "foi" e parou no retorno, triste por estar em última. Fui ao encontro dela e voltamos andando até a chegada. Foi a primeira experiência dela nesse tipo de competição, e vai fazer parte do aprendizado dela.
Nota sobre a primeira colocada: uma menina muito simpática e atenciosa. Viu que a Beatriz tinha ficado triste e tentou conversar com ela, para ver se conseguia consolá-la e animá-la. Uma atitude nobre.
Havia vários atletas convidados para participar desta competição. A delegação do Círculo Militar estava em grande número, conquistando vários pódios, tanto no infantil como no teen e adulto. Na categoria inferior à minha teve um japonês que fez os 500m de natação abaixo de 6min!
As baterias estavam sendo liberadas de acordo com as categorias, tanto em relação ao gênero como à faixa etária. Quando chegou a minha, havia 3 atletas da minha faixa - eu incluso - e, para aproveitar as raias livres, incluíram uma moça e um cara mais velhos. Deduzi, ali, que só tinham 3 concorrentes na minha faixa. (O que foi um erro, pois colocaram outros 2 da minha faixa na bateria seguinte. Ou seja, dava para ter soltados os 5 na mesma bateria).
Um dos meus dois concorrentes eu já conhecia: era o Marcos Castello Branco, triathleta de IronMan, praticamente um profissional. Gente boa, mas estava num nível que eu não podia competir. O outro que nadou na minha bateria era um pouco mais "pesado" (entenda-se: um pouco gordinho). Na natação isso não é problema, mas na corrida eu poderia ter alguma vantagem.
A moça que nadou ao meu lado eu conhecia de vista e sabia que corria bem, mas não sabia se nadava tão bem. O quinto elemento da bateria, o mais velho, era do mesmo nível do Marcos: daqueles que não sabem brincar rsrs.
Ao entrar na piscina para um rápido aquecimento, não me senti bem. A água estava muito quente, o que não costuma me incomodar, mas deve ter passado do aceitável. E, de fato, isso incomodou a todos, e me atrapalhou no início da natação. Só no final consegui um ritmo mais forte, o suficiente para abrir meia piscina de vantagem pro gordinho. Os triathletas me colocaram quase duas piscinas de vantagem. A moça ficou uma piscina e meia atrás de mim.
Meu tempo de natação foi praticamente igual ao de 2009: 7:56 agora, contra 7:57 no ano passado. A transição foi um pouco melhor: 30s contra 37s em 2009.
O percurso da corrida foi ligeiramente diferente do ano passado. Pelo que medi no MapMyRun, em 2009 deu 4400m e em 2010 foram praticamente 4km cravados.
Novamente eu nadei com a cinta do frequencímetro por dentro da sunga e coloquei-a no peito ao começar correr. Fui controlando meu ritmo em função da FC, e fui no limite o tempo todo, na casa dos 180bpm. Eu sabia que não dava para alcançar o Marcos, mas queria garantir o 2º lugar contra o gordinho. Minha esperança era que a moça me passasse para eu tentar acompanhá-la, usando ela como coelha.
No fim, consegui fazer um ritmo bom, um pouco acima de 5min/km, fechando a prova em 29:25. Minha corrida foi um pouco pior que em 2009: o tempo foi maior para uma distância menor. A moça não me passou.
Na hora da premiação fui surpreendido ao saber que minha categoria tinha 5, e não 3 participantes. Dos 2 que nadaram/correram na bateria seguinte, um eu consegui superar no cronômetro, mas o outro me passou na corrida (conversei com o medalha de prata e comparei nossos tempos: fui 1min mais rápido na piscina e 3min mais lento na corrida). Acho que não conseguiria passar o 2º mesmo se ele estivesse na mesma bateria, mas eu preferia uma disputa "olho-no-olho", e não apenas no cronômetro. Não sei quanto tempo fez o 4º colocado, pois ele não apareceu na premiação e os resultados oficiais ainda não foram divulgados, mas se foi um tempo próximo ao meu a disputa poderia ter sido emocionante.
Seguem abaixo umas fotinhas que a Beatriz bateu:
O "gordinho" ficou em 5º. É o que aparece à esquerda nessa última foto. Ele nadou bem, mas na corrida foi BEM devagar.
ua
Em 2009 eu participei da Travessia Guarapiranga, em Março. Não retornei em 2010, mas graças à dica do Riso, um colega do fórum Runner Brasil, me inscrevi para a edição extra da Virada Esportiva.
