terça-feira, 13 de dezembro de 2011

11/12/2011 - 45ª Gonzaguinha


Já em contagem regressiva para a Maratona da Disney, a Gonzaguinha foi a primeira das minhas últimas 3 corridas de 2011.
Não era uma prova-alvo e, por isso, só tracei 2 estratégias básicas: ir forte, ou não. Simples assim.
Como o clima estava favorável - 18°C na largada - resolvi ir forte.
Primeira parcial de 3km na casa de 16:30, ainda que não fosse um tempo espetacular, estava de bom tamanho.
Aumentei o ritmo um pouco e me surpreendi com a segunda parcial abaixo de 15min. Na hora achei que poderia ser erro de marcação, mas uma análise posterior afastou essa possibilidade.

Reparei que um corredor de Sorocaba, identificado como Tevez, ora me passava e ora era ultrapassado por mim. Acabei usando-o como referência. Trocamos de posição algumas vezes até ele resolver disparar, mas mesmo assim ainda o acompanhei à distância.
A terceira parcial foi na casa de 15min, assim como a 4ª. Passar 12km com 1h01 não estava nos meus planos, e um pequeno cansaço começou a aparecer. Por outro lado, faltava pouco para o final, e alguns corredores fazendo um ritmo forte me ajudaram a manter a última parcial também na casa de 15min.
Melhorei minha marca nos 15km em mais de 5min. Tempo líquido oficial: 1:16:08
ua

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

22/10/2011 - Revezamento 3h de Natação ACM Barueri/Alphaville



Neste último sábado participei do Revezamento 3h de Natação ACM Barueri/Alphaville. Desta vez foi uma prova interna, somente para alunos, professores e funcionários locais. Mesmo assim, conseguiram fazer equipes bem equilibradas, e a disputa foi bacana.

Cada equipe tinha 6 nadadores que se revezavam a cada 15min. Fiz as 1ª e 3ª baterias:

1ª bateria - 950m (19 chegadas) em pouco menos de 15min
(15 min de descanso)
3ª bateria - 1000m (20 chegadas) em pouco mais de 15min

Na largada, sai um pouco à frente do Bruno (Mackenzie), mas logo ele me ultrapassou e abriu um certa vantagem. Na outra raia estava um cara ainda mais rápido, que colocou várias (umas 3 ou 4) chegadas de vantagem. Junto dele, uma moça começou um pouco atrás de mim, mas aos poucos me ultrapassou e abriu vantagem.
Mas o Bruno não aguentou o ritmo forte que fez no início, e percebi que eu estava diminuindo a distância. Fui buscar e consegui emparelhar no final. Antes do apito de revezamento, a moça da minha equipe, que já estava na água, me "segurou" quando eu fazia a virada e, então, deixei ela nadar, mesmo ainda não tendo completado os 15min.
Por isso, fiz o mesmo com ela. Antes de apitarem, quando ela chegou na borda eu já comecei a nadar. Desta forma, comecei meu segundo período um pouco à frente do Bruno, que novamente nadou ao meu lado. Achei que ele poderia me alcançar no início, mas fui eu quem fui buscá-lo. Ele devia estar cansado, e nem fazia mais a virada olímpica. Essa disputa me ajudou a manter um ritmo forte, e consegui passá-lo, mesmo quando ele esboçou uma reação momentânea.
Não pude ficar até o final pois tinha uma reunião em SP às 11h. Além do fato de que a largada foi dada com MUITO atraso. Uma palhaçada esperar pelos atrasados - total falta de respeito com quem chegou na hora.
Não sei como ficou a classificação. Até aquele momento as equipes estavam bem equilibradas.

ua

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

16/10/2011 - 48ª Volta da USP

Retirar o kit no sábado chuvoso poderia ter sido um inconveniente não fosse eu ter conseguido transformar isso em um passeio com minhas filhas. Melhor que ficar em casa.
O domingo também foi chuvoso, com início do horário de verão, e eu ainda precisei aprontar minhas filhas e deixá-las com meus pais. Por outro lado, a largada às 9h ajudou e não precisei madrugar "tanto". Consegui chegar à arena com tranquilidade.
Ainda encontrei o grande brother Joka e ficamos papeando até a hora da largada.
Minha estratégia era ir na boa até o final da subida do Matão, depois descer com cuidado e, só então, descer a bota e fazer um final forte.
Como o Joka me convenceu a largar perto da fita, fiquei um pouco preocupado em não ser atropelado no início, nem tampouco acelerar demais por conta de corredores mais rápidos passando por mim. A primeira parcial em 4.53 ficou um pouco mais rápida que o planejado, mas pelo menos não foi um tempo irresponsavelmente rápido.
Coincidentemente a segunda parcial também foi de 4.53, mais ou menos quando começou a chover mais forte.
As placas de parciais pareciam estar meio fora de lugar, foi o que pensei ao passar os 3km com uma parcial de 4.34. Já a placa de 4km ficava no pé da subida do Matão, com mais uma parcial marcando 4.55.
Consegui subir em um ritmo tranquilo, sem grandes problemas. A parcial de 5km ficou em 5.38.
Já a descida foi mais forte, claro. Nessas alturas eu estava tentando alcançar, ou pelo menos manter uma distância constante da Elisângela, da equipe 100boleto. Parcial dos 6km: 4.45
Mais uma placa (muito) provavelmente mal colocada nos 7km. Parcial de 3.16 (!!). As parciais seguintes devem ter "compensado" a distância e, mesmo eu forçando o final ficaram em 5.06 e 5.21.
Como consegui ultrapassar a Elisângela, a preocupação agora era não levar o troco rsrs. Como também não tinha certeza se as placas de parciais estavam nos lugares corretos, a previsão de um sub-50 não era uma certeza muito confiável. Mantive a concentração em terminar dando o melhor de mim.
A chegada no velódromo teve alguns pequenos trechos de lama e afunilamento, mas nada significativo.
Fechei com 47.49 (marcação pessoal) e fiquei muito feliz com o resultado.
No site da Corpore está um tempo meio estranho. Já escrevi para eles solicitando uma explicação de tanta diferença. Mas isso é só um detalhe.
ua

PS: parece que (muitas) outras pessoas também tiveram problemas de cronometragem
PS2: esqueci de comentar - MUITO legal a camiseta Adidas do kit. A medalha tb foi bem bacana.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

18/09/2011 - 19ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento

Demorou, mas consegui um tempo para escrever aqui. Estava esperando sair o resultado do anti-doping rsrs.
No último domingo corri esta prova pela 13ª vez. Tenho orgulho de dizer que participei da 1ª edição da MPAR, em 1993. Depois, voltei em 2000 (8ª edição) e desde então corro todos os anos.
Em 2011 eu já estava contente de inscrever 2 quartetos e 1 dupla, "niki" tive a grata alegria de ganhar uma promoção do Pão de Açúcar e poder inscrever mais uma equipe.
O mecanismo da promoção era interessante: o PA (@EsportesPA) lançava uma pergunta no twitter, e o primeiro a responder corretamente ganhava. Eu ficava dando refresh (atualizar) direto para ver a pergunta assim que mandassem. No caso foi algo como "Quantas vezes o Marilson foi campeão da São Silvestre?". Digitei "3" e ENTER. Mas o grande vencedor de promoções Fábio Namiuti, o ninja, já tinha sido mais rápido que eu, só que com o texto "duas". Resultado: eu ganhei! E o FN ganhou também, mas em outro dia.
Retribuindo a generosidade espontânea do meu xará, que havia me agraciado com a inscrição para a Duque de Caxias, ofereci 7 vagas do octeto promocional para que fossem preenchidas por ele e mais 6 colegas.
Resultado: vieram umas 15 pessoas de São José dos Campos em um fretado, para juntar-se às fileiras da família Medeiros, amigos e agregados.

