domingo, 29 de novembro de 2009

28/11/2009 - IX Duathlon ATC 2009

Tem coisas que aparecem na nossa vida e não dá para deixar a oportunidade passar. Na 6ª feira de manhã eu estava fazendo a lição-de-casa com a Beatriz, minha filha mais velha, e descobri, folheando uma revista, que haveria um Duathlon (natação-corrida) no sábado de manhã. Seria bem perto de casa e, aparentemente, daria para eu ir, apesar de estar em cima da hora.
Ainda de manhã, liguei no Alphaville Tenis Clube para me informar sobre o evento. Fui muito bem atendido pelo Odair, coordenador de esportes. Fiz a inscrição por e-mail e, o melhor de tudo, era gratuíto.
No sábado, deixei a Beatriz na igreja para o ensaio da dança e me dirigi ao ATC. Ao chegar, estavam correndo as crianças (uma distância mais reduzida, claro). A minha bateria seria mais tarde.
Fiquei lá assistindo e conhecendo algumas pessoas novas. Um pouco depois chegou uma velha amiga, a Maite, que conheço há mais de 30 anos. Ela aproveitou para "queimar meu filme" com o pessoal, como se eu fosse um grande atleta rsrss.
À medida que se aproximava a hora da minha bateria, foi chegando um pessoal triatleta, com camiseta do Ironman e coisa e tal. Comecei a desconfiar que o nível não seria tão amador assim mas, para minha estratégia e objetivos, isso não incomodou nem interferiu.
Todos ali foram bem simpáticos e atenciosos. Conheci alguns atletas de alto nível, das equipes Butenas, Antílope e 4any1. A quantidade de participantes não chegou a 100 pessoas.
A bateria anterior à minha foi bem forte, com os primeiros nadadores fechando os 500m um pouco acima dos 7 minutos. Eu tinha duas opções de estratégias:
1) Nadar mais solto (lento) para tentar uma corrida mais forte, ou
2) Nadar mais rápido, sair entre os 1os da bateria, e tentar acompanhar na corrida.
Minha meta mais ambiciosa de tempo, na natação, era de 8 min. Se fosse mais lento, 9 min, talvez.
Ao alinhar para minha bateria, vi que os outros 4 atletas não tinham um "perfil" tão forte como a bateria anterior mas, ao entrarmos na piscina para aquecer, vi que a raia 1 tinha um nado forte. Eu estava na raia 5, a última (e pior).
Dada a largada, eu comecei a nadar bem alongado, rápido mas sem fazer muita força. Fiz a primeira virada em 1o, acompanhado pela raia 4 ao meu lado e a raia 1 um pouco atrás.
Nas primeiras 4 ou 5 chegadas (o total eram 10), a raia 4 me acompanhou cabeça a cabeça. Eu fazia virada olímpica (melhor) e ele fazia virada simples (mais lenta), mas depois ele me alcançava na braçada. A raia 1 ficara uns 10 metros para trás, e os outros dois atletas (raias 2 e 3) eram meros coadjuvantes.
Após a metade da natação, meu vizinho caiu de rendimento, mas a raia 1 encostou e quase me passou. Bati o final da natação apenas uns 2 ou 3 segundos antes da raia 1, e uns 15 segundos à frente da raia 4. Tempo de natação: 7min57seg. Excelente.
Na transição, o cara da raia 1 foi MUITO rápido. Enquanto eu acabava de amarrar meu primeiro tênis, vi o sujeito sair para correr. Calcei e amarrei o outro tênis e fui atrás dele. Estava em 2º lugar na bateria.
Nadei com a cinta do monitor cardíaco por dentro da sunga. Ao começar correr, posicionei-a na altura do torax e fui monitorando a frequência, pois o ritmo estava bem forte.
A corrida seria em duas voltas ao redor do clube. Logo no início consegui visualizar o primeiro colocado a uma certa distância, mas preferi não forçar no começo pois estava tentando acertar a respiração. A diferença entre nós foi se mantendo constante e, logo após o fim da primeira volta, percebi que comecei a me aproximar.
Mas, toda hora que eu me aproximava, ele olhava para trás, me via chegando, e apertava o passo. Então, fiquei naquele jogo de gato e rato. Se ele vacilasse, eu dava o bote, mas eu não estava em condições de ir muito mais forte, pois já estava me empenhando bastante. O terceiro colocado (aquele que nadou na raia 4) tinha simplesmente desaparecido. Devia estar correndo devagar.
Na segunda volta eu consegui realmente me aproximar do primeiro colocado, mas não foi o suficiente para passá-lo. No último trecho, já dentro do clube, ele deu um sprint e eu não consegui responder. Mas fiquei satisfeito com minha performance, e ele me ajudou a fazer um bom ritmo durante toda a corrida.
Após chegar, percebi um fato muito inusitado: o vencedor da minha bateria tinha corrido de Croc! Por isso ele foi tão rápido na transição! Mas, convenhamos, este não é um calçado muito convencional para se correr, né?
Bom, depois eu descobri que ele nem era da minha categoria. Na hora da premiação, para minha surpresa, eu fiquei em 2º na categoria 31-40 anos masculino (havia somente uns 6 ou 7). E cadê aqueles ironmen? Não sei, mas fiquei muito feliz de subir ao pódio.
Ainda ganhei um brinde bem bacana no sorteio, que dei para a Beatriz.
A distância da corrida, originalmente divulgada como 3850 metros, devia ter um pouco mais. Medindo no Map My Run, deu 4,23Km (veja aqui). Na minha marcação, fiz em 20:42. Somado à natação e à transição (37seg), o tempo total foi de 29:16.
Detalhe para a medalha: de prata, veio com a categoria escrita. Ou seja, não existe outra igual à minha.
ua

terça-feira, 24 de novembro de 2009

22/11/2009 - SP Classic


De sábado para domingo tive problemas digestivos e passei a noite inteira acordando várias vezes para ir ao banheiro.
Não dormi direito e fui correr de teimoso.

O clima estava quase ótimo. Só a umidade estava alta, mas a temperatura variou entre 23~25ºC. Não fosse minha debilidade, tentaria um sub-50. Nem tentei.

Corri com parciais na casa de 6:30/Km, e mesmo assim não dava para ir menos lento. Uma das parciais foi acima de 7min.
Pelo menos, "corri" o tempo todo (não andei).

Este é meu tempo mais lento nos 10Km (pelo menos, nos últimos 2~3 anos) e, mesmo assim, não fiquei triste.

Ao chegar em casa, estava com 38,5ºC de febre, mas já melhorei, graças a Deus.
Na verdade, eu passei mal "pero-no-mucho". Fiquei no limite entre participar ou não. O mais sensato seria ficar em casa, mas achei que correr nestas condições tinha pelo menos um ponto que valia a pena.

Fiquei o tempo todo "monitorando" minha situação. Qualquer sintoma mais sério e eu abortava. Tanto que fui super-devagar (1h07, contra 50min que seria o tempo normal).
Vou ficar de olho, mas acho que foi uma virose passageira.

Sei que vai ter gente discordando comigo, mas eu corri esta prova para "simular" (parcialmente) uma situação de stress que, provavelmente, vou passar em uma maratona.

Acho que não dá para fazer uma projeção muito eficiente, mas multiplicando meu tempo por 4,2195 daria 4h43, que é um tempo aproximado do que quero fazer em maio/2010, na Maratona de São Paulo, minha primeira participação nesta distância (pelo menos, é o que estou planejando).

ua