segunda-feira, 22 de novembro de 2010

21/11/2010 - X Duathlon ATC

Eu já tinha ficado muito feliz pelo pódio no sábado (ver post anterior), e o que viesse no domingo seria puro lucro.
No ano passado eu participei deste Duathlon, organizado pelo Alphaville Tenis Clube, e fiquei em 2º lugar na categoria M3140 (entre 6 concorrentes da mesma faixa etária). Se em 2010 houvesse poucos concorrentes novamente, a chance de pódio seria grande, dependendo do nível dos adversários.
Desta vez minha filha Beatriz também foi, inclusive para participar da categoria F0810. Para ela seriam 100m de natação e 200m correndo. Havia 6 meninas nessa categoria, acho que todas maiores que a Beatriz, que tem 8 anos. Como a piscina tem 5 raias, dividiram a categoria em 2 baterias com 3 meninas cada. A Be nadou na 1ª bateria e, na piscina, não fez feio, nadando bem, mas saindo em 3º lugar (última). Na corrida, uma simples ida e volta, a Beatriz só "foi" e parou no retorno, triste por estar em última. Fui ao encontro dela e voltamos andando até a chegada. Foi a primeira experiência dela nesse tipo de competição, e vai fazer parte do aprendizado dela.

Nota sobre a primeira colocada: uma menina muito simpática e atenciosa. Viu que a Beatriz tinha ficado triste e tentou conversar com ela, para ver se conseguia consolá-la e animá-la. Uma atitude nobre.

Havia vários atletas convidados para participar desta competição. A delegação do Círculo Militar estava em grande número, conquistando vários pódios, tanto no infantil como no teen e adulto. Na categoria inferior à minha teve um japonês que fez os 500m de natação abaixo de 6min!
As baterias estavam sendo liberadas de acordo com as categorias, tanto em relação ao gênero como à faixa etária. Quando chegou a minha, havia 3 atletas da minha faixa - eu incluso - e, para aproveitar as raias livres, incluíram uma moça e um cara mais velhos. Deduzi, ali, que só tinham 3 concorrentes na minha faixa. (O que foi um erro, pois colocaram outros 2 da minha faixa na bateria seguinte. Ou seja, dava para ter soltados os 5 na mesma bateria).
Um dos meus dois concorrentes eu já conhecia: era o Marcos Castello Branco, triathleta de IronMan, praticamente um profissional. Gente boa, mas estava num nível que eu não podia competir. O outro que nadou na minha bateria era um pouco mais "pesado" (entenda-se: um pouco gordinho). Na natação isso não é problema, mas na corrida eu poderia ter alguma vantagem.
A moça que nadou ao meu lado eu conhecia de vista e sabia que corria bem, mas não sabia se nadava tão bem. O quinto elemento da bateria, o mais velho, era do mesmo nível do Marcos: daqueles que não sabem brincar rsrs.
Ao entrar na piscina para um rápido aquecimento, não me senti bem. A água estava muito quente, o que não costuma me incomodar, mas deve ter passado do aceitável. E, de fato, isso incomodou a todos, e me atrapalhou no início da natação. Só no final consegui um ritmo mais forte, o suficiente para abrir meia piscina de vantagem pro gordinho. Os triathletas me colocaram quase duas piscinas de vantagem. A moça ficou uma piscina e meia atrás de mim.
Meu tempo de natação foi praticamente igual ao de 2009: 7:56 agora, contra 7:57 no ano passado. A transição foi um pouco melhor: 30s contra 37s em 2009.
O percurso da corrida foi ligeiramente diferente do ano passado. Pelo que medi no MapMyRun, em 2009 deu 4400m e em 2010 foram praticamente 4km cravados.
Novamente eu nadei com a cinta do frequencímetro por dentro da sunga e coloquei-a no peito ao começar correr. Fui controlando meu ritmo em função da FC, e fui no limite o tempo todo, na casa dos 180bpm. Eu sabia que não dava para alcançar o Marcos, mas queria garantir o 2º lugar contra o gordinho. Minha esperança era que a moça me passasse para eu tentar acompanhá-la, usando ela como coelha.
No fim, consegui fazer um ritmo bom, um pouco acima de 5min/km, fechando a prova em 29:25. Minha corrida foi um pouco pior que em 2009: o tempo foi maior para uma distância menor. A moça não me passou.
Na hora da premiação fui surpreendido ao saber que minha categoria tinha 5, e não 3 participantes. Dos 2 que nadaram/correram na bateria seguinte, um eu consegui superar no cronômetro, mas o outro me passou na corrida (conversei com o medalha de prata e comparei nossos tempos: fui 1min mais rápido na piscina e 3min mais lento na corrida). Acho que não conseguiria passar o 2º mesmo se ele estivesse na mesma bateria, mas eu preferia uma disputa "olho-no-olho", e não apenas no cronômetro. Não sei quanto tempo fez o 4º colocado, pois ele não apareceu na premiação e os resultados oficiais ainda não foram divulgados, mas se foi um tempo próximo ao meu a disputa poderia ter sido emocionante.
Seguem abaixo umas fotinhas que a Beatriz bateu:
O "gordinho" ficou em 5º. É o que aparece à esquerda nessa última foto. Ele nadou bem, mas na corrida foi BEM devagar.
ua