No sábado fui com minha filha Beatriz retirar 26 kits: 1 dupla, 2 quartetos e 2 octetos. Tudo tranquilo, não fosse minha ideia de, em casa, ficar assistindo DVD até quase 23h. Acordei às 3:45 ainda meio sonâmbulo rsrs.
Peguei meus pais às 5:15 e chegamos ao Ponto de Encontro alguns minutos antes das 6h. O Gilberto já estava lá, pois também seria o primeiro corredor.
O pessoal de SJC também chegou no horário, distribui os kits e saí para a largada às 6:30.
Com 35 mil pessoas inscritas, esta corrida tem um afunilamento monstro na primeira volta. Por isso, não tive vergonha de pular a grade e largar lá na frente.
Por motivos de logística, eu estava correndo por 3 equipes simultaneamente: a dupla e um octeto, nos quais estava devidamente inscrito, e um quarteto, onde eu fazia a volta do meu primo José. Ele e meu pai dividiriam a última volta do quarteto A, uma vez que nenhum dos dois estava preparado para fazer a volta completa.
Mas vamos ao que interessa!
A largada foi dada com 4 minutos de atraso, o clima estava ótimo, frio (14~15°C) e céu aberto. Fiz um início mediano, sem forçar muito, mas também não tão lento quanto faria uma meia-maratona. A ideia era me aquecer sem me desgastar, pois logo à frente eu tinha uma estratégia preparada.

Na metade da primeira volta fiz o revezamento do octeto com o Fábio Namiuti. Tinha combinado um protocolo "echo-echo" com ele, mas tinha tanta gente na transição que quase perdi o homem. Ainda bem que ele me viu e deu tudo certo.
Ao sairmos da área de troca, comecei a aplicar minha estratégia ousada de tentar acompanhar o FN. Imaginei que ele faria um ritmo entre 4:30 e 5min/km, o que seria um grande desafio para mim. Não foi fácil, mas consegui manter uma distância pequena por um bom tempo, até que em um posto de água não o vi mais. Como faltava pouco para fechar a primeira volta, acelerei um pouco o ritmo e fechei a volta em 53:36.
Alguns metros à frente fiz a troca do quarteto com meu chefe Tom, e continuei para completar a segunda volta da dupla. Minha ideia era acompanhar o Tom, para que ele puxasse meu ritmo. Mas eu estava tão empolgado que acabei indo mais rápido que ele.

Ainda demorou uns 4km da segunda volta para que o primeiro corredor da elite me ultrapassasse. Acho que este ano o nível não estava tão forte.
Nesta segunda volta eu não fiz um ritmo tão audacioso como na primeira, mas tentei manter o pace na casa de 5:30/km. Apesar de em nenhum momento eu ter almejado um récorde pessoal, comecei a fazer algumas contas de que poderia melhorar minha marca na meia-maratona. Por outro lado, como não havia tapete na largada (que também seria o ponto da meia maratona, ao completar exatas 2 voltas), além da dúvida sobre a aferição da medida do percurso, cheguei à conclusão que uma "melhor marca" nesta prova serviria apenas como referência, mas não como resultado oficial.
Elocubrações à parte, posso resumir que a segunda volta foi uma corrida de altos e baixos. Não apenas na altimetria característica, mas também no ritmo, não necessariamente simétrico às elevações. Em alguns momentos eu forçava, e em outros eu me recuperava.
Prestes a passar pelo pórtico de largada/chegada, forcei um pouco o passo e fechei a volta em 57:01, somando 1:50:37 na meia maratona. Praticamente 6 minutos mais rápido que meu récorde oficial, obtido na meia da Corpore deste ano.

Ainda precisei correr mais 1,6km, agora em ritmo moderado, até o ponto de troca das duplas, totalizando 22,7km em 1:59:14. Esta troca foi bem tranquila, já que a quantidade de duplas é pequena. O Guilherme Maio estava lá à postos, me esperando para o revezamento. Fiz uma breve saudação ao amigo e encerrei minha participação.
Eu estava tão feliz com meu desempenho, independente do resultado não poder ser oficializado, que nem me sentia cansado nem dolorido. Acho que a concentração de beta-endorfina devia estar nas alturas rsrs
Como a área de troca das duplas era bem perto do ponto de encontro, cheguei bem rápido ali. Encontrei meus pais e alguns outros colegas que já tinham chegado.

A partir daí fiquei conversando com o pessoal. Alguns saíam para sua vez de correr, e outros chegavam suados, já com a missão cumprida.
O Sol brilhava no céu, cada vez mais forte. Acho que os últimos corredores devem ter sofrido um pouco com isso.
Ainda estava por lá quando passou por mim uma equipe do Pão de Açúcar com um troféu na mão. Reconheci um dos corredores e falei para ele: "olha o Vanderlei aí". Ele deu um tapinha nas minhas costas, cumprimentou e seguiu seu caminho. Se por um lado me lamentei pela falta de ideia de tirar uma foto, por outro lado fiquei feliz pela situação inesperada, que vou lembrar por um bom tempo, igual a quando ultrapassei esse mesmo Vanderlei, no revezamento do ano passado.
Algum tempo depois chegou o Guilherme, que fez uma bela participação e permitiu que nossa dupla chegasse à frente dos quartetos. Deixo registrada aqui minha grande satisfação em fazer dupla com esta grande pessoa a quem, a despeito de toda choradeira, admiro muito.
Pelos resultados oficiais, nossa dupla marcou o tempo de 03:45:57, classificando-se em 104 de 314 duplas masculinas. Os quartetos também foram bem. A equipe A fechou em 04:07:32, na 578ª posição, enquanto a equipe B marcou 04:17:02, 782º de 1265 quartetos masculinos.
Já os octetos deram um show à parte. A equipe "Pouco Juízo" fez a excelente marca de 03:08:51, 25º de 2.426 octetos masculinos. A "Lembu-Kan 2011 D" cravou 03:38:38, na 85ª posição. Só fera!
Fotos que publiquei no PicasaWeb aqui
Histórico das participações aqui

ua


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Vaga para Revezamento PA

Olá, pessoal.

Ontem recebi uma notícia inesperada: um dos meus primos que costuma integrar as equipes deste revezamento não poderá ir. Ele já estava inscrito, e agora preciso conseguir alguém para preencher a vaga.

Alguém está disponível? O custo da inscrição é de R$65,00, a distância será de aproximadamente 10,5km. Eu consigo atualizar o nome no momento da retirada do kit. Aliás, obviamente, quem puder preencher a vaga terá direito ao kit completo: camiseta, medalha e outros brindes.

Agradeço pela atenção.

ua

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

21/08/2011 - 9ª Duque de Caxias Corpore


Apesar de eu não ter a mínima intenção de participar desta corrida por diversos motivos (preço alto e distância "curta", principalmente), uma oferta generosa do meu xará Fábio Namiuti acabou por mudar completamente o cenário. Agradeço mais uma vez, pela inscrição na faixa.
Mas eu ainda estava na dúvida de como encaixar 10km no fim de semana que precisava fazer 26. Pensei em fazer uns 20km no sábado e 10 no domingo, mas acabei optando por um "aquecimento" de 16 antes da largada. Desta forma, já tinha desculpa para não fazer um tempo rápido nos 10km oficiais, ainda mais porque estou fugindo de uma lesão que parece estar querendo se manifestar.
Acordei 4:30 da madrugada para conseguir fazer tudo a tempo. Mas não achei minha pochete-porta-gel e acabei saindo atrasado de casa. Ainda bem que o trânsito estava ótimo e a entrega de kits começou no horário marcado. Fiquei só com o primeiro atraso mesmo.
Comecei meu aquecimento às 6:24 e resolvi não tirar o atraso nesses primeiros 16km. Pelas minhas contas eu conseguiria chegar ao pórtico de largada com menos de 10min após o início, e contava com uma certa tolerância da organização com relação a isso.
Fiz 10 voltas de 1,57km neste circuito:

