segunda-feira, 27 de setembro de 2010

26/09/2010 - Meia Maratona das Pontes


No último dia 17, sexta-feira, eu estava teclando no MSN com o japa MM (também conhecido como Hideaki) quando tive que interromper abruptamente o "diálogo" para atender uma emergência familiar lá em casa. Saí às pressas do trabalho e fui levar uma maçã para minha filha Karina, que precisava levar uma fruta de lanche na escola (eu tinha pego a última para comer no trabalho, e tive que devolver rsrs).
Na volta, lá pelo meio-dia, enquanto eu aguardava os colegas para almoçarmos, acessei a internet e vi uma "promoção relâmpago" da revista Contra Relógio em parceria com a Olimpikus - a primeira pessoa que respondesse à pergunta "Quais foram os corredores que já fizeram a maratona abaixo de 2h05?" ganharia uma inscrição "na faixa" para a Meia Maratona das Pontes. Ao acessar a página da CR, verifiquei que a Eliana Akisino já havia respondido, e o Serginho declarou-a vencedora. "Paciência", pensei. Mesmo assim fui fazer minha própria pesquisa, e constatei que a Eliana não escrevera o nome de dois atletas que haviam feito sub-2h05 em 2010. Escrevi no blog que também queria o prêmio e fui almoçar. Durante o almoço o Serginho me ligou e informou que iria tentar conseguir mais uma inscrição pra mim. Show! Excelente!
Confirmada minha inscrição (valeu Olimpikus!), percebi que a prova já estava bem próxima de acontecer. Eu não estava treinando direito, muito menos para meia-maratona. Por outro lado eu já tenho uma boa experiência nessa distância, e fiz uma estratégia bem prudente para completar a prova sem sustos.
No sábado fui retirar meu kit no Hotel Transamérica. Como o preço do estacionamento lá é bem salgado (ouvi comentarem que estava em R$30), acabei indo de trem. A retirada foi tranquila e sem outros fatos relevantes.
Domingo saí de madrugada em direção a Sampa. Logo que pus o carro na rua vi um relâmpago e pensei "putz! Tá com cara de que vou correr com chuva". E não deu outra. A chuva chegou por volta das 6h e não parou mais.
Cheguei na estação Santo Amaro por volta das 6:20, mas fiquei por ali, no coberto, pois a largada era às 7h. Planejei sair dali 10 min antes da largada, para minimizar o tempo parado na chuva. Ainda fiquei alguns minutos debaixo da ponte Transamérica, pois a largada atrasou um pouco.
Mas quando a buzina soou, não tive outra opção senão encarar o toró e partir para minha 14ª meia maratona.




Logo de cara a gente sobe a Ponte Transamérica, mas não chega a atravessá-la. Antes de acabar de subi-la, já descemos para pegar a pista expressa da Marginal Pinheiros.




Vamos pela marginal até o km 6 e pegamos a alça da ponte estaiada que dá acesso à Av. Roberto Marinho. Até ali eu estava indo num ritmo sem grandes pretensões. Meu objetivo "prudente" era completar os 21km em 2h15. Estava virando os km um pouco acima de 6min, e ainda assim sentia que estava um pouco mais rápido que o recomendável.



Passada esta primeira "ponte", entramos na Av. Roberto Marinho, onde se faz uma "barriga" de ida e volta, adicionando alguns km ao percurso. Na volta ficamos frente a frente com a maior subida da prova: a alça mais alta da ponte estaiada.
Nessa subida eu resolvi deixar para trás 3 corredores que estavam me acompanhando há algum tempo. Na descida, do outro lado da marginal, apertei o passo para deixá-los definitivamente pra trás.



Essa "acelerada" diminuiu meus tempos parciais, e passei a marca de 10km um pouco acima de 1h.
Daí em diante abandonei completamente a prudência planejada e, ainda mantendo o objetivo de 2h15, comecei a ultrapassar alguns corredores, aos poucos, mas de forma constante.
Subimos novamente a ponte estaiada para voltarmos ao lado "original" da marginal. Entramos nessa via na marca de 12km e presenciamos um acidente automobilístico "fresquinho", que tinha acabado de acontecer: um carro bateu num ponto de ônibus, na pista local. Graças a Deus, acho que não tinha ninguém no ponto. O motorista sobreviveu.