sábado, 20 de novembro de 2010

Travessia Guarapiranga - Virada Esportiva 2010

Em 2009 eu participei da Travessia Guarapiranga, em Março. Não retornei em 2010, mas graças à dica do Riso, um colega do fórum Runner Brasil, me inscrevi para a edição extra da Virada Esportiva.
Inscrição gratuíta, mesmo sendo um pouco longe valeu à pena participar deste evento.
A largada seria às 10h e planejei sair de casa às 8h para chegar com uma boa antecedência e garantir um armário no vestiário. Na 6ª feira, véspera, olhei rapidamente o caminho e peguei algumas referências que julguei importantes, mas fui tapado o suficiente para conseguir me perder lá perto de Interlagos. Dos cerca de 35km previstos, consegui percorrer mais de 50km até chegar à represa. Pensei até em desistir, mas acabei conseguindo chegar com uma antecedência segura (gastei cerca de 1h).
Peguei o "kit" - touca e "chip" - e pintei o número nos braços. O "chip" era apenas um pedaço de plástico com um código de barras que seria lido na chegada. Caso eu perdesse o "chip", teria que pagar R$80 de reembolso. Piada: R$80 por um pedaço de plástico - e não era daqueles chips modernos com RFID, inclusive porque esses são descartáveis.
Aproveitei que ainda tinha bastante tempo e fui olhar o "percurso" da prova. Num primeiro momento achei bem pequeno, e parecia ter BEM menos que os 1500m anunciados. Mas quem sou eu para conseguir medir uma distância, numa represa, apenas no "olhômetro". Quando voltei na prainha, mais tarde, tive impressão que tinha aumentado o tamanho do percurso, mas dei pouca importância para isso.
Encontrei o Riso antes da largada e ficamos batendo papo até a hora da buzina. Esta, por sinal, foi super pontual.
Pelo meu cálculo super apurado pós-graduado em estimadores de máxima verossimilhança, acho que tinham umas 300 pessoas alinhadas para a partida. Fiquei com o Riso no "fundão" (entre os últimos a largar, não na parte funda da represa rsrs) para evitar um pouco o tumulto da largada.
Lembrei do meu relato da travessia do ano passado, especialmente sobre a questão da temperatura da água. No início parece gelada, mas logo já dá para acostumar e esse fator passa despercebido. Desta vez não me afobei no início, e consegui um ritmo muito bom.
As bóias de referência foram passando mais rápido que eu imaginava. Após fazer a primeira curva do triângulo, senti um pouco a diferença na direção das marolas, mas logo me adaptei e segui adiante. Outra diferença em relação ao ano passado foi a "dispersão" das pessoas ao redor. Sei que é normal haver um certo estapeamento e até aceito alguns chutes involuntários, mas desta vez foi um pouco mais intenso e durou mais tempo que no ano passado. Ainda bem que eu tenho uma certa vantagem no porte físico rsrs. Pedi desculpas aos que acertei sem querer...
Após a segunda e última curva adotei um trajeto um pouco diferente dos nadadores perto de mim. Fiquei mais à direita e, respirando pelo lado esquerdo, conseguia ver meus adversários com mais clareza. Um deles, em especial, me chamou à atenção por usar um traje de borracha. Normalmente esses trajes são proibidos, mas nesta prova eles foram permitidos. Eu, pessoalmente, não concordo com isso (permitir) mas não me incomodei. Ao ver o cara vestido de neoprene decidi que tentaria vencê-lo, a despeito da vantagem que ele tinha na flutuação.
Na reta final forcei o ritmo e dei tudo que podia para fechar a prova da forma mais intensa possível. Consegui um desempenho mais rápido que os demais e fiquei bem contente. O nadador plastificado ficou bem pra trás.
Ao passar pelo posto de cronometragem tive a melhor das surpresas: estava em 2º lugar na minha categoria. Quase não acreditei, e fiquei extremamente feliz.
Outra surpresa foi descobrir que, com certeza, a distância percorrida foi BEM menor que a anunciada. Chegamos a esta conclusão por conta do tempo total. Ainda não foi divulgado o resultado oficial, mas devo ter feito algo na casa dos 15min, sendo que previa um tempo por volta de 30~35min. Bom, pelo menos a distância era igual para todos.
Já que eu ia ganhar um troféuzinho, acabei ficando para a premiação. Lembrei muito da minha mãe, que sempre me incentivou a praticar esportes, em especial a natação. Essa vitória pessoal é dedicada a você, mã.
E, claro, fica um agradecimento especial ao Riso. Sem ele eu não teria sabido desta prova.
ua

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Bertioga-Maresias - atleta quase morre

Repassando para que os colegas tomem conhecimento...
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Relato de um pesadelo  
Meu marido quase morreu correndo seu trecho na corrida de revezamento Bertioga-Maresias organizada pela Companhia de Eventos.

Sempre malhei, fiz academia, corria as vezes, fiz yoga etc.  Sempre procurei ter uma vida saudável, mas sem radicalismos. Logo após o nascimento do meu filho , há 1 ano e 10 meses começei a correr  provas. Corri provas de 10km, de 15km, meias maratonas, provas de revezamento, corri a maratona de Barcelona em 3 horas e 54 minutos. Sentia falta de companhia , queria passar essa adrenalina e energia boa que a corrida proporciona e resolvi dar de presente do dia dos namorados para o meu marido um mês de aula particular com meu treinador.
Ele já fazia musculação há tempos, as vezes corria na praia da Baleia comigo, mas não tinha esse pique e vontade de treinar mais forte. Começou a fazer aula em julho, começou a se empolgar com seus tempos, ele era bem mais rápido do que ele imaginava .. em 2 meses ele já tinha tempo estimado de 10 km pra 46 min. Além da musculação corria  3 vezes por semana, uma de tiro, uma de longo e uma de resistência, subidas etc.  Nos inscrevemos para uma prova de 10 km em SP da Adidas, mas estava sol e preferimos viajar. A corrida Bertioga Maresias seria sua primeira prova. Faria em sexteto, o trecho a ser feito seria Jureia ao final de Juqueí.
Na semana anterior ele ficou com gripe forte, tomou Naldecon a semana inteira ( o de dia e o de noite), ficou com tosse, tomou xarope, não fez musculação com personal, não foi na academia, não correu, a fim de se recuperar para a então primeira prova. O polar tinha acabado a bateria e ele não sabia usar o Garmin. Não definiu uma estratégia de prova junto com o treinador, simplesmente foi pra correr e chegar o mais rápido possível.
No sábado dia 23 acordamos bem cedo e saímos de Sao Paulo rumo a Bertioga . Deixei ele lá para encontrar sua equipe e fui até em casa deixar meu filho e babá em nossa casa em Camburi. Eu ia correr em outra equipe e fui direto para Juqueí para correr meu trecho. Eu ia começar a me aquecer quando recebi a ligação de que o Rafy tinha passado mal e para eu ir para o posto de atendimento de Boiçucanga. Quando cheguei lá, vi meu marido em coma, com contraturas musculares horríveis e condições completamente precárias de atendimento. Ele convulsionou por 55 minutos initerruptos,  felizmente foi socorrido por uma médica corredora que não sei o nome e a quem gostaria muito de agradecer, e aos colegas de equipe até que finalmente chegasse a ambulância da prova que o levou para o PA . Tentamos um resgate com helicóptero UTI, mas não tinha teto para pousar. Meus sogros estavam em Juquei e acompanharam todo o drama. A ambulância da prova foi acionada e demorou mais de uma hora e meia para chegar e quando  a médica da prova disse que estava ainda fazendo residência, falou que não tinha condições nem experiência para leva-lo. Depois de duas horas chegou a ambulância solicitada pelo PA e fomos para o Hospital de São Sebastião, o caminho foi tortuoso e  ele se debatia . A médica de lá disse que eles estava em estado muito grave e que nós precisávamos da um jeito de tira-lo dali.
Através de bons contatos e muita boa vontade de cunhado, amigos etc. conseguimos que um helicóptero biturbina ( que tinha condições de pousar) levasse médicos e equipamentos do Einstein para atender o Rafy lá, algo que foi imprescindível para que ele pudesse sobreviver. Eles entubaram ele e o deixaram em uma condição minimamente estável para voltar de ambulância de São Sebastião para o Hospital Albert Einstein em São Paulo. A viagem foi longa e difícil e enfim após 10 horas e 20 minutos das convulsões e de todo pesadelo logístico e operação resgate digna de filme holliwoodyano nós conseguimos finalmente chegar em um lugar com infra estrutura.
Foi direto para a UTI , fizeram ressonância e a boa noticia é que ele não havia tido nenhum dano cerebral. - algo muito positivo levando em conta o tempo que ele passou convulsionando.
A má noticia? Todo o seu corpo havia sido atingido, os rins e o fígado não funcionavam, as plaquetas chegaram a 5.000 ( quando o normal é de 150.000 a 400.000), as enzimas musculares chegaram a 400.000  quando o valor de referência é 170. A situação era muito grave e preocupante e os médicos ficavam assustados com a quantidade e intensidade de alterações que o corpo dele apresentava. Era como se tivesse dado pane , tudo em colapso total. 
No domingo a noite ele acordou, passou dois dias muito confuso e graças a Deus a parte mental, a fala , os movimentos foram voltando ao normal. Depois foram muitos dias de angústia, expectativa e milhoes de exames até que seus  orgãos começassem a responder e a se recuperar.  A pneumonia está melhorando .Os exames de funcionamento dos orgãos ainda seguem alterados, ele terá que permanecer um bom período longe de atividades físicas até que as fibras musculares se reconstituam . O fígado e o rim ainda levarão um tempo até que voltem ao normal e esperamos que com o tempo lee possa ficar 100% recuperado.
Foram 5 dias de UTI, 4 cias de semi intensiva, e esperamos que mais 4 de quarto normal ( a previsão é essa, mas ainda estamos aqui).
A explicação médica de um dos maiores nomes da medicina- Rabdomiolise, lesão muscular seríssima que pode acontecer com pessoas que sofrem terremotos, maremotos, esmagamentos etc, mas embora raro também pode acontecer  por excesso de esforço físico , potencializada por gripe, Naldecon e a DEMORA NO ATENDIMENTO. 