Depois, corri mais uns 700m até a largada e finalmente comecei oficialmente a prova da Corpore.
Antes de começar, perto do Monumento do Empurra, eu via os corredores já iniciando suas provas. Destaque para dois grupos de militares: o primeiro do Exército, sem camisa, e o segundo da Aeronáutica, com regatas brancas.
O frio de 10~11ºC estava cortante, mas eu gosto deste clima para correr. Durante o aquecimento chegou a garoar, mas na prova só ventou.
Fiz um início conservador, ultrapassando os caminhantes da rabeira, sem qualquer moral para reclamar que estariam me atrapalhando. Afinal era eu quem estava atrasado.
Pouco antes do km 3 comecei a alcançar o pelotão da Aeronáutica. Passei pelo meu parente Barata, cumprimentei, e segui acelerando. Ao ultrapassar os milicos, percebi que estava começando a me empolgar dentro da corrida. Tentei me controlar para não por tudo a perder, mas essa moderação durou pouco.
Já na Av. Ruben Berta os termômetros marcavam 8ºC. Antes do retorno, perto do km 6, comecei a alcançar o pelotão do Exército. Realmente, aqueles negócios que eles ficam cantando, e batendo palmas, são contagiante. Após o retorno ultrapassei o grupo, bem na hora que os dois pelotões de militares se cruzaram, um voltando e o outro ainda indo.
Ao passar pela marca de 7km fiz a conta de que faltava apenas uma parcial de 3km, minha referência nos treinos. Mandei a cautela para o espaço e apertei o ritmo. Para mim foi muito difícil resistir a todo aquele clima competitivo, e mesmo a prudência me avisando que eu poderia pagar um preço meio alto, resolvi fazer um final forte.
Acabei tendo que fazer trocentas ultrapassagens, pois o fato de ter largado atrasado me deixava junto a corredores mais lentos. Isso deveria ser mais um estímulo para que eu me contivesse, mas teve o efeito contrário: quanto mais eu ultrapassava, mais me empolgava.
Cheguei ao ponto de ficar com vergonha de tanto costurar e ziguezaguear. Espero não ter deixado ninguém irritado.
Perante meu objetivo inicial de fechar os 10km na casa de 1h, os 53:09 (marcação pessoal) ficaram excelentes e refletiram toda minha incapacidade de seguir o planejado dentro de uma competição "não-alvo".
Mas não me arrependo e, graças a Deus, não tive problemas mais sérios em decorrência da minha imprudência.
Seguem as parciais que marquei:

in zone (4): 2:08.50
avg hr: 155
peak hr: 180
min hr: 85
tot cal: 2759

aquecimento:
1- 148 19.38 (3,14km)
2- 151 19.32 (3,14km)
3- 152 19.41 (3,14km)
4- 152 18.57 (3,14km)
5- 154 18.22 (3,14km)
6- 145 6.13 (0,7km)

Total (16,4km) 1:42.23

10km:
1- 155 5.42
2- 156 5.31
3- 163 5.32
4- 166 5.12
5- 158 5.40
6- 166 5.32
7- 165 5.27
8- 160 5.10
9- 167 4.54
10-175 4.30

Total (10km) 53.09
Total (26,4km) 2:35.32

Video da chegada:


ua

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

31/07/2011 - 9ª Meia Maratona de SBC

("paste-cole" do fórum RB)

Fui na terra do Lula para mais esta corrida.
Retirei meu kit com tranquilidade, lembrando de outro(s) ano(s) em que havia uma fila gigante.
Encontrei o Jack e o Sérgio e ficamos batendo papo antes da largada. Agradeço pelas dicas valiosíssimas que me passaram.
Largada pontual, mas não muito organizada. Não sei qual foi o critério de definição das baias, e com certeza muita gente não respeitou (inclusive eu, reconheço - deveria largar na G mas larguei na F, junto com o Jack). Até o km 2 fomos ultrapassando caminhantes (!!).
O clima estava ótimo. 17ºC e nublado. Ameaçou chuviscar, mas só caíram poucos pingos minúsculos.
O abastecimento de água também foi ótimo, e contei pelo menos 2 postos de frutas, de academias da região.
Corri com o Sérgio e o Jack até a primeira subida mais forte, perto dos 8km. Encontramos o Guilherme e a Mayumi no caminho. No topo da subida alcancei meu chefe Tom e corri um pouco com ele. Depois, alcancei a Dri e comecei a fazer um ritmo um pouco mais rápido.
Eu não tinha muitas pretensões de tempo nesta prova, mas resolvi manter-me próximo ao limite enquanto isso fosse possível.

A subida entre os km 12 e 13 foi vencida com tranquilidade. Na grande reta entre o 14 e 16 não desanimei e mantive o passo. A subida da Piraporinha não pareceu tão difícil como em anos anteriores.
Por volta do km 19 entramos na avenida de chegada, por onde já tínhamos passado no início. Um corredor me passou e resolvi usá-lo como referência de ritmo. Com isso, acelerei um pouco para fazer um final forte (nos meus parâmetros, claro). Outro corredor me passou e emparelhou com o primeiro. Fomos os três num pequeno pelotão, ultrapassando alguns outros. O primeiro reduziu o ritmo e fiquei na cola do segundo. Antes do retorno perto da chegada, deixei-o para trás e dei um pequeno sprint para fechar a prova na casa de 2h01, meu melhor tempo em SBC após duas marcas de 2h05.
Acho que meus treinos para maratona estão melhorando minha preparação, pois acabei a corrida sem ficar no bagaço.
Gostei da medalha, não só pela beleza, mas também pela fita aveludada.

Dados:
in zone (4): 1:27.38
avg hr: 161
peak hr: 184
min hr: 106
tot cal: 2292

Minhas parciais a cada 3km:
1- 19.42 (147)
2- 17.47 (156)
3- 17.40 (163)
4- 16.37 (166)
5- 16.53 (1:28.38 nos 15km) (163)
6- 16.47 (166)
7- 15.49 (ou menos, pois demorei para travar o cronômetro) (169)


ua

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Projeto Disney 2012

Estou inscrito para correr a Maratona Disney em 08/01/2012. Ainda não é minha sonhada maratona de NY, mas já é um "começo".
Ao atualizar minha agenda no SportCV, vi que o Guilherme também vai correr lá. Entendi que vai participar do desafio do Pateta. Mas é um fanfarrão mesmo. Já até imagino os trocadilhos que irá escrever no blog rsrs.

Bom, a partir da semana que vem, após 4 semanas de "descanso" pós-maratona de SP, volto aos treinos mais pesados. Rumo a Orlando! #EchoPower

Nesta semana eu vi o video motivacional abaixo, e dedico a TODOS (sem exceção) meus amigos, esportistas ou não. VOCÊS SÃO VENCEDORES!



ua

sábado, 25 de junho de 2011

19/06/2011 - 17ª Maratona de SP


Após quase uma semana, finalmente estou sentado para escrever o relato detalhado desta corrida.
De antemão peço desculpas pelo nível de detalhe exagerado, correndo o risco quase certo de ser enfadonho, mas tal granularidade faz-se necessária pois trata-se de minha prova-alvo de 2011, além de ser nada menos que uma maratona.
Por tudo isso, sem mais delongas, vamos aos fatos.

