domingo, 24 de janeiro de 2016

31/12/2015 - 91ª São Silvestre


Eeeeee... lá fui eu para mais uma São Silvestre. Minha 18ª no total, 16ª seguida (desde dez/2000).
Já faz tempo que deixei de considerar essa prova como um evento para performar. O tempo final não tem qualquer importância.
Mesmo com o preço de inscrição salgado, ainda acho que vale à pena participar da maior, mais antiga e mais importante corrida do Brasil.
Desta vez novamente combinei de correr com o pessoal da igreja. E novamente fui fantasiado de Fred Flintstone.


Esse evento é uma festa. Comemorando o último dia do ano, aproveitando para socializar com os amigos, e de quebra ainda praticando uma atividade saudável e que eu gosto muito.
Encontrei os irmãos em uma das esquinas entre a Av. Paulista e a Al. Campinas, junto ao Banco Safra.
Vestido de Fred e com uma peruca Black Power, eu era frequentemente abordado e tive várias solicitações para tirar foto.
Quando já estávamos todos presentes, nos dirigimos para a região da largada. Tentamos nos posicionar perto do setor vermelho, mas não foi possível avançar até lá. Mesmo assim, ainda largamos numa região melhor que a do ano anterior.
No início da corrida, contávamos 5 amigos: eu (Fred rs), Dado, Edu, Neto e Juvenal. A meta era manter um ritmo na casa de 6:30min/km, algo tranquilo a todos nós, que permitiria ficarmos juntos até o final.
Eu, por ser mais alto e estar com a peruca chamativa, seria a referência no caso de algum desagrupamento momentâneo.
Já na largada o Dado mostrou que não estava confortável com o passo lento. Tivemos que "segurá-lo" por algumas vezes.
Nesta edição, não sei se foi impressão minha ou se foi um fato real, mas parece que havia menos pessoas fantasiadas. Ainda havia várias, mas não tantas como o usual.
A passagem pelo túnel no final da Av. Paulista é um dos momentos mais emocionantes da prova. Todos fazem muito barulho, e as pessoas ficam lá em cima assistindo os corredores. Não tem preço.
Um pouco mais pra frente passamos ao lado do Estádio do Pacaembu, Praça Charles Miler e entramos na Av. Pacaembu. Nesse trecho, perdi momentaneamente o Neto, mas depois ele se juntou ao grupo novamente.
O Dado continuava "nervoso", e fizemos uma parcial na casa de 6:00 ao completar 4km.
Desta vez a organização acertou ao colocar o primeiro ponto de água em um local BEM mais largo, evitando o problema sério que observamos em 2014.
Logo em seguida, passamos por uma sequência de ruas estreitas, onde precisei amarrar o tênis que estava ficando solto. Nessa região, perdemos o Neto em definitivo. Ficamos então em um grupo de 4 amigos.
Ao passar ao lado do Memorial da América Latina, um dos corredores que estava próximo a nós caiu estatelado no chão, provavelmente por ter pisado em alguma irregularidade na via. Ele até tentou se proteger na queda, mas a cena foi feia. Felizmente, ao que parece, ele não se machucou muito.
Mais adiante, em alguma esquina entre as avenidas que passamos, novamente o grupo se dividiu. Perdi o Edu e o Juvenal, e fiquei apenas com o Dado. Na multidão de corredores que se aglomeram durante todo o trajeto, existe uma certa dificuldade em achar uma pessoa específica. Tentei reduzir o passo para ver se reagrupávamos, mas não deu certo.
Progredimos mais alguns quilômetros em dupla, eu e o Dado. Passamos ao lado da torcida do Corinthians, time para o qual meu colega torce. Vez ou outra fazíamos umas piadinhas para deixar a corrida mais divertida.
Lá pela marca de 9km havia um posto da Gatorade. Na confusão que toma conta dessa área, perdi minha última escolta e fiquei sozinho na corrida. Ainda procurei pelo Dado por alguns minutos, em vão.
Passei pela marca de 10km solitário, mas continuei fazendo festa por conta da fantasia que estava caracterizado.
Acabei apertando um pouco o ritmo, já que não havia mais motivo para segurar o passo. Não foi uma aceleração desenfreada, mas melhorou um pouco a média. Isso não fez diferença alguma, pois a prova é festiva, mas deixo registrado apenas para documentar o fato.
Eu estava levando à mão minha câmera GoPro, e registrei vários corredores interessantes. Sempre que possível, eu interagia com os desconhecidos, normalmente incentivando e dizendo frases animadoras.
Passei pelo Largo do Paissandu, Teatro Municipal, Viaduto do Chá, Largo São Francisco e subi a famosa Av. Brigadeiro bem tranquilo. No final dessa subida, um maluco emparelhou comigo e pediu para eu gravar uma declaração dele, em apoio à preservação a uma praça ou algo parecido.
Como eu estava super feliz e de bom humor, não vi motivo para não atender ao pedido do figura. Mas confesso que fiquei constrangido quando ele pediu para que eu segurasse uma faixa de protesto durante todo trecho final da Av. Paulista, até cruzarmos a linha de chegada. Eu efetivamente não queria fazer isso, e estragou a minha chegada, mas não tive coragem de dizer não pro cara.
Depois ele disse que entraria em contato comigo para pegar o video, mas até hoje não tive notícias do homem.
Fora isso, tudo transcorreu com tranquilidade. Peguei minha medalha e retornei ao ponto de encontro, onde aguardei a chegada do pessoal.
Deixo abaixo o video, meio longo, do registro que fiz da prova.



ua