Esse é o relato de uma ocorrência grave que por muito pouco não levou a morte um cara saudável de 37 anos , esportista, casado, com filho e com todo a vida pela frente. Isso aconteceu com ele, mas poderia ter acontecido com qualquer outro esportista. A gente sempre acha que não vai acontecer com a gente, mas  uma junção de fatores desfavoráveis  pode realmente desencadear uma tragédia. Felizmente temos boas condições financeiras, ele está no melhor hospital da America Latina com os melhores médicos acompanhando, Deus foi muito generoso, ele teve muita sorte e embora tenha sido por pouco, ele tenha batido na trave, ainda não era sua hora de ir para outro lado. Renascimento total e oportunidade única.

Quais são as lições e falhas?

Falhas em relação a organização da corrida:
- Demora ABSURDA no primeiro  socorro, demora da  transferência do PA que no final nem pode ser feita  por  falta de equipe médica especializada, - é uma irresponsabilidade uma corrida desse porte, que é realizada em local difícil, com subidas íngremes, areia fofa ,calor e sem infra estrutura não oferecer o mínimo de segurança para os atletas.
- Uma prova com 75 km deveria ter no mínimo 2 Ambulâncias UTI completas, além de outras ambulâncias convencionais com paramédicos.
- Falta de fiscalização com comunicação via rádio entre os trechos para o caso de acidentes.
- Falta de marcação de kilometragem - isso impossibilita o controle de ritmo através de cronometro e nem todos têm Garmim.
-Estrutura de hidratação precária.

Lições para sempre:
-Definir com seu treinador batimento cardíaco, ritmo e hidratação atentamente e seguir isso até o fim.
-Usar Polar ou Garmim (principalmente  atletas iniciantes em provas, que ainda não conhecem exatamente seu corpo e seu limite)
-Estar bem,  se sentir 100%,- NUNCA CORRER SE ESTIVER COM A RESISTÊNCIA BAIXA.
-Sempre consultar um médico antes de tomar um medicamento ( mesmo que um aparentemente inocente antigripal) pré prova.
-Consultar e exigir um esquema de segurança  para as provas. ISSO DEPENDE DE TODOS NÓS CORREDORES.
-Correr com consciência, responsabilidade, prudência e limite, pois algo que supostamente é pra fazer bem para a  nossa saúde, pode ser transformar em um verdadeiro vilão.
-Fazer check up regularmente

Espero que esse relato possa ajudar a transformar as corridas de rua , de serra, de mato e de todos os tipos em algo mais seguro e que os atletas e treinadores possam ficar mais conscientes e  responsáveis (eu me incluo nisso, pois sempre quis correr mais e mais rápido que a planilha indicava, sempre tendi mais ao exagero do que ao equilibrio e percebi que isso pode custar bem caro), portanto nunca é tarde para rever conceitos e melhorar.

Julie Kamkhagi
Acte Sports

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Opinião do Fabão: nada justifica os problemas no atendimento, mas bem que o atleta podia ter adiado sua estreia em corridas, já que não estava bem.


ua

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Comentando a Contra-Relógio

Há alguns dias venho atualizando um blog que criei para comentar a revista Contra-Relógio:
http://comentandoacontrarelogio.blogspot.com/
Quem se interessar em ler, comentar e colaborar, sinta-se à vontade para visitar esse espaço.
Minha intenção é ir melhorando o formato do blog para que a revista continue melhorando sempre.
ua

domingo, 7 de novembro de 2010

Correndo até o Trópico de Capricórnio


Eu achei que talvez não aguentasse fazer este treino, não tanto pela distância, mas pelas ladeiras.
No fim, graças a Deus, consegui correr bem, ainda que BEEEEMMMM devagar.
O Claudião e a Elis foram ótimas companhias, e estão muito bem preparados. Encararam as ladeiras com autoridade.
O Guilherme teve um compromisso familiar inesperado e não pode comparecer.
Um pouco antes de chegarmos à placa do Trópico, emparelhou conosco, de carro, uma outra amiga corredora (desculpe, sou péssimo com nomes) (editado: era a Ivana, Dona D), que não pode correr por conta de uma lesão.
Seguem abaixo algumas (poucas) fotinhas:





Foto nota mil "roubada" do blog da Ivana:

Edição posterior:
Achei que o Sol iria nos castigar nesse domingo. Até passei protetor solar, mas no fim o clima estava bem agradável.
Apesar das ladeiras, como fomos devagar a pulsação foi bem tranquila.
Seguem os números:

in zone (4): 1:15.52 (acho que em geral fiquei abaixo da zona)
avg hr: 158
peak hr: 180
min hr: 94
tot cal: 2170

1- 154 1.03.59
2- 161 1.02.25
total: 2.06.24

ua

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Malucos aceitam correr até o Trópico de Capricórnio

O Claudião repassou o desafio (ver post anterior) para a Elis, e os dois me pressionaram para antecipar essa aventura para este próximo domingo, dia 7/11. E não é que o banana que vos escreve aceitou?
Acabei de falar com o GMaio e temos mais um maluco no time.
O convite continua aberto a quem quiser aparecer. Devemos zarpar por volta das 8h. O caminho é perigoso por causa dos carros. Então, o quanto antes sairmos, melhor.
Mais alguém se candidata?
ua

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Planejando correr até o Trópico de Capricórnio