Inscrição gratuíta, mesmo sendo um pouco longe valeu à pena participar deste evento.
A largada seria às 10h e planejei sair de casa às 8h para chegar com uma boa antecedência e garantir um armário no vestiário. Na 6ª feira, véspera, olhei rapidamente o caminho e peguei algumas referências que julguei importantes, mas fui tapado o suficiente para conseguir me perder lá perto de Interlagos. Dos cerca de 35km previstos, consegui percorrer mais de 50km até chegar à represa. Pensei até em desistir, mas acabei conseguindo chegar com uma antecedência segura (gastei cerca de 1h).
Peguei o "kit" - touca e "chip" - e pintei o número nos braços. O "chip" era apenas um pedaço de plástico com um código de barras que seria lido na chegada. Caso eu perdesse o "chip", teria que pagar R$80 de reembolso. Piada: R$80 por um pedaço de plástico - e não era daqueles chips modernos com RFID, inclusive porque esses são descartáveis.
Aproveitei que ainda tinha bastante tempo e fui olhar o "percurso" da prova. Num primeiro momento achei bem pequeno, e parecia ter BEM menos que os 1500m anunciados. Mas quem sou eu para conseguir medir uma distância, numa represa, apenas no "olhômetro". Quando voltei na prainha, mais tarde, tive impressão que tinha aumentado o tamanho do percurso, mas dei pouca importância para isso.
Encontrei o Riso antes da largada e ficamos batendo papo até a hora da buzina. Esta, por sinal, foi super pontual.
Pelo meu cálculo super apurado pós-graduado em estimadores de máxima verossimilhança, acho que tinham umas 300 pessoas alinhadas para a partida. Fiquei com o Riso no "fundão" (entre os últimos a largar, não na parte funda da represa rsrs) para evitar um pouco o tumulto da largada.
Lembrei do meu relato da travessia do ano passado, especialmente sobre a questão da temperatura da água. No início parece gelada, mas logo já dá para acostumar e esse fator passa despercebido. Desta vez não me afobei no início, e consegui um ritmo muito bom.
As bóias de referência foram passando mais rápido que eu imaginava. Após fazer a primeira curva do triângulo, senti um pouco a diferença na direção das marolas, mas logo me adaptei e segui adiante. Outra diferença em relação ao ano passado foi a "dispersão" das pessoas ao redor. Sei que é normal haver um certo estapeamento e até aceito alguns chutes involuntários, mas desta vez foi um pouco mais intenso e durou mais tempo que no ano passado. Ainda bem que eu tenho uma certa vantagem no porte físico rsrs. Pedi desculpas aos que acertei sem querer...
Após a segunda e última curva adotei um trajeto um pouco diferente dos nadadores perto de mim. Fiquei mais à direita e, respirando pelo lado esquerdo, conseguia ver meus adversários com mais clareza. Um deles, em especial, me chamou à atenção por usar um traje de borracha. Normalmente esses trajes são proibidos, mas nesta prova eles foram permitidos. Eu, pessoalmente, não concordo com isso (permitir) mas não me incomodei. Ao ver o cara vestido de neoprene decidi que tentaria vencê-lo, a despeito da vantagem que ele tinha na flutuação.
Na reta final forcei o ritmo e dei tudo que podia para fechar a prova da forma mais intensa possível. Consegui um desempenho mais rápido que os demais e fiquei bem contente. O nadador plastificado ficou bem pra trás.
Ao passar pelo posto de cronometragem tive a melhor das surpresas: estava em 2º lugar na minha categoria. Quase não acreditei, e fiquei extremamente feliz.
Outra surpresa foi descobrir que, com certeza, a distância percorrida foi BEM menor que a anunciada. Chegamos a esta conclusão por conta do tempo total. Ainda não foi divulgado o resultado oficial, mas devo ter feito algo na casa dos 15min, sendo que previa um tempo por volta de 30~35min. Bom, pelo menos a distância era igual para todos.
Já que eu ia ganhar um troféuzinho, acabei ficando para a premiação. Lembrei muito da minha mãe, que sempre me incentivou a praticar esportes, em especial a natação. Essa vitória pessoal é dedicada a você, mã.
E, claro, fica um agradecimento especial ao Riso. Sem ele eu não teria sabido desta prova.
ua
Repassando para que os colegas tomem conhecimento...