Treinamento

Iniciei minha planilha de treinos em janeiro, da mesma forma que em 2010. A diferença, desta vez, é que a corrida seria um mês e meio após o início de maio do ano anterior. Ou seja, eu teria um período maior de preparação, de forma que consegui encaixar algumas folgas no meio do planejamento, para recuperação e descanso.
Os primeiros treinos em janeiro foram um pouco sofridos, em especial os primeiros longos. Nada desanimador, mas cabe aqui o registro dessa situação apenas para ressaltar que não se deve desanimar com as primeiras dificuldades.
Diferente de 2010, desta vez resolvi variar os percursos dos treinos. Os objetivos desta variação eram: 1) Trabalhar a parte psicológica em trechos mais longos (em 2010 tive quase toda preparação em voltas de 1 ou 3km) e 2) Adicionar subidas e descidas mais desafiadoras, para melhorar a preparação física.
Lembro de ter corrido na Via Parque, beirando o Rio Tietê, desde o Parque Ecológico até o Rodoanel (em Barueri). Tinha um retão gigante, mas não era muito seguro e acabei não usando mais.
Fui algumas vezes até o Trópico de Capricórnio, no caminho para Santana de Parnaíba. Não cheguei a voltar pela Estrada dos Romeiros, mas esses treinos com altimetria “montanha russa” (by Fábio Namiuti) ajudaram bastante tanto na parte física como na psicológica.
Também corri um pouco em Tapiraí, estradinha de terra, subidas monstruosas, visual espetacular. De lá veio a “tag” #EchoPower, um fenômeno simples e, de certa forma, inexplicável, mas com um efeito motivacional bem forte.



Corri no calor, e até tive que interromper treino longo quando a temperatura atingiu 30ºC. Um gatilho de segurança para preservar a integridade física.
Corri com chuva, que adoro. Corri com Sol. Corri cedinho, corri tarde da noite e corri antes do almoço. Corri com calor (35ºC) e corri com frio (12ºC). Corri no plano e na montanha. Escrevendo assim, parece que foi uma maravilha, mas é claro que tive alguns problemas. Por conta deles, abri mão de umas três semanas intercaladas para ver se melhorava de algumas dores chatas.
Felizmente consegui realizar os principais treinos longos. Os treinos de velocidade foram bem feitos no início, mas no final eu resolvi não fazê-los por medo de lesão. Também no final passei a correr apenas no velho e bom circuito de 3km.
Como o período de treinos é bem longo - no meu caso, mais de cinco meses - algumas experiências são quase tão marcantes quanto a própria maratona. Mas o “prato principal” é mesmo o dia da prova.
Para finalizar esse bloco de treinamento, posso dizer que foi - literalmente - uma preparação feita com sangue, suor e lágrimas. Sangue, quando num treino de 30km cortei minha mão nos 15km e foi difícil fazer o sangue estancar - mas consegui e fui até o fim. Suor, porque esse é um mecanismo natural de refrigeração do corpo quando fazemos exercício. E lágrimas pela pequena Giulia, que morreu cedo vítima de câncer. A imagem dela me acompanhou em muitos treinos, e também no dia da prova.

Resumo da minha preparação:

Treinos de corrida: 943,8km em cerca de 100h
Treinos de natação: 103km em cerca de 34h
Provas antes da maratona: 57,2km em cerca de 6h (3 provas)

Antes da maratona

Na sexta-feira à noite eu deixei separados todos os itens que julgava serem necessários para correr no domingo. Por via das dúvidas, os principais foram colocados em duplicidade: dois pares de tênis, dois shorts, duas camisetas, dois pares de meia... Um certo exagero, concordo, mas também não custa nada se precaver.
No sábado, percebendo que o clima estava esquentando durante a semana, fui cortar o cabelo e acabei ficando quase careca. Melhor assim. Correr com cabelo “Globe-Trotter” não dá.
Como em 2010, fui retirar o kit no sábado à tarde, para já ficar em SP, na casa dos meus pais. Fiquei 30 minutos na fila, e mais outro tanto na feira da maratona.
Fui para a casa dos meus pais, conversei um pouco com eles e assisti a dois DVDs previamente selecionados. Com isso, consegui combater quase totalmente a ansiedade que é comum antes das provas.
De sábado para domingo, dormi de forma satisfatória. Acordei poucos minutos antes do despertador, tomei um café-da-manhã substancial, me arrumei e zarpamos para o Ibirapuera.
Meus pais me deixaram perto da Assembléia Legislativa, de onde saíam os ônibus que a organização disponibilizou para o trajeto chegada-largada. Eram pouco mais de 7 da manhã. O embarque, desta vez, foi rápido, mas neste ano acabei viajando de pé. Preferia sentado, mas tudo bem.
Estava trajando calça de moletom e agasalho, já que as manhãs pré-inverno estavam um pouco frias, mesmo com Sol. Cheguei à avenida da largada por volta das 7:30, com cerca de uma hora de espera até o tiro de canhão. Fiquei zanzando pela área, tomando meu gatorade e tentando encontrar alguns conhecidos.
Por fim, encontrei o Jack com um colega, e ficamos jogando conversa fora. Depois, apareceu o Guilherme, que também trocou algumas palavras breves. Por volta das 8h, tirei meu abrigo, me fantasiei de corredor e deixei minha sacola no guarda volumes - um ônibus que se deslocaria para a região da chegada.
Encontrei o Rei e a Dri, fui fazer um xixizinho pré-largada, e reencontrei o Jack para nos dirigirmos à baia de partida.

Largada

Não cheguei a ouvir o anunciado tiro de canhão. Com um certo atraso, embora - segundo o Jack - o regulamento dizia que a largada era “a partir” das 8:25, partimos para a nossa jornada. Pelos cálculos que fiz olhando o resultado oficial, foram cerca de 13 minutos entre o tiro e o momento que passei a linha de largada. Ao acionar meu cronômetro, eram 8:50. Temperatura um pouco abaixo dos 20ºC. Na sombra estava “friozinho”, e ao Sol fazia “calorzinho”. Essa temperatura chegou a me preocupar um pouco, mas só preventivamente, já que ainda não tinha sentido nenhum desconforto real.
Ainda na baia de largada encontramos o Hideaki, mas logo em seguida o perdemos, sem saber se estava à nossa frente ou atrás. Como havia muita gente, o início de prova é um pouco confuso e quase tumultuado. Vi algumas pessoas caindo ao chão, e até um ciclista que pedalava na calçada também beijou o solo.
Após o quilômetro 6 se dividiam os corredores que correriam 10km, dos que fariam 25 e 42km, e então houve mais tranqüilidade para correr.

Início

Perdi a placa do primeiro quilômetro, mas isso não me atrapalhou pois minhas parciais seriam a cada três. A partir do segundo, passei a identificar todas as placas, mas devo ter me embananado no nono, provavelmente devido a algum posto de água, e acabei marcando apenas no décimo. Também por conta dos postos de água, acabei perdendo temporariamente o Jack, mas recuperei-o quando fiz um “pipit-stop” após os 10km.
Eu havia combinado com meus pais, esposa e filhas, de nos encontrarmos na Praça Panamericana, como em 2010. Desta vez estavam todos lá já na primeira passagem, pouco após os 12km. Ao vê-los, desferi meus primeiros brados de “eco”, já conhecidos pelas minhas meninas. Fizemos uma festinha, tomei uns goles de gatorade, e continuei meu trotinho. A presença da família no percurso da maratona foi muito importante para mim, e me deu muita força.
Perto do quilômetro 14, identifiquei meu chefe Tom já retornando pelo outro lado da avenida. Passei a marca de 15km num tempo mais rápido que o da última São Silvestre (quando corri na boa, filmando o percurso). Por um lado, fiquei feliz de estar bem na prova, mas por outro lado fiquei um pouco preocupado, se não estaria colocando em risco o final da maratona.
Na segunda passagem pela Praça Panamericana, lá estava minha torcida novamente. Combinei alguns detalhes sobre a terceira e última passagem, e segui em frente.
Na região do Parque Villa Lobos percebi que minha tentativa de correr menos rápido não estava funcionando. Comecei a me preocupar se isso comprometeria a segunda metade da prova, pois o desgaste começa a pesar cada vez mais, em especial após os 30km.
Na última passagem pela praça, me despedi da família e pedi para que me esperassem na chegada. Passei pela marca de meia-maratona, alcancei o Hideaki e, um pouco a frente, o Jack, com quem correra a maior parte da prova até ali. Na raia da USP passamos pelo Tom. Tentei animá-lo, já que ele estava no final dos seus 25km, mas tive impressão que havia acabado o gás dele, e não houve como convencê-lo a acompanhar-nos, ainda que estivesse a menos de 2km para o fim.