Hoje, 2 de Novembro, além de feriado foi aniversário da minha sogra. Fomos almoçar em Santana de Parnaíba, num restaurante chamado Santa Costela, mas não foi este local que me fez lembrar do grande amigo Claudião rsrs
O restaurante fica no Centro Histórico da cidade (local recomendado para quem gosta de turismo a locais antigos). Na volta para Alphaville, passamos pela placa que marca a passagem do Trópico de Capricórnio. Aproveito o recente recurso Google Street View para registrar a foto da dita cuja:

E foi nesse ponto que, altamente influenciado pelas peripécias do Claudião, planejei um "treino" maluco que percorreria todo trecho entre meu prédio e este local.
Ao chegar à minha casa, desenhei o percurso no Map My Run:
http://www.mapmyrun.com/route/br/barueri+santana%20de%20parnaiba/495128873306979833
São cerca de 9km da minha casa até a "fronteira" do Trópico:
Pois é. A distância, a princípio, não parece das mais assustadoras. Pelo menos até lembrar que, depois de chegar lá, precisa voltar rsrs. Então, 18km já é um treino de respeito (pelo menos para mim, que estou retomando as atividades após dois meses em câmera lenta). Mas o bicho pega mesmo é na altimetria. São várias ladeiras fortes. Algumas, além de fortes, longas. Ai, ai, ai... onde eu fui me meter?
Pensei em convidar algum maluco que queira me acompanhar. O Claudião foi o primeiro nome, mas deve estar finalizando sua preparação para Curitiba. O Guilherme Maio, por já ter vindo treinar comigo, também foi lembrado, mas também imagino que vá para Curitiba, e não sei se é do gosto encarar esse relevo. Pensei também em vários outros nomes, mas alguns moram longe, outros eu só encontro em corridas (e olhe lá), e eu mesmo preciso de umas duas semanas para me preparar para esta aventura.
Então decidi deixar o convite aberto a todos os interessados. Ainda não tenho uma data marcada para esta empreitada, mas podemos combinar de comum acordo com quem quiser participar um dia que seja mais propício para esta jornada.
E antes que alguém me lembre que no Rodoanel também temos a passagem do Trópico, já me adianto e peço desculpas, mas vou manter minha ideia original. Quem se interessar pelo Rodoanel, fique à vontade para sugerir um percurso diferente.
E aí? Quem topa ir comigo?

ua

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Espertoman!!!! KKKK

Mas que mané!
Não sabe nem fazer conta! KKK
A corrida do Jaraguá foi minha 197ª prova.
Desta forma,  tenho a seguinte agenda:
198 - 12/12/2010 - 44ª Gonzaguinha

199 - 19/12/2010 - 1ª Meia Maratona Alphaville Running
ou
199 - 19/12/2010 - 35ª São Silveira (Barueri)

200 - 31/12/2010 - 86ª São Silvestre

Cruel! Sinistro!

ua

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

24/10/2010 - 12ª Corrida Jaraguá Clube Campestre


Domingão nublado, mas sem chuva... Horário de largada não tão cedo (9h), local reservado e fechado, todas as condições colaboravam para conseguir levar minha filha Beatriz para assistir esta corrida, como aconteceu em 2009. Mas, no fim, alguns motivos levaram-me a decidir não levá-la. O principal era que ela precisava dormir rsrs.
Fora este revés, tudo ótimo para mais uma corrida no clube Jaraguá. Para quem não sabe (ou não lembra) eu era sócio deste clube enquanto morava com meus pais (long time ago rsrs). Meus pais ainda são sócios e, de vez em quando, passamos o dia lá.
Nos últimos 5 anos (de 2006 prá cá) eu tenho participado de todas as corridas nesse clube. Meus tempos vinham melhorando ano a ano, mas eu já sabia que em 2010 não conseguiria melhorar o último sub-49. Além de não estar bem preparado, o percurso - que eu sempre desconfiei ter menos de 10km - este ano sofreu algumas alterações para ficar com a distância correta.
Já que eu não ia participar para fazer um tempo rápido, fui mesmo para aproveitar a estrutura da prova. O local é espetacular, muito bonito. O abastecimento de água é até um exagero: 3 postos por volta - em 4 voltas passei por 12 postos rsrs, menos de 1km por posto. Depois da corrida tem um ótimo café da manhã. Isso sem contar o que eu não usei, como vestiário, lanchonete, etc.
O percurso é bem técnico, com ladeiras para todos os gostos, piso variado (asfalto, terra, paralelepípedo) e o que mais chama atenção é o visual cheio de verde e grande contato com a natureza.
Logo que cheguei à portaria do clube já encontrei meu pai. Se combinássemos não conseguiríamos chegar tão juntos assim rsrs. Infelizmente fiquei sabendo que ele não poderia correr por causa de um problema de ácido úrico no joelho. Mas ele tentaria participar da caminhada.
Pegamos nossos kits, fizemos uma social com os conhecidos, hino nacional, alongamento, aquecimento e vamos para a largada. Encontrei um colega do Fórum Runner Brasil, o César, que é um corredor bem rápido. Ele foi lá para frente da largada enquanto eu fiquei mais prá trás.
A primeira volta foi um pouco rápida, mas logo percebi que não conseguiria manter aquele ritmo e dei uma reduzida. Um velhinho que eu tentava acompanhar no início, até ficando um pouco à sua frente em alguns trechos, me passou definitivamente no começo da 2ª volta e nem consegui revidar. Antes de acabar essa 2ª volta o Cesar me ultrapassou, colocando uma volta de vantagem. Ele liderava os 10km com folga, já que o 2º colocado só me ultrapassou muito tempo depois.
Ao abrir minha 3ª volta consegui distinguir quais corredores realmente estavam disputando a mesma prova que eu, já que antes estava misturado o pessoal dos 5km também. Sem ninguém por perto, nem à frente nem atrás, e sem objetivo de fazer um bom tempo, fiquei momentaneamente um pouco desmotivado dentro da corrida. Mas logo fui avistado, no retorno da portaria, por um amigo que até o momento eu não havia visto, e a ideia de não deixá-lo ultrapassar-me deu-me forças para seguir num bom passo.
Minha última volta foi um pouco mais forte, já que eu podia usar minhas últimas reservas de energia. Mesmo não vendo meu amigo Marcelo por perto, não queria dar chance para uma ultrapassagem no final. Infelizmente ele parou após completar a 3ª volta, pois não se sentiu bem.
Completei minha prova um pouco acima de 56min, mas o tempo não foi muito relevante. Conversei um pouco com meu pai e, depois, com o Cesar, que venceu os 10km com muita facilidade.
No café-da-manhã procurei pelo Marcelo, mas não o encontrei. Pena. Um outro amigo comum informou que ele teve algum problema, mas espero que não tenha sido nada grave.
Conversei mais um pouco com meu pai e depois peguei a estrada de volta para casa.