------------------------------------------------------ Relato de um pesadelo Meu marido quase morreu correndo seu trecho na corrida de revezamento Bertioga-Maresias organizada pela Companhia de Eventos.
Sempre malhei, fiz academia, corria as vezes, fiz yoga etc. Sempre procurei ter uma vida saudável, mas sem radicalismos. Logo após o nascimento do meu filho , há 1 ano e 10 meses começei a correr provas. Corri provas de 10km, de 15km, meias maratonas, provas de revezamento, corri a maratona de Barcelona em 3 horas e 54 minutos. Sentia falta de companhia , queria passar essa adrenalina e energia boa que a corrida proporciona e resolvi dar de presente do dia dos namorados para o meu marido um mês de aula particular com meu treinador. Ele já fazia musculação há tempos, as vezes corria na praia da Baleia comigo, mas não tinha esse pique e vontade de treinar mais forte. Começou a fazer aula em julho, começou a se empolgar com seus tempos, ele era bem mais rápido do que ele imaginava .. em 2 meses ele já tinha tempo estimado de 10 km pra 46 min. Além da musculação corria 3 vezes por semana, uma de tiro, uma de longo e uma de resistência, subidas etc. Nos inscrevemos para uma prova de 10 km em SP da Adidas, mas estava sol e preferimos viajar. A corrida Bertioga Maresias seria sua primeira prova. Faria em sexteto, o trecho a ser feito seria Jureia ao final de Juqueí. Na semana anterior ele ficou com gripe forte, tomou Naldecon a semana inteira ( o de dia e o de noite), ficou com tosse, tomou xarope, não fez musculação com personal, não foi na academia, não correu, a fim de se recuperar para a então primeira prova. O polar tinha acabado a bateria e ele não sabia usar o Garmin. Não definiu uma estratégia de prova junto com o treinador, simplesmente foi pra correr e chegar o mais rápido possível. No sábado dia 23 acordamos bem cedo e saímos de Sao Paulo rumo a Bertioga . Deixei ele lá para encontrar sua equipe e fui até em casa deixar meu filho e babá em nossa casa em Camburi. Eu ia correr em outra equipe e fui direto para Juqueí para correr meu trecho. Eu ia começar a me aquecer quando recebi a ligação de que o Rafy tinha passado mal e para eu ir para o posto de atendimento de Boiçucanga. Quando cheguei lá, vi meu marido em coma, com contraturas musculares horríveis e condições completamente precárias de atendimento. Ele convulsionou por 55 minutos initerruptos, felizmente foi socorrido por uma médica corredora que não sei o nome e a quem gostaria muito de agradecer, e aos colegas de equipe até que finalmente chegasse a ambulância da prova que o levou para o PA . Tentamos um resgate com helicóptero UTI, mas não tinha teto para pousar. Meus sogros estavam em Juquei e acompanharam todo o drama. A ambulância da prova foi acionada e demorou mais de uma hora e meia para chegar e quando a médica da prova disse que estava ainda fazendo residência, falou que não tinha condições nem experiência para leva-lo. Depois de duas horas chegou a ambulância solicitada pelo PA e fomos para o Hospital de São Sebastião, o caminho foi tortuoso e ele se debatia . A médica de lá disse que eles estava em estado muito grave e que nós precisávamos da um jeito de tira-lo dali. Através de bons contatos e muita boa vontade de cunhado, amigos etc. conseguimos que um helicóptero biturbina ( que tinha condições de pousar) levasse médicos e equipamentos do Einstein para atender o Rafy lá, algo que foi imprescindível para que ele pudesse sobreviver. Eles entubaram ele e o deixaram em uma condição minimamente estável para voltar de ambulância de São Sebastião para o Hospital Albert Einstein em São Paulo. A viagem foi longa e difícil e enfim após 10 horas e 20 minutos das convulsões e de todo pesadelo logístico e operação resgate digna de filme holliwoodyano nós conseguimos finalmente chegar em um lugar com infra estrutura. Foi direto para a UTI , fizeram ressonância e a boa noticia é que ele não havia tido nenhum dano cerebral. - algo muito positivo levando em conta o tempo que ele passou convulsionando. A má noticia? Todo o seu corpo havia sido atingido, os rins e o fígado não funcionavam, as plaquetas chegaram a 5.000 ( quando o normal é de 150.000 a 400.000), as enzimas musculares chegaram a 400.000 quando o valor de referência é 170. A situação era muito grave e preocupante e os médicos ficavam assustados com a quantidade e intensidade de alterações que o corpo dele apresentava. Era como se tivesse dado pane , tudo em colapso total. No domingo a noite ele acordou, passou dois dias muito confuso e graças a Deus a parte mental, a fala , os movimentos foram voltando ao normal. Depois foram muitos dias de angústia, expectativa e milhoes de exames até que seus orgãos começassem a responder e a se recuperar. A pneumonia está melhorando .Os exames de funcionamento dos orgãos ainda seguem alterados, ele terá que permanecer um bom período longe de atividades físicas até que as fibras musculares se reconstituam . O fígado e o rim ainda levarão um tempo até que voltem ao normal e esperamos que com o tempo lee possa ficar 100% recuperado. Foram 5 dias de UTI, 4 cias de semi intensiva, e esperamos que mais 4 de quarto normal ( a previsão é essa, mas ainda estamos aqui). A explicação médica de um dos maiores nomes da medicina- Rabdomiolise, lesão muscular seríssima que pode acontecer com pessoas que sofrem terremotos, maremotos, esmagamentos etc, mas embora raro também pode acontecer por excesso de esforço físico , potencializada por gripe, Naldecon e a DEMORA NO ATENDIMENTO.