Acabou a moleza

Também na raia, finalmente deixei o Jack “ir embora”. Cheguei a pensar que ele poderia estar fazendo apenas os 25km, já que o ritmo estava completamente fora da minha realidade. Agora, analisando com mais calma, acredito que ele fez um início mais cauteloso, pois voltava de lesão, e foi acelerando na medida que ganhava confiança.
Na saída da USP, chegando à Av. Escola Politécnica, passei pelo Fábio Namiuti, que andava meio que mancando. Fiquei um pouco preocupado com a cena, perguntei se ele tinha quebrado e, de acordo com a resposta, achei que a prova tinha acabado para ele. Pena.
Passei pela chegada dos 25km já em ritmo bem mais modesto que no início, sabendo que essa avenida não é arborizada, sendo quase uma tortura ao corpo e à mente. Mesmo administrando e finalmente conseguindo fazer um ritmo dentro da minha realidade, acabei ultrapassando o Jack nessa região, e corri todo esse trecho sozinho. Graças à boa base de treinos em situações áridas, consegui vencer essa parte de forma satisfatória.

 
Ao entrar novamente na USP, começou a parte dura da prova, como eu já esperava e estava devidamente preparado. Quando montava a estratégia para a prova, cheguei a pensar em dividi-la em partes: “aquecimento”, “manutenção” e “superação”. Outra opção que tinha na manga era, após metade da prova, começar a contagem regressiva: “falta só meia-maratona”, “falta só uma São Silvestre”, “falta só uma Abertura Corpore”, “só uma Centro Histórico”, e assim por diante. Nessa hora onde o psicológico pode ajudar ou afundar, a experiência e o treinamento contam bastante.
Lembrando que em 2010 tive problemas “barrigais” após o quilômetro 30, desta vez eu já estava preparado para isso e, ao primeiro sinal de reocorrência, na altura do 27, mandei goela abaixo um plasil, aproveitando que também estava na hora de água e gel carboidrato.
Indo em direção ao IPT, quase levei um susto ao ver os corredores à minha frente entrarem na subida que leva ao bosque. Pensei: “só falta terem mudado o percurso e termos que subir essa rua”. Felizmente, mal entramos nela e já retornamos. Antes de chegar à raia, me surpreendi novamente, desta vez positivamente, ao ver o Namiuti correndo no sentido oposto ao meu. Avaliei que ele havia se recuperado e voltado à prova. Não lembro se vi o Jack e o Hideaki por ali.
Na altura do km 30 comecei a sentir uma dor considerável na coxa esquerda, mas decidi ignorá-la e seguir em frente. Essa dor me acompanhou por alguns quilômetros, mas não chegou a prejudicar o desempenho. Mesmo assim, o ritmo ia caindo gradativamente devido ao desgaste acumulado.
Entre os quilômetros 30 e 31 o Jack me ultrapassou. Acho que ele não me viu, e achei melhor não lhe chamar, pois tentar acompanhá-lo poderia atrapalhar nós dois.
Fiquei feliz em ultrapassar a marca dos 33km, distância do meu maior treino até então. Foi nessa placa que parei, em 2010, para atendimento médico. A partir daí estava batendo meu recorde de corrida sem caminhadas relevantes. Consegui manter o trote constante até mais ou menos o km 36, quando finalmente caminhei um pouco, na subida do túnel que dá acesso à Avenida Lineu de Paula Machado, aquela do Jóquei. Voltei ao trote logo que acabou a subida, mas o ritmo continuava a cair.
Àquela altura eu já via as previsões de tempo final caírem uma a uma. Felizmente eram todas muito otimistas e, até o momento, minha previsão original de 4h40 estava dentro da janela possível. A parte psicológica estava dentro do controle. A motivação estava forte, em especial porque eu acreditava que minha família estaria me esperando na chegada.
Mas infelizmente a parte física estava sendo minada na mesma proporção que a chegada se aproximava. Era uma batalha que eu teria que enfrentar e vencer. Minha cabeça procurava de onde tirar energia para os últimos quilômetros. Eu sabia que faltava pouco, que valia à pena, que era a realização de uma preparação de meses. Mas quem disse que eu conseguia? A impressão que eu tinha é que tinha acabado toda energia disponível. Não tinha de onde tirar forças, mesmo eu querendo e estando animado.
O Hideki me passou, e a única coisa que consegui falar foi “acabou o gás”. Naquela altura, por volta das 13h, os termômetros de rua marcavam 28ºC, mas não parecia tão quente. Provavelmente por causa da baixa umidade do ar. Isso também deve ter causado um fenômeno interessante em meus braços, pernas e rosto: formou-se uma camada de sal nessas regiões.


A chegada

A começar pelo túnel perto dos quilômetros 35~36, andei na saída dos últimos três buracos. Eram trechos em ligeira subida, e minhas forças estavam “na reserva da reserva”. Consegui me motivar e forcei um trotinho mínimo nos outros trechos. Num determinado momento desisti de tentar fazer alguma estimativa de tempo final. Só a chegada importava.
Já beirando o Parque Ibirapuera com cerca de 1km para o final, visualizei meus pais e minhas mulheres. Nem consegui gritar o “eco” tradicional. Só sinalizei que estava semi-morto e segui adiante. Nem parei para cumprimentá-los - o que depois percebi ter sido uma tremenda falta de consideração da minha parte, mas àquelas alturas eu nem estava mais pensando direito.
Fui surpreendido, na seqüência, pelas minhas filhas, que saíram em desabalada carreira à minha perseguição. Ao perceber isso, reduzi o passo e deixei que elas me alcançassem. Tentei fazê-las correr comigo até a chegada, mas a menor não conseguiu. Nesse momento, a despeito de qualquer perda de tempo que eu pudesse ter, voltei a caminhar para que elas pudessem ficar comigo. Meus pais estavam na retaguarda, para cuidar delas no caso de alguém desistir.


A Karina acabou ficando com a avó, depois de eu sugerir isso a ela. A Beatriz ficou comigo. Ao vermos um fotógrafo da Webrun, consegui convencê-la a voltarmos a correr, para ficar bem na foto. Em seguida, como já era possível ver o pórtico de chegada, ela continuou animada e fomos trotando rumo à meta.
Por mais chavão que seja, palavras não conseguem expressar a força da emoção que foi cruzar a linha de chegada da maratona segurando a mão da minha filha. O choro veio bem rápido, mas não havia força nem lágrimas em meu corpo.
Logo em seguida, encontrei meu parente Paulo Merino com um colega. Só cumprimentei, mas não consegui conversar. Tomei um copo d’água, peguei a medalha e lanche, tentei tomar um copo de gatorade, mas este estava estranho. Peguei minha sacola no guarda-volumes, liguei para minha mãe e comecei a voltar para o local de encontro. No meio do caminho o gatorade estranho foi embora. Eca! Tudo isso com a Beatriz ao meu lado, me acompanhando.