Meus números:
1ª volta - 13.16
2ª volta - 14.20
3ª volta - 14.46
4ª volta - 14.09
Total: 56.31

A princípio não tenho corrida agendada para Novembro, mas nunca se sabe o que pode aparecer, né?
Rumo à minha competição de #200 (não é a 200ª corrida, pois incluí natação e outros na conta), tenho a seguinte agenda:
197 - 12/12/2010 - 44ª Gonzaguinha
198 - 19/12/2010 - 1ª Meia Maratona Alphaville Running
199 - 19/12/2010 - 35ª São Silveira (Barueri)
200 - 31/12/2010 - 86ª São Silvestre

Como dá para perceber, dia 19/12 há duas corridas, mas não vou fazê-las no mesmo dia. Estou aguardando a confirmação da São Silveira, que é prioridade para mim. Se forem realmente na mesma data, não faço a Meia Maratona e arranjo uma outra corrida no meio do caminho, para que a São Silvestre fique sendo a de #200. Ou não, rsrss

ua

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

17/10/2010 - 47ª Volta da USP

Domingão de Sol, local arborizado, nem a entrada do horário de verão atrapalhou esse belo programa matutino. Como diria o cara da TV, "que beleza!" (mas, aqui, no sentido literal).
Cheguei bem cedo à USP pois não sabia que poderia estacionar lá dentro. Felizmente podia, e parei o possante perto do Velódromo, local de largada e chegada.
Como não tinha nada pra fazer além de esperar, fiquei zanzando por ali, tentando encontrar algum conhecido. Me causou uma certa tristeza ver o estado degradado das instalações do velódromo, bem como a pista de atletismo do Cepeusp. Uma pena.
Nesta edição da Volta da USP, diferente de 2006, havia uma quantidade grande de participantes, mesmo com outras duas provas concorrendo na cidade de São Paulo.
Por volta das 8h alguns colegas desinformados ficaram meio espantados quando lhes informei que a largada era às 9h. Acho que o medo da mudança de horário causou uma antecipação desnecessária em algumas pessoas.
Pouco depois vejo o Jack chegando na arena, e ficamos batendo papo até a hora da largada. Não encontrei o Claudião Dundes mas, já na baia de largada consegui, finalmente, conhecer pessoalmente o grande Joka.
Trocamos umas ideias rápidas, mas já estávamos quase na hora da largada. O doidão queria que eu largasse ali com ele, quase com o peito na faixa, mas achei mais seguro ir pro fundão com o Jack rsrs
Logo soou a buzina e fomos para mais uma peleja. O Jack comentou sobre o calor e foi embora. De fato, até aquele momento eu não havia notado, mas o calor estava perceptível e chegou a incomodar um pouco. Mas o maior problema, para mim, foi a quase ausência de treinos nos últimos 50 dias.
Consciente de que o percurso é técnico, mesmo numa distância tranquila, fui administrando meu ritmo de acordo com minha realidade.
Na avenida da Raia fui aquecendo e sentindo minhas condições. A grande reta horizontal ajudou nesse processo inicial.
A subida entre a Poli e o Bosque, embora suave, mas longa, foi o primeiro trecho onde precisei usar de cautela e reduzir a velocidade.
Logo depois de passarmos ao lado da Física e do Inst. Oceanográfico vem o maior desafio da corrida, a subida da Biologia, pela rua do Matão. Se não posso dizer que subi bem, pelo menos não fui mal. O controle de chip neste trecho, para coibir eventuais corredores furões, foi um ponto positivo para a organização. Outro ponto para ela foi o farto e eficiente abastecimento de água.
Ao chegarmos "lá em cima", temos na sequência uma bela e longa descida. Aproveitei o embalo e "colei" num garoto que usava gorro (!?!). Descemos "no pau", mas dentro do aceitável e sem por em risco meus joelhos.
No fim da descida eu deixei o guri ir embora, pois voltei ao ritmo condizente à minha realidade. Passamos ao lado da FAU e do IME, voltando pela avenida que beira a FEA e a ECA.
Nesta avenida ainda encaramos uma curta subidinha e, consequentemente, uma descidinha logo depois. Nessa descidinha deixei para trás o garoto de gorro.
Eu não estava disputando nada com ninguém. Até tentei "duelar" com alguns corredores próximos, mas esse não era um dia propício para isso.
Depois de passarmos pelo Cepeusp, com menos de 2km para o fim da prova, pensei em forçar o ritmo, mas não consegui baixar minhas parciais. Já entrando no velódromo, um cara que eu estava ultrapassando aos poucos reagiu a um terceiro corredor que nos passou, e eu nem consegui contra-atacar. Tudo bem, fica para outro dia.
Fechei a prova na casa dos 54min. Fiquei satisfeito com o tempo, mesmo porque não tinha nenhuma meta estabelecida.
Não encontrei ninguém após a chegada, e fui embora.
Neste próximo domingo, 24/10/2010, vou correr no clube Jaraguá. Novamente 10km.
ua

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domingo, 10 de outubro de 2010

10/10/2010 - 10km às 10h - nota 10


Só para não passar em branco, como não consegui ir para Buenos Aires e muito menos para Chicago, corri aqui perto de casa mesmo.
Quando voltei, assisti pela web o final da Maratona de Chicago, com uma chegada emocionante no masculino.
E esse foi meu treino semanal. Quem sabe consigo um tempinho para correr no feriadinho, já que amanhã é trampo normal, das 7h às 19h.
ua