Esse é o relato de uma ocorrência grave que por muito pouco não levou a morte um cara saudável de 37 anos , esportista, casado, com filho e com todo a vida pela frente. Isso aconteceu com ele, mas poderia ter acontecido com qualquer outro esportista. A gente sempre acha que não vai acontecer com a gente, mas uma junção de fatores desfavoráveis pode realmente desencadear uma tragédia. Felizmente temos boas condições financeiras, ele está no melhor hospital da America Latina com os melhores médicos acompanhando, Deus foi muito generoso, ele teve muita sorte e embora tenha sido por pouco, ele tenha batido na trave, ainda não era sua hora de ir para outro lado. Renascimento total e oportunidade única.
Quais são as lições e falhas?
Falhas em relação a organização da corrida: - Demora ABSURDA no primeiro socorro, demora da transferência do PA que no final nem pode ser feita por falta de equipe médica especializada, - é uma irresponsabilidade uma corrida desse porte, que é realizada em local difícil, com subidas íngremes, areia fofa ,calor e sem infra estrutura não oferecer o mínimo de segurança para os atletas. - Uma prova com 75 km deveria ter no mínimo 2 Ambulâncias UTI completas, além de outras ambulâncias convencionais com paramédicos. - Falta de fiscalização com comunicação via rádio entre os trechos para o caso de acidentes. - Falta de marcação de kilometragem - isso impossibilita o controle de ritmo através de cronometro e nem todos têm Garmim. -Estrutura de hidratação precária.
Lições para sempre: -Definir com seu treinador batimento cardíaco, ritmo e hidratação atentamente e seguir isso até o fim. -Usar Polar ou Garmim (principalmente atletas iniciantes em provas, que ainda não conhecem exatamente seu corpo e seu limite) -Estar bem, se sentir 100%,- NUNCA CORRER SE ESTIVER COM A RESISTÊNCIA BAIXA. -Sempre consultar um médico antes de tomar um medicamento ( mesmo que um aparentemente inocente antigripal) pré prova. -Consultar e exigir um esquema de segurança para as provas. ISSO DEPENDE DE TODOS NÓS CORREDORES. -Correr com consciência, responsabilidade, prudência e limite, pois algo que supostamente é pra fazer bem para a nossa saúde, pode ser transformar em um verdadeiro vilão. -Fazer check up regularmente
Espero que esse relato possa ajudar a transformar as corridas de rua , de serra, de mato e de todos os tipos em algo mais seguro e que os atletas e treinadores possam ficar mais conscientes e responsáveis (eu me incluo nisso, pois sempre quis correr mais e mais rápido que a planilha indicava, sempre tendi mais ao exagero do que ao equilibrio e percebi que isso pode custar bem caro), portanto nunca é tarde para rever conceitos e melhorar.
Julie Kamkhagi Acte Sports
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Opinião do Fabão: nada justifica os problemas no atendimento, mas bem que o atleta podia ter adiado sua estreia em corridas, já que não estava bem.
Há alguns dias venho atualizando um blog que criei para comentar a revista Contra-Relógio: http://comentandoacontrarelogio.blogspot.com/
Quem se interessar em ler, comentar e colaborar, sinta-se à vontade para visitar esse espaço.