Com o passar do tempo, voltando para a casa dos meus pais, tomando banho, comendo, bebendo, quase dormindo e me recuperando, o cansaço foi sumindo, e as dores começaram a ficar mais claras. Nada grave.
Depois, analisando com mais calma, acho que deveria ter dado mais atenção à alimentação nos dois dias que antecederam à corrida. Fiz apenas uma alimentação normal, mas deveria ter reforçado um pouco. Acho que isso ajudaria a evitar, pelo menos parcialmente, a falta de força que identifiquei no final da prova.
Obviamente o início da corrida em ritmo mais forte também pode ter influenciado no final, mas sinceramente não consegui perceber se isso realmente aconteceu. Uma das possibilidades que estavam à minha disposição nas minhas alternativas de planejamento era justamente um início mais rápido para aproveitar a temperatura menor. Além disso, por motivos lógicos, eu já previa mesmo um final lento.
Se em 2010 eu terminei a maratona sem muita empolgação, desta vez eu já estou fazendo planos para 2012. As próximas três semanas, além dessa que acabou de passar, serão de treinos levíssimos. Depois, já tenho algumas ideias em amadurecimento.
Se de 2010 para 2011 consegui abaixar 45 minutos do meu tempo final (embora não fosse tão difícil, já que aquele tinha sido um tempo, digamos, ridículo), para 2012 tenho metas no mínimo ousadas. Claro que não planejo baixar outros 45 minutos, mas nem por isso deixam de ser planos agressivos. A única coisa que posso adiantar é: quero melhorar.
Para encerrar, deixo a seguinte frase que escrevi no Fórum Runner Brasil: “consegui perceber que sou um neném em maratonas, e tenho muito o que aprender.”



Marcação pessoal:

in zone: 3:03.52
avg hr: 163
peak hr: 176
min hr: 138
tot cal: 5415

1- 151 19.42 (3km)
2- 157 18.42 (3km)
3- 160 24.31 (4km) (1:02.55)
4- 158 12.49 (2km)
5- 162 18.19 (3km) (1:34.03)
6- 160 24.42 (4km)
7- 162 13.27 (2,1km) (2:12.12)
8- 169 17.17 (2,9km)
9- 170 18.53 (3km)
10- 170 19.36 (3km)
11- 168 20.42 (3km)
12- 166 22.23 (3km)
13- 162 24.42 (3km)
14- 164 24.49 (3,2km)

total: 4:40.35



Parcial Tempo FC média Distância Ritmo/km min/3km
1 00:19:42 151 3 00:06:34 00:19:42
2 00:18:42 157 3 00:06:14 00:18:42
3 00:24:31 160 4 00:06:08 00:18:23
4 00:12:49 158 2 00:06:24 00:18:57
5 00:18:19 162 3 00:06:06 00:18:19
6 00:24:42 160 4 00:06:10 00:18:31
7 00:13:27 162 2,1 00:06:24 00:19:37
8 00:17:17 169 2,9 00:05:58 00:17:17
9 00:18:53 170 3 00:06:18 00:18:53
10 00:19:36 170 3 00:06:32 00:19:36
11 00:20:42 168 3 00:06:54 00:20:42
12 00:22:23 166 3 00:07:28 00:22:23
13 00:24:42 162 3 00:08:14 00:24:42
14 00:24:49 164 3,2 00:07:45 00:24:49
4:40:34 163 42,2 4:40:34

ua
Fabão

terça-feira, 14 de junho de 2011

Contagem regressiva para a Maratona de SP

Amigos e amigas. Estou totalmente ausente da "blogsphera", aqui no blog e também nos dos colegas corredores.
Só passei rapidinho para informar que estou inscrito para a Maratona de SP, neste próximo domingo. Consegui fazer uma preparação satisfatória o suficiente para participar num ritmo moderado e aceitável.
Pretendo correr algo em torno de 4h40, com uma margem para mais e para menos, pois todos sabem que numa prova longa assim não é possível fazer uma previsão precisa.
Estou torcendo para que o frio dos últimos dias continue até o término da prova, pois eu prefiro este clima para correr.
Desejo a todos que também participarão uma ótima prova e que atinjam seus objetivos.
#EchoPower !!!

ua

sábado, 7 de maio de 2011

GRAACC - doe sangue, salve uma vida


Editado: a pequena Giulia nos deixou. Fiquei muito triste. Quem ajudou, ajudou. Quem ainda quer ajudar, pode colaborar com várias outras pessoas que estão precisando.

Neste domingo de dia das mães foi realizada a corrida Corpore/Graacc.
Eu até pensei em participar, já que em Maio não tenho nenhuma prova agendada. Mas o preço de R$70 me desanimou.
Interessante, coincidência ou não, na 5ª/6ª feira fiquei sabendo que essa menina da foto, de 1 ano e 8 meses, está na UTI da GRAACC precisando urgente de doação de sangue. Outra coisa que me chamou atenção foi que ela tem sangue do tipo O+, exatamente o mesmo que o meu.
Claro que o fato de um ser tão pequeno precisar de ajuda me tocou, e imediatamente me informei de como poderia doar sangue para ela.
Além disso, publiquei um convite no Facebook para que outras pessoas também possam ajudar, e estou fazendo a mesma coisa aqui.
Se você puder ajudar, ou pelo menos divulgar, seguem abaixo as orientações:

Nome da menina: Giulia Pinto Wallace da Silva
Condições, endereços e horários: https://www.graacc.org.br/como-ajudar/doacoes/doe-sangue.aspx
Outras fotos da Giulia: http://www.facebook.com/media/set/?set=pa.100000020442432

Não sei quanto a você, mas o gesto de doar sangue, para mim, tem muito valor, de tal forma que não me incomodei em perder meu longão do fim de semana, e mesmo que isso de alguma forma prejudique minha participação na Maratona de SP (o que acho difícil), mesmo assim não me arrependeria de ajudar.


Para compartilhar este texto no Facebook, clique neste botão: Compartilhar

Este botão aqui em baixo deveria fazer a mesma coisa, mas não sei porquê o comportamento é diferente... De qq forma, fica aí a opção:


Bom, fica aí a dica. Seja mais um a ajudar esta criança. Faça a diferença.

ua

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Correndo do Alphaville até a Rod. Anhanguera


Minha homenagem ao meu tio Luiz que faleceu e foi sepultado no cemitério Jaraguá. Corri da minha casa até o cemitério. Alphaville-Tamboré-Rod. Castello Branco-Rodoanel Mário Covas (trecho Oeste)-Rod. Anhanguera. Em 1996 eu fui aos EUA e fiquei hospedado na casa do meu tio. No primeiro dia ele me chamou para correr com ele e demos uma volta pelas ruas de Pasadena/CA.

Percurso: http://classic.mapmyrun.com/route/br/barueri/671130312870536020
Distância: 12,7km
Tempo: 1h27 (incluindo as paradas para fotos)



ua

segunda-feira, 11 de abril de 2011

10/04/2011 - 12ª Meia Maratona Corpore

Em 2010 corri esta prova no dia do aniversário da minha filha Beatriz, e estabeleci meu Récorde Mundial Pessoal (RMP) para a meia maratona. Na época eu estava treinando para a maratona de SP, como agora, mas desta vez eu não estava tão animado como no ano passado.
Passei a semana quase sem correr, sentindo um pequeno incômodo no joelho D - nada grave, mas achei prudente poupar a carcaça.
Marquei de encontrar o Pr. Daniel ao lado do guarda-volumes, mas nos desencontramos e fui para a largada sozinho mesmo. Eu imaginava que ele correria num ritmo mais tranquilo, e acompanhá-lo seria uma boa desculpa para não me comprometer com resultados relevantes. Mas, sem essa referência, fiquei meio perdido em relação a meus objetivos dentro da prova. Imaginei que o fato de ter dormido pouco de sábado para domingo, devido à festinha de aniversário da Beatriz, poderia ser uma desculpa substituta para meu desânimo pré-largada. Também sentia uma pequena fraqueza que imaginei ser por conta de não ter tomado um café-da-manhã mais substancial.
Enfim, já na baia de largada, nos pensamentos finais antes de começar a correr, estabeleci que qualquer coisa entre 18 e 20min/3km estaria de bom tamanho, ainda mais porque eu não sabia se o joelho iria reclamar.
Buzina soando, e lá vamos nós para minha 9ª Meia Maratona Corpore.
Comecei no ritmo dos corredores que estavam ao meu redor. Nem forte, nem lento. Fiquei um pouco constrangido ao ver alguns me ultrapassando em velocidade bem superior à minha. Eu não gosto de atrapalhar os outros, mas como estava na média da maioria por ali, acabei aceitando a ideia de que os ultrapassantes é que deveriam ter largado mais para frente.
Ao completar meu primeiro trecho de 3km, marquei no cronômetro um tempo bem próximo a 18min. Lembrei que meu chefe Tom, que também estava correndo a prova, tinha estabelecido como objetivo pessoal um ritmo de 6min/km, o mesmo que eu estava correndo naquele momento. Avaliei que o joelho não estava incomodando e resolvi tentar superar o tempo do patrão. No primeiro posto de água, mudei minha estratégia e ingeri um sachê de carboidrato em gel, o que foi uma ótima ideia para garantir mais energia para o resto da prova.
Do 3º ao 6º km acelerei um pouco e consegui parciais mais rápidas. Perto da metade da prova calculei que poderia, com uma certa segurança, ficar abaixo das 2 horas no tempo final. Estava me sentindo bem, e o clima na casa de 20ºC também ajudava. As ruas bem arborizadas do percurso minimizavam o efeito do Sol que tentava aparecer no céu.