domingo, 3 de outubro de 2010

02/10/2010 - Revezamento 12 horas de natação ACM Osasco

Após um mês de treinos realizados apenas nos finais de semana, e após uma semana dormindo menos que o habitual, neste sábado acordei mais cedo ainda para abrir este revezamento. Há duas semanas participei do Revezamento Pão de Açúcar, e há uma semana corri "debaixo d'água" na Meia Maratona das Pontes. Então, nada mais natural que agora participar de um revezamento aquático rsrs.
Nas 6 horas de natação da ACM Alphaville, nadei duas séries de 20 min, percorrendo 25 chegadas (1250m) em cada uma dessa séries. Desta vez, na ACM Osasco, eu precisaria fazer 3 séries de 20 min, e meu objetivo realista era de apenas 22 chegadas em cada uma, já que estava nitidamente menos preparado.
Fui o primeiro nadador da minha equipe a chegar, e tinha planejado fazer a 1ª, 3ª e 5ª séries das 36 (12h/20min) totais. O professor me informou que o Rafael seria o outro nadador que revezaria comigo, mas fomos surpreendidos quando chegou a Jéssica. Digo surpreendidos porque, caso o Rafael realmente chegasse, teríamos que revezar em 3, e não em 2 como planejado, e isso acabaria adiando o horário de término de cada um (eu tinha que voltar cedo pra casa). Mas, como o Rafael não apareceu (parece que mudaram os planos e não avisaram o professor), no fim acabei revezando "um-sim-um-não" com a Jéssica.
Ela, aliás, conheci no revezamento da ACM Alphaville. Na ocasião ela nadou bem, mas como estava retornando às piscinas há pouco tempo, acabou fazendo menos chegadas que eu. Desta vez, já com um tempo de treino maior, nadou MUITO bem e fez bem mais chegadas que eu.
A informação que me fora passada era de que a largada seria às 7:30 mas, chegando lá, já "corrigiram" para 8h. Mesmo assim, acabamos largando às 8:15.
Fiz a primeira série de 20 min com uma certa tranquilidade. 23 chegadas ficaram de bom tamanho.
Já a Jéssica mandou, de cara, 26 chegadas, e eu fui para minha segunda série na mesma balada da primeira: 23 chegadas.
Enquanto a Jéssica nadava a 4ª série da equipe, eu conversava com os professores sobre nossos integrantes. Aparentemente, dos 12 previstos, conseguiram somente 8 pessoas para nadar. Ou seja, ao invés de cada um nadar 3 vezes, precisaríamos de 4 pessoas nadando 5 séries e outras 4 fazendo 4 séries. E adivinha se eu não seria um dos que faria 5...
Se estivéssemos em Julho, quando eu estava nadando à beça, seria tranquilo fazer 5 séries de 20min. Mas nas condições atuais eu só aceitei isso porque os demais membros da equipe teriam mais dificuldades que eu.
Bom, entrei para minha 3ª série já com um certo cansaço e, sabendo que ainda teria outras 2, bati "apenas" 21 chegadas.
Mais 20 min de descanso e recuperação enquanto a Jéssica nadava, e fui para minha 4ª série: 21 chegadas de novo. Ao acabar, constatei que não era a Jéssica que abria a 8ª série da equipe, mas sim o Celso, veterano ponta-firme que está sempre presente e nunca deixa a equipe na mão. Enquanto eu nadava ele chegou para nos ajudar. Valeu Celsão!
Na sequência nadou a Jéssica e, então, fui para minha 5ª e última série.
Com esse intervalo de 40 min entre a 4ª e a 5ª séries, a musculatura teve um bom tempo para "assimilar" o tal do ácido lático, de forma que recomecei a nadar com algumas dores adicionais, além do cansaço.
Mesmo assim, sabendo que podia "raspar o tacho" e queimar as últimas reservas, ainda mantive o ritmo anterior e fiz novamente mais 21 chegadas.
Somando algumas chegadas que fiz no aquecimento, contabilizei mais de 6km em cerca de 2h. (Oficialmente: 5,45km em 1h40).
Passei a vez, novamente, para o Celso, me despedi do pessoal e "levantei acampamento" pois ainda tinha várias outras coisas para fazer. Acho que a Jéssica ainda ia nadar mais uma vez, e no vestiário encontrei mais um nadador da nossa equipe que estava chegando. Pelo menos por mais algum tempo ainda tínhamos gente para revezar.
Não sei o resultado final, mas desconfio (pela comparação até aquele momento) que nossa equipe deve ter ficado em 4º ou 5º dentre as 7 presentes.
Fiquei BEM cansado mas, pelo menos, cumpri minha 195ª competição no período pós-casamento.
ua

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

26/09/2010 - Meia Maratona das Pontes


No último dia 17, sexta-feira, eu estava teclando no MSN com o japa MM (também conhecido como Hideaki) quando tive que interromper abruptamente o "diálogo" para atender uma emergência familiar lá em casa. Saí às pressas do trabalho e fui levar uma maçã para minha filha Karina, que precisava levar uma fruta de lanche na escola (eu tinha pego a última para comer no trabalho, e tive que devolver rsrs).
Na volta, lá pelo meio-dia, enquanto eu aguardava os colegas para almoçarmos, acessei a internet e vi uma "promoção relâmpago" da revista Contra Relógio em parceria com a Olimpikus - a primeira pessoa que respondesse à pergunta "Quais foram os corredores que já fizeram a maratona abaixo de 2h05?" ganharia uma inscrição "na faixa" para a Meia Maratona das Pontes. Ao acessar a página da CR, verifiquei que a Eliana Akisino já havia respondido, e o Serginho declarou-a vencedora. "Paciência", pensei. Mesmo assim fui fazer minha própria pesquisa, e constatei que a Eliana não escrevera o nome de dois atletas que haviam feito sub-2h05 em 2010. Escrevi no blog que também queria o prêmio e fui almoçar. Durante o almoço o Serginho me ligou e informou que iria tentar conseguir mais uma inscrição pra mim. Show! Excelente!
Confirmada minha inscrição (valeu Olimpikus!), percebi que a prova já estava bem próxima de acontecer. Eu não estava treinando direito, muito menos para meia-maratona. Por outro lado eu já tenho uma boa experiência nessa distância, e fiz uma estratégia bem prudente para completar a prova sem sustos.
No sábado fui retirar meu kit no Hotel Transamérica. Como o preço do estacionamento lá é bem salgado (ouvi comentarem que estava em R$30), acabei indo de trem. A retirada foi tranquila e sem outros fatos relevantes.
Domingo saí de madrugada em direção a Sampa. Logo que pus o carro na rua vi um relâmpago e pensei "putz! Tá com cara de que vou correr com chuva". E não deu outra. A chuva chegou por volta das 6h e não parou mais.
Cheguei na estação Santo Amaro por volta das 6:20, mas fiquei por ali, no coberto, pois a largada era às 7h. Planejei sair dali 10 min antes da largada, para minimizar o tempo parado na chuva. Ainda fiquei alguns minutos debaixo da ponte Transamérica, pois a largada atrasou um pouco.
Mas quando a buzina soou, não tive outra opção senão encarar o toró e partir para minha 14ª meia maratona.




Logo de cara a gente sobe a Ponte Transamérica, mas não chega a atravessá-la. Antes de acabar de subi-la, já descemos para pegar a pista expressa da Marginal Pinheiros.




Vamos pela marginal até o km 6 e pegamos a alça da ponte estaiada que dá acesso à Av. Roberto Marinho. Até ali eu estava indo num ritmo sem grandes pretensões. Meu objetivo "prudente" era completar os 21km em 2h15. Estava virando os km um pouco acima de 6min, e ainda assim sentia que estava um pouco mais rápido que o recomendável.



Passada esta primeira "ponte", entramos na Av. Roberto Marinho, onde se faz uma "barriga" de ida e volta, adicionando alguns km ao percurso. Na volta ficamos frente a frente com a maior subida da prova: a alça mais alta da ponte estaiada.
Nessa subida eu resolvi deixar para trás 3 corredores que estavam me acompanhando há algum tempo. Na descida, do outro lado da marginal, apertei o passo para deixá-los definitivamente pra trás.



Essa "acelerada" diminuiu meus tempos parciais, e passei a marca de 10km um pouco acima de 1h.
Daí em diante abandonei completamente a prudência planejada e, ainda mantendo o objetivo de 2h15, comecei a ultrapassar alguns corredores, aos poucos, mas de forma constante.
Subimos novamente a ponte estaiada para voltarmos ao lado "original" da marginal. Entramos nessa via na marca de 12km e presenciamos um acidente automobilístico "fresquinho", que tinha acabado de acontecer: um carro bateu num ponto de ônibus, na pista local. Graças a Deus, acho que não tinha ninguém no ponto. O motorista sobreviveu.