Minha intenção é ir melhorando o formato do blog para que a revista continue melhorando sempre.
ua
Eu achei que talvez não aguentasse fazer este treino, não tanto pela distância, mas pelas ladeiras.
No fim, graças a Deus, consegui correr bem, ainda que BEEEEMMMM devagar.
O Claudião e a Elis foram ótimas companhias, e estão muito bem preparados. Encararam as ladeiras com autoridade.
O Guilherme teve um compromisso familiar inesperado e não pode comparecer.
Um pouco antes de chegarmos à placa do Trópico, emparelhou conosco, de carro, uma outra amiga corredora (desculpe, sou péssimo com nomes) (editado: era a Ivana, Dona D), que não pode correr por conta de uma lesão.
Seguem abaixo algumas (poucas) fotinhas:
Foto nota mil "roubada" do blog da Ivana:
Edição posterior:
Achei que o Sol iria nos castigar nesse domingo. Até passei protetor solar, mas no fim o clima estava bem agradável.
Apesar das ladeiras, como fomos devagar a pulsação foi bem tranquila.
Seguem os números:
in zone (4): 1:15.52 (acho que em geral fiquei abaixo da zona)
avg hr: 158
peak hr: 180
min hr: 94
tot cal: 2170
O Claudião repassou o desafio (ver post anterior) para a Elis, e os dois me pressionaram para antecipar essa aventura para este próximo domingo, dia 7/11. E não é que o banana que vos escreve aceitou?
Acabei de falar com o GMaio e temos mais um maluco no time.
O convite continua aberto a quem quiser aparecer. Devemos zarpar por volta das 8h. O caminho é perigoso por causa dos carros. Então, o quanto antes sairmos, melhor.
Mais alguém se candidata?
ua
Hoje, 2 de Novembro, além de feriado foi aniversário da minha sogra. Fomos almoçar em Santana de Parnaíba, num restaurante chamado Santa Costela, mas não foi este local que me fez lembrar do grande amigo Claudião rsrs
O restaurante fica no Centro Histórico da cidade (local recomendado para quem gosta de turismo a locais antigos). Na volta para Alphaville, passamos pela placa que marca a passagem do Trópico de Capricórnio. Aproveito o recente recurso Google Street View para registrar a foto da dita cuja:
E foi nesse ponto que, altamente influenciado pelas peripécias do Claudião, planejei um "treino" maluco que percorreria todo trecho entre meu prédio e este local.
Ao chegar à minha casa, desenhei o percurso no Map My Run: http://www.mapmyrun.com/route/br/barueri+santana%20de%20parnaiba/495128873306979833
São cerca de 9km da minha casa até a "fronteira" do Trópico:
Pois é. A distância, a princípio, não parece das mais assustadoras. Pelo menos até lembrar que, depois de chegar lá, precisa voltar rsrs. Então, 18km já é um treino de respeito (pelo menos para mim, que estou retomando as atividades após dois meses em câmera lenta). Mas o bicho pega mesmo é na altimetria. São várias ladeiras fortes. Algumas, além de fortes, longas. Ai, ai, ai... onde eu fui me meter?
Pensei em convidar algum maluco que queira me acompanhar. O Claudião foi o primeiro nome, mas deve estar finalizando sua preparação para Curitiba. O Guilherme Maio, por já ter vindo treinar comigo, também foi lembrado, mas também imagino que vá para Curitiba, e não sei se é do gosto encarar esse relevo. Pensei também em vários outros nomes, mas alguns moram longe, outros eu só encontro em corridas (e olhe lá), e eu mesmo preciso de umas duas semanas para me preparar para esta aventura.
Então decidi deixar o convite aberto a todos os interessados. Ainda não tenho uma data marcada para esta empreitada, mas podemos combinar de comum acordo com quem quiser participar um dia que seja mais propício para esta jornada.
E antes que alguém me lembre que no Rodoanel também temos a passagem do Trópico, já me adianto e peço desculpas, mas vou manter minha ideia original. Quem se interessar pelo Rodoanel, fique à vontade para sugerir um percurso diferente.
E aí? Quem topa ir comigo?
Nado desde criancinha. Comecei a correr por volta dos 15 anos e fiz vários triathlons durante a época do colegial. Na época da faculdade parei completamente. Casei em Jan/1999 e em Out/1999 voltei a correr. Desde então venho participando das provas, sem resultados expressivos, mas minha vitória está em completar.