Um aspecto que tentei corrigir em relação à Meia Maratona Yescom, que corri em fevereiro, foi em relação à hidratação. Mesmo não estando tão calor como no verão, bebi água em todos os postos. Foi uma atitude acertada, que preciso aprimorar mais um pouco, especialmente em relação à maratona.
Mesmo cometendo um pequeno erro de cálculo na reposição de carboidrato no meio para o final da prova, consegui corrigir isso no posto de água seguinte. O problema é que isso ocorreu no pior trecho, na região da Av. Politécnica, de forma que o ritmo caiu um pouco.
Mesmo assim, não desanimei. Tentei acompanhar um corredor que estava marcando o ritmo de 1:55 e, mesmo não conseguindo manter a mesma cadência, pelo menos ainda o mantinha em meu campo de visão.
Nesse final de prova eu já projetava uma quebra de récorde pessoal, igual ao ocorrido em 2010. A diferença ficava por conta de que em 2010 eu tinha entrado na prova com esse objetivo, e em 2011 fui mudando minhas metas no desenrolar da corrida. Além disso, em 2010 eu sofri um bocado no final da prova, mas em 2011 - apesar de já estar próximo ao meu limite - eu estava bem confiante, seguro e forte no final, perto da chegada.

Isso tudo colaborou para eu me sentir bem feliz ao cruzar a linha de chegada, marcando meu melhor tempo nessa distância: 1:56:27 (marcação pessoal).
Tomei um copão de gatorade gelado após a chegada, e percebi que estava precisando ingerir bastante líquido, o que fiz em alguns bebedouros do Cepeusp, e também com uma garrafinha de água mineral que comprei na Decathlon, no caminho para casa.
Outro mimo que gostei dessa prova foi na barraca da Montevérgine, onde ganhei 2 ovos de chocolate para minhas filhas (trocados por embalagens de torrone).
Agora preciso ajustar minha planilha de treinos para a Maratona de SP. Acho que estou no caminho certo, mas com algumas coisas para corrigir até o dia da corrida.
Esse récorde pessoal eu dedico novamente à minha filha Beatriz, que faz 9 anos hoje, e ao meu tio Luiz, que faleceu na semana passada, após 10 anos de luta contra o câncer.

in zone (4): 34.14
avg hr: 168
peak hr: 182
min hr: 119
tot cal: 2360

1- 154 17.48
2- 164 16.53
3- 168 16.07
4- 172 15.53
5- 171 16.10
6- 173 16.43
7- 177 16.53

ua

PS: quando eu conseguir algumas fotos, coloco por aqui.

segunda-feira, 21 de março de 2011

20/03/2011 - 15km de Barueri



Acordei às 5 da madruga, saí de casa às "cinco e sessenta" (lembra do Bozo? rsrs) e cheguei à arena às 6:05. Fiquei até 6:20 esperando começarem a entregar os kits e nada. Então comecei meu "aquecimento" de 17km, já que tinha que correr 32km no domingo.
Alguns minutos depois começaram a distribuir os kits. Peguei o meu, número 58, elite profissional rsrs. E continuei meu aquecimento...
Manhã fresquinha, ótima para correr, e eu no meu ritmo tartaruga. Fui beirando o rio Tietê e até vi a organização montar o posto de água do km 10. Pena que o cheiro do rio estava meio ruim, mas de resto estava tudo indo conforme o planejado. Fiquei um pouco preocupado, achando que a largada poderia atrasar, mas no fim das contas o atraso foi pequeno (8min).
Ainda consegui tomar um gatorade e ir ao banheiro antes da largada oficial. Não bastasse eu já estar um pouco cansado e fazer um ritmo bem lento, ainda saí na rabeira do pelotão. Assim, fiquei toda prova dividindo as últimas posições com a galera-tartaruga. Pensei seriamente que este poderia ser o dia em que terminaria uma corrida como último colocado. Só não foi porque tinha uma meia dúzia de corredores um pouco mais lentos, e também porque no final passei alguns outros.
Nos primeiros postos de água não consegui pegar copinhos gelados, mas da metade para o final eles estavam trincando e isso foi ótimo para mim. Outro ponto a favor da organização foi o controle de chip nos dois pontos extremos da prova, além da largada/chegada.
No primeiro retorno consegui ver o Riso, Carlos Pastor e Bezerrinha, mas no segundo eles já estavam tão na frente que só vi o Bezerrinha. Também vi o professor Flávio e passei pela Elis.
Marquei minhas parciais a cada 3km. Os primeiros 3 trechos foram com tempos levemente inferiores ao que eu tinha planejado. Esperava fazer 20min/3km e estava girando na casa de 19:30. Achei melhor não forçar a barra, porque poderia pagar caro no final. Mas no 4º trecho eu me empolguei um pouco e fiz 18:30. Me senti bem, sabia que faltava pouco para acabar, o clima estava excelente, a motivação estava forte, tomei um último gel no km 12, junto com alguns goles de água gelada e fui "pras cabeças" (riam à vontade rsrs) nos últimos 3km. Parcial deste trecho: 16:36, com direito a sprint nos últimos 200~300m para passar um outro corredor. Total: 32,5km em 3h28.

parciais:
1- 144 1:54.34 (aquecimento, 17,5km)
2- 148 19.27 (0-3km)
3- 153 19.23 (3-6km)
4- 154 19.31 (6-9km)
5- 158 18.30 (9-12km)
6- 166 16.36 (12-15km)

Ainda consegui encontrar com o sr e sra Riso na saída. Parabéns aos dois.