Um km à frente, no 13, fizemos o retorno e encaramos quase 8km de "reta" - corremos todo trecho da marginal até a ponte Transamérica. Continuei ultrapassando, pouco a pouco, os corredores à minha frente. Sabia que a meta de 2h15 seria alcançada com tranquilidade. Passei os 15km um pouco acima de 1h27, já projetando 2h06 para o término, caso eu conseguisse ficar firme até o fim. Sub-2h seria uma loucura, e achei melhor não arriscar, pois não sabia até quando conseguiria manter aquele ritmo.
Por volta do km 19 eu tinha acabado de ultrapassar um corredor de camisa verde quando "acabou o gás", mas não totalmente. Dei uma reduzida, pois sabia que havia uma última subida antes da chegada. O cara de verde emparelhou e me ultrapassou perto do km 20. Fui acompanhando de perto, mas sem atacar.
Na subida da ponte Transamérica consegui novamente emparelhar com o verdinho, mas na descida ele abriu um pouco. Fizemos o último retorno, faltando poucos metros para a chegada, com ele um pouco à minha frente. Resolvi arriscar um sprint insano, louco mesmo. Ultrapassei o cara de verde sem chance de reação. Ainda consegui ultrapassar mais dois desavisados que não estavam nem aí com nossa (ou minha) disputa, e fechei a peleja em 2:00:42 (marcação pessoal líquida).
Como sabia que não tinha planos de fazer sub-2h, não cheguei a ficar frustado. Foi quase. Mas, por outro lado, este é meu segundo melhor tempo na distância, pior apenas que o sub-2h que fiz em 11/abr/2010, dia do aniversário da minha filha Beatriz (relato completo aqui).
Os serviços pós-chegada estavam muito bons. Massagem, lanche, água, powerade, frutas, jornal, revista... Peguei o que conseguia segurar e fui embora, completamente encharcado e feliz.
No trem, fui conversando com outro corredor, veterano.
Graças a Deus não fiquei com nenhuma bolha no pé, minha única preocupação relacionada à chuva. Durante a prova, em alguns momentos, senti umas pré-cãibras, mas tb ficaram só na ameaça.
Volto às pistas só em 17/out, na 47ª Volta da USP, se Deus quiser.
ua

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

19/09/2010 - 18ª Maratona Pão De Açúcar de Revezamento

No sábado levei minhas filhas, Beatriz e Karina, para retirarmos os kits da corrida. A entrega de kits foi bem tranquila. Tranquila até demais. Antigamente tinha uma feirinha, que já foi razoavelmente grande e organizada. Agora só um caminhão-estande da Taeg.


No domingo, saí de casa às 5h, peguei minha mãe às 5:30, cheguei no Ibira às 5:50 e estacionei na Assembléia com tranquilidade. Alguns minutos depois o local lotou.
Montei minha farofa no local tradicional e ficamos esperando a galera chegar.
A temperatura estava ideal para correr, por volta de 16ºC e tempo nublado sem chuva. Para ficar esperando incomodava um pouco, mas dava pra encarar.

Meus primeiros corredores conseguiram se posicionar bem na largada e não perderam muito tempo nem foram prejudicados pelos afunilamentos.
A equipe A era composta, nesta ordem, pois dois corredores rápidos e dois lentos. A equipe B (na qual corri) era mais homogênea, à exceção do meu pai que fez sua estreia nas corridas de rua e ia correr apenas metade de uma volta. Com isso que tive que fazer uma volta e meia e acabei não imprimindo um ritmo tão forte como o de 10km.
A disputa entre as equipes A e B foi muito boa neste ano. Os primeiros corredores fizeram respectivamente 54 e 57min. O rápido acabou não sendo tão rápido e o lento não tão lento. Os segundos corredores fizeram o que eu esperava. Meu irmão, na equipe A, cravou 49min e meu chefe, na B, aproximadamente 1h. A diferença entre as equipes estava acima de 10min quando eu abri a 3a volta, perseguindo o Barata - o primeiro corredor lento da equipe A.
Eu não me considero um corredor rápido, mas sabia que podia descontar alguns minutos do Barata. No retorno da Ruben Berta eu medi em 8min a diferença entre nós. Mesmo com um pit-stop de emergência que fui obrigado a fazer, no retorno da 23/maio a diferença tinha caído para 6min. Não consegui alcançar o Barata antes de completar a volta, mas ainda tinha esperança de ter diminuído bem a diferença. Fechei minha volta em 59min.
Nota importante para um fato histórico que ocorreu antes de completarmos a 3a volta: eu ultrapassei, correndo, o Vanderlei Cordeiro de Lima!!!
Na "ida" da 23/maio ele tinha me ultrapassado no pau, mas na "volta" eu o alcancei e ultrapassei! Sensacional! Pagou a inscrição! (pequeno detalhe irrelevante: ele estava acompanhando o Abílio Diniz, na equipe nº 1, que estava fechando a prova)
Bom, voltando à disputas entre as equipes A e B, abri a 4ª volta tentando ver onde estava o José, meu primo, 4º corredor da equipe A, o segundo lento. Nessas alturas eu já estava meio cansado, mas a motivação foi mais forte que a parte física e encontrei o José um pouco depois do Obelisco.
Cumprimentei e ultrapassei, pensando em abrir alguma folga para que, se meu pai fosse lento, ainda assim o José não o alcançasse. A subida da Ruben Berta foi osso, mas pensei na minha avó (falecida há pouco tempo) e, em memória dela, me superei e mantive o trote. O José percebeu que eu não estava no meu melhor e se animou. No retorno da Ruben Berta a diferença era de apenas 2 min. Meu pai estava me esperando na transição das equipes de 8 pessoas, mas eu não tive condições de fazer nem um sprintzinho. Passei a munhequeira pro véio e fiquei de olho no José. Uns 2~3 min depois ele passou e foi atrás do meu pai.
Fui andando de volta ao local de encontro e ainda consegui ver meu pai voltando pela 23/maio, num ritmo bom que me deixou feliz, animado e orgulhoso. Acho que mesmo se ele estivesse lado a lado com o José quando lhe passei a munhequeira, conseguiria abrir alguma vantagem em relação ao meu primo (inclusive porque o velhinho iria correr uma distância menor).
Ainda não tenho os resultados oficiais (costuma demorar para ser divulgado), mas conseguimos fazer a equipe B vencer a A
Provavelmente fizemos um pouco acima de 4h.

Depois fomos almoçar na casa dos meus pais. Um excelente programa de domingo!