Percurso (aquecimento + prova)
http://classic.mapmyrun.com/run/brazil/barueri/819130063632667795

ua

terça-feira, 1 de março de 2011

27/02/2011 - 5ª Meia Maratona de São Paulo (Yescom)

Em janeiro comecei meus treinos para correr a Maratona de SP, que será no dia 19/06/2011. Graças a Deus estou conseguindo cumprir o planejamento, com um ou outro ajuste pertinente.
Esta meia-maratona da Yescom, como em 2010, entrou no meu calendário de preparação, embora eu não tenha me animado muito pela prova em si. Encarei mais como um treino mesmo. Como alguns dizem por aí, um "treino de luxo" rsrs.
No fim de semana anterior eu não consegui cumprir o treino longo por causa do calor. Então, no treino de 4ª feira resolvi aumentar a distância prevista, de 10km para 19,5km. O treino foi ótimo, à noite, e durou 2h01. Mas por causa dele tive uma noite muito agitada e não dormi direito à noite. Na 5ª feira eu estava um caco, não conseguia comer direito, mas tomei alguns cuidados que me fizeram melhorar aos poucos. Não fui nadar, e na 6ª feira também só fiquei em repouso.
No sábado já estava me sentindo melhor, e até fiz um excelente treino de 1km com minha filha rsrs
Para domingo eu tinha que cumprir um treino longo de 32km. Mapeei um percurso de 11,1km que eu correria antes da largada, e emendaria o final deste "aquecimento" com a largada da prova.
Cheguei à região do Pacaembú antes das 7h, me arrumei, tomei uns goles de Gatorade e parti para a primeira perna prevista. Temperatura agradável na Av. Pacaembú, na casa de 22ºC. Voltei, subi até os cemitérios da Av. Dr. Arnaldo e desci novamente para o estádio e avenida homônimos. Perto do Minhocão, o mesmo termômetro já marcava 27ºC. Na volta para o carro, passaram por mim as largadas dos cadeirantes e elite feminina. Ao passar no possante para mais uns goles de Gatorade, ouvi a buzina de largada. Tudo dentro do planejado.
Fui trotando para a linha de largada e entrei na prova com cerca de 6min decorridos. Ainda teve muita gente que acabou largando depois de mim.
Eu estava me sentindo bem, mas tinha que tomar cuidado pois ainda estava no início de uma distância longa. A presença de público no percurso é quase nula, e os quilômetros iniciais têm poucos atrativos a serem registrados. Único destaque para o fato de, enquanto estava passando pelo Minhocão pela primeira vez, os cadeirantes e a elite feminina já estavam em sua segunda passagem. Ao sair do Elevado, ouvi algumas pessoas gritando que o Marilson estava passando.
Ao passar pelo Bom Retiro começamos a observar uma mudança de cenário, incluindo alguns pontos turísticos, mas também áreas degradadas.

A marca de 10km, para mim, significava ter completado a distância da meia-maratona. Meu tempo pessoal ficou em 2h18. Na minha cabeça, aquela era a marca de dois terços do planejado.
Eu estava motivado, tomando cuidado para não me empolgar antes da hora, e constantemente avaliando minhas condições físicas e a possibilidade de ir até o final. Mas a falta de Gatorade no posto onde deveriam estar distribuindo o mesmo acabou me atrapalhando física e psicologicamente.
No posto de água seguinte caminhei alguns metros, mas retomei o trote na sequência. De volta ao Minhocão, caminhei umas duas vezes e consegui retomar o trote.
Nessa segunda passagem pelo Minhocão, encontrei (já voltando, claro) algumas pessoas conhecidas, como o Marcelo (de Alphaville), o Fábio Namiuti, o Jack e meu chefe Tom. Perto de mim, também cumprimentei o Geraldo.
Comecei a sentir uma sensação desagradável, provavelmente em função do calor e devido a já estar correndo há mais de 3 horas. Um sintoma estranho, que nunca tinha sentido antes, foi algo no meu ouvido esquerdo. Não sei se estava "alagado" de suor, mas parecia que alguma coisa atrapalhava a audição daquele lado. Sabe quando a gente sobe ou desce uma serra de carro, e parece que o ouvido "entope"? Era algo parecido, não sei direito o que era.
Meu cenário foi se deteriorando no final da prova, até que no km 19 eu resolvi dar uma nova caminhada, mas acabei andando até o final. Não consegui retornar ao trote. Comecei a sentir um mal estar, e achei prudente não forçar mais, para não piorar.
Nessa caminhada pela Av. Pacaembú, além de reparar que o termômetro marcava 31ºC, encontrei o Seneval e o Fabio Matheus, ambos já indo embora.
Na praça Charles Miller o Jack me cumprimentou da grade e, ao perceber que eu não estava bem, foi me encontrar na chegada para me dar um suporte médico.
Cruzei a linha de chegada com mais de 2h30 no tempo oficial. Cerca de 3h45 para mim (32km).
Após pegar a medalha, cumprimentei rapidamente o Ivo e esposa, tentei achar o Serginho ao lado da banca de jornais, e fui à tenda médica tomar um plasil na veia.
Ao me encaminhar para o carro, ainda estava meio "mals", mas quando comecei a tomar meu Gatorade trincando de gelado fui melhorando aos poucos. No caminho para casa sequei quase duas garrafinhas de isotônico. Em casa tomei uma latinha de coca-cola, tomei banho, deitei, tomei mais uma garrafa de Gatorade e, depois de algumas horas e outras bebidas, já estava renovado para enfrentar o dilúvio que caiu sobre SP, mas esta é uma outra história...
Apesar dos percalços, avalio que este treino-prova foi muito positivo e proveitoso. Em 2010 meu primeiro longo de 32km foi abortado. Acho que em 2011 estou melhor preparado, mas tenho consciência de que ainda estou no começo e tem muito chão pela frente.

Editado: PS: antes de chegar em casa o sintoma estranho no ouvido já tinha sumido.

Marcação pessoal:

in zone (4): 3:08.06
avg hr: 155
peak hr: 171
min hr: 30 (!?!)
tot cal: 4075

1- 152 1:15.30 (11,1km - aquecimento)
2- 151 19.47 (0->3km)
3- 157 19.22 (3->6km)
4- 160 19.57 (6->9km)
5- 160 20.19 (9->12km)
6- 162 22.32 (12->15km)
7- 159 23.49 (15->18km)
8- 148 31.31 (18->21,1km)
total: 3:49.47 (32,2km)

ua

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

31/12/2010 - 86ª São Silvestre

Cheguei razoavelmente cedo na Av. Paulista, bem a tempo de ver passando a largada dos cadeirantes e demais PNEs. Eu estava torcendo para não chover, pois assim poderia filmar a corrida. E de fato não choveu, sendo que o resultado pode ser assistido no video abaixo (15min):



Corri num ritmo tranquilo, e a temperatura amena (24~21ºC) ajudou bastante. Minha FC média foi de 161bpm, e o tempo final foi de 1h35min aproximadamente.
Fiquei muito feliz de fechar o ano desta forma, e gostei muito de poder registrar isso em video.
Encontrei vários conhecidos, e não encontrei outros tantos. Agora em janeiro o foco é o início dos treinos para a Maratona de SP.

ua

12/12/2010 - 44ª Gonzaguinha

Tentando tirar o atraso aqui do blog, segue um descarado "paste-cole" do que escrevi no Fórum Runner Brasil:

Cheguei à região da prova antes das 7h e o termômetro de rua já marcava 24ºC, com um Sol bonito no céu, quase sem nuvens. Já que em 2009 tivemos chuva do início ao fim, nada como um solzinho para compensar.
Esperando pela largada, fugi da sombra e fiquei me "bronzeando". Mesmo sem fazer aquecimento já estava transpirando por causa do astro-rei. Resolvi fazer uma prova tranquila, sem arriscar, e foi a melhor decisão que tomei, pois mesmo assim sofri um pouco no final.
Quanta diferença para o ano passado. Naquela época eu estava "voando" (para meus padrões, claro) e a chuva refrescante me ajudou a estabelecer o récorde pessoal nos 15km. Agora, por outro lado, pude usar toda minha experiência para controlar minha prova dentro da minha realidade momentânea.
Após passar pela placa de 13km eu estava com muita vontade de caminhar, mas consegui buscar algumas motivações para continuar no trotinho. Foi uma experiência interessante constatar que naquelas condições era meio difícil buscar pensamentos mais elaborados. Parecia que o desgaste físico limitava a parte mental. Mas eu já tinha uma "receita" meio pronta para essa situação, e consegui seguir firme até a linha de chegada.
O tempo final foi bem ruim (01:32:31), mas pelo menos consegui completar minha prova de #200, minha 183ª corrida casado.
Encontrei alguns conhecidos antes e durante a prova. Espero encontrar mais alguns até a São Silvestre para poder desejar um bom ano novo.



 ua