O único "porém" em relação à organização, na minha opinião, foi a falta (ou má localização) dos banheiros. Ao ir para a minha largada eu procurei por algum, mas não achei. Por isso tive que fazer pit-stop no percurso, o que evito, mas não tive outra opção.
De resto, foi tudo ótimo. Água em abundância, vias devidamente interditadas e sinalizadas, suporte médico em vários pontos, camiseta legal, medalha de gosto questionável. O kit pós-prova foi "fraquinho" - somente isotônico Taeg (fico imaginando as duplas que correram meia maratona e receberam apenas isso).
Ano que vem espero estar de volta, com mais gente e provavelmente convidando alguns conhecidos.
Bacana encontrar o Claudião Dundes, o Fernando Lima, e ver grandes atletas como o Vanderlei, Marilson, Hudson e Adriano Bastos.
Próximas provas:
26/09 - Meia Maratona das Pontes
17/10 - 47ª Volta da USP
24/10 - 12ª Jaraguá Clube
...
31/12 - 86ª São Silvestre
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sábado, 11 de setembro de 2010

Olimpíadas Inter-Alphas

No post anterior eu comentei que estava participando das Olimpíadas Inter-Alphas. Este evento começou em Agosto e está se encerrando em Setembro. Esta é a 10ª edição desta competição que ocorre a cada 2 anos, exclusivo para moradores de Alphaville, Tamboré e Aldeia da Serra.

Minhas filhas participaram da Gincana Lúdica e do Circuito Esportivo, e eu joguei Basquete, competi na Natação e participei do Vôlei, além de ter também jogado uma partida de Tênis.
Amanhã haverá o Pedestrianismo, nome que se dá à nossa conhecida Corrida de Rua. Mas não poderei participar pois estarei correndo a 80ª Volta da Penha. Desde 2000, quando comecei a participar do Inter-Alphas, será a primeira vez que não correrei o Pedestrianismo. Uma pena, mas será por um bom motivo - afinal, a Volta da Penha está chegando à 80ª edição, e estou indo prestigiar esta nobre e tradicional competição.
Em 2010 eu mudei de categoria no Inter-Alphas. A partir de agora eu não sou mais da Categoria Principal (18 a 34 anos) e estou na Categoria Master (35 a 49 anos).
Talvez por causa disso, ou porque as Olimpíadas diminuíram, ou porque menos gente resolveu participar, ou porque estou conseguindo manter um bom preparo na Natação, desta vez consegui um pódio (3º lugar) nos 50m nado livre, categoria Master Masculino. Em 2008 eu havia feito 29.51s, ficando em 13º de 41 homens da Principal. Agora eu fiz 29.70s e fiquei em 3º entre 38 homens da Master.

Fiquei muito feliz com esta conquista. Valeu muito mais que o bronze no basquete de 2008, pois agora foi uma conquista individual, e em 2008 foi mais por mérito de jogadores melhores que eu, que estavam na minha equipe.
Valeu mais, também, que o ouro que conquistei agora de manhã no vôlei. Isso mesmo, somos os (hexa)campeões na categoria Master Masculino. No vôlei eu entrei mais para aprender que para competir, pois não tenho prática nesta modalidade. Fiquei a maior parte do tempo no banco, mas consegui fazer um pontinho no final de uma partida.

Caso alguém se interesse em saber mais informações sobre o Inter-Alphas, o link para o site oficial está aqui.
Os resultados da natação estão aqui. Minha prova foi a de número 17 (precisa rolar para a página 13 para ver meu nome).
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

14/08/2010 - Alphaville Running 2010 - 3a etapa

Este último sábado foi um dia de agenda cheia. Acordei minhas filhas mais cedo que o normal para irmos participar do InterAlphas. A Karina, 3 anos, foi participar da Gincana Lúdica. A Beatriz, 8 anos, participaria do Circuito Esportivo no domingo. No fim, a Be participou também no sábado, para ajudar a irmã. Foi uma experiência daquelas "não tem preço" ver minhas filhas participando juntas das atividades, a despeito do frio congelante que fazia.
Após essa atividade matutina, fomos dar a vacina da gotinha na Karina, almoçamos, e voltamos ao InterAlphas para meu jogo de basquete às 14h. Joguei o tempo todo (2 tempos de 15min corridos), fiz 4 pontos em 3 cestas (2 lances livres), e meu time perdeu por 3 pontos. Mas valeu pela diversão.
Das 15 às 17h tentei me recuperar para a corrida do fim da tarde. A Alphaville Running, 3ª etapa.
Este foi meu retorno sério às corridas após a MSP. A rigor, eu já tinha corrido uma outra prova no final de maio, mas foi mais por diversão.
Em julho eu tentei retomar os treinos e, se não foram perfeitos, pelo menos foram organizados e bem aproveitados.
Mesmo meio cansado por causa do basquete, fui lá enfrentar os 10km para ver no que dava.
Convidei dois colegas do trabalho que foram conhecer a prova, e também encontrei alguns outros conhecidos que se dispuseram a encarar os 10~15ºC de Alphaville. Achei que encontraria o Gerrit Dutchman, mas não o vi. Acho que ele está mais sumido que eu.
O percurso é super simples, em apenas uma avenida que beira o rio Tietê. A altimetria é quase 100% plana, com pequenos aclives e declives facilmente superáveis.
Minha estratégia era correr 1km em ritmo médio e 1km mais forte, alternando a cada 1km para quebrar a monotonia do percurso. Esta tática funcionou até o km 5, mas depois acho que erraram nas parciais, pois meus tempos 6-7-8, que deveriam ser forte-médio-forte, ficaram em 5:16-5:00-5:05, sendo que todos os meus outros km fortes foram abaixo de 5min, e todos meus outros médios foram acima de 5min.
Essa diferença no meu tempo parcial não chegou a me atrapalhar. Quando passei pela placa do km 9, dois corredores me ultrapassaram de forma consistente, e percebi que vinha mais gente junto. Olhei para trás e vi umas cinco ou seis pessoas na região, e como era meu km forte resolvi entrar no "pelotão" para ver se dava para aproveitar alguma coisa. Encostei no corredor que ia à minha frente e tentei acompanhá-lo por algum tempo, mas ele acabou abrindo alguns metros de distância. Pelo menos ninguém mais me ultrapassou. O único que emparelhou comigo ficou para trás no sprint de chegada. Minha última parcial acabou ficando em 4:27 e fechei os 10km em 50:39. Nada mal para mim, dadas as circunstâncias.
O frio com certeza ajudou na minha performance, mas também foi um perigo à minha saúde. Estou fugindo de uma tosse chata que quer me pegar, e tive que ir logo para casa para não piorar.
Pude comprovar que esta é uma prova rápida. Se eu treinar direito, acho que consigo bater meu récorde nos 10km.

Números:
in zone: 24
avg hr: 177
peak hr: 204 (?! acho que a bateria está acabando)
min hr: 131
tot cal: 1044

1- 164 5.38 (médio)
2- 180 4.35 (forte)
3- 179 5.13 (médio)
4- 180 4.45 (forte)
5- 178 5.21 (médio) (25.32)
6- 179 5.16 (forte)
7- 177 5.00 (médio)
8- 178 5.05 (forte)
9- 177 5.18 (médio)
10- 180 4.27 (forte)

total: 50:39
ua

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