Um km à frente, no 13, fizemos o retorno e encaramos quase 8km de "reta" - corremos todo trecho da marginal até a ponte Transamérica. Continuei ultrapassando, pouco a pouco, os corredores à minha frente. Sabia que a meta de 2h15 seria alcançada com tranquilidade. Passei os 15km um pouco acima de 1h27, já projetando 2h06 para o término, caso eu conseguisse ficar firme até o fim. Sub-2h seria uma loucura, e achei melhor não arriscar, pois não sabia até quando conseguiria manter aquele ritmo.
Por volta do km 19 eu tinha acabado de ultrapassar um corredor de camisa verde quando "acabou o gás", mas não totalmente. Dei uma reduzida, pois sabia que havia uma última subida antes da chegada. O cara de verde emparelhou e me ultrapassou perto do km 20. Fui acompanhando de perto, mas sem atacar.
Na subida da ponte Transamérica consegui novamente emparelhar com o verdinho, mas na descida ele abriu um pouco. Fizemos o último retorno, faltando poucos metros para a chegada, com ele um pouco à minha frente. Resolvi arriscar um sprint insano, louco mesmo. Ultrapassei o cara de verde sem chance de reação. Ainda consegui ultrapassar mais dois desavisados que não estavam nem aí com nossa (ou minha) disputa, e fechei a peleja em 2:00:42 (marcação pessoal líquida).
Como sabia que não tinha planos de fazer sub-2h, não cheguei a ficar frustado. Foi quase. Mas, por outro lado, este é meu segundo melhor tempo na distância, pior apenas que o sub-2h que fiz em 11/abr/2010, dia do aniversário da minha filha Beatriz (relato completo aqui).
Os serviços pós-chegada estavam muito bons. Massagem, lanche, água, powerade, frutas, jornal, revista... Peguei o que conseguia segurar e fui embora, completamente encharcado e feliz.
No trem, fui conversando com outro corredor, veterano.
Graças a Deus não fiquei com nenhuma bolha no pé, minha única preocupação relacionada à chuva. Durante a prova, em alguns momentos, senti umas pré-cãibras, mas tb ficaram só na ameaça.
Volto às pistas só em 17/out, na 47ª Volta da USP, se Deus quiser.
ua

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

19/09/2010 - 18ª Maratona Pão De Açúcar de Revezamento

No sábado levei minhas filhas, Beatriz e Karina, para retirarmos os kits da corrida. A entrega de kits foi bem tranquila. Tranquila até demais. Antigamente tinha uma feirinha, que já foi razoavelmente grande e organizada. Agora só um caminhão-estande da Taeg.


No domingo, saí de casa às 5h, peguei minha mãe às 5:30, cheguei no Ibira às 5:50 e estacionei na Assembléia com tranquilidade. Alguns minutos depois o local lotou.
Montei minha farofa no local tradicional e ficamos esperando a galera chegar.
A temperatura estava ideal para correr, por volta de 16ºC e tempo nublado sem chuva. Para ficar esperando incomodava um pouco, mas dava pra encarar.

Meus primeiros corredores conseguiram se posicionar bem na largada e não perderam muito tempo nem foram prejudicados pelos afunilamentos.
A equipe A era composta, nesta ordem, pois dois corredores rápidos e dois lentos. A equipe B (na qual corri) era mais homogênea, à exceção do meu pai que fez sua estreia nas corridas de rua e ia correr apenas metade de uma volta. Com isso que tive que fazer uma volta e meia e acabei não imprimindo um ritmo tão forte como o de 10km.
A disputa entre as equipes A e B foi muito boa neste ano. Os primeiros corredores fizeram respectivamente 54 e 57min. O rápido acabou não sendo tão rápido e o lento não tão lento. Os segundos corredores fizeram o que eu esperava. Meu irmão, na equipe A, cravou 49min e meu chefe, na B, aproximadamente 1h. A diferença entre as equipes estava acima de 10min quando eu abri a 3a volta, perseguindo o Barata - o primeiro corredor lento da equipe A.
Eu não me considero um corredor rápido, mas sabia que podia descontar alguns minutos do Barata. No retorno da Ruben Berta eu medi em 8min a diferença entre nós. Mesmo com um pit-stop de emergência que fui obrigado a fazer, no retorno da 23/maio a diferença tinha caído para 6min. Não consegui alcançar o Barata antes de completar a volta, mas ainda tinha esperança de ter diminuído bem a diferença. Fechei minha volta em 59min.
Nota importante para um fato histórico que ocorreu antes de completarmos a 3a volta: eu ultrapassei, correndo, o Vanderlei Cordeiro de Lima!!!
Na "ida" da 23/maio ele tinha me ultrapassado no pau, mas na "volta" eu o alcancei e ultrapassei! Sensacional! Pagou a inscrição! (pequeno detalhe irrelevante: ele estava acompanhando o Abílio Diniz, na equipe nº 1, que estava fechando a prova)
Bom, voltando à disputas entre as equipes A e B, abri a 4ª volta tentando ver onde estava o José, meu primo, 4º corredor da equipe A, o segundo lento. Nessas alturas eu já estava meio cansado, mas a motivação foi mais forte que a parte física e encontrei o José um pouco depois do Obelisco.
Cumprimentei e ultrapassei, pensando em abrir alguma folga para que, se meu pai fosse lento, ainda assim o José não o alcançasse. A subida da Ruben Berta foi osso, mas pensei na minha avó (falecida há pouco tempo) e, em memória dela, me superei e mantive o trote. O José percebeu que eu não estava no meu melhor e se animou. No retorno da Ruben Berta a diferença era de apenas 2 min. Meu pai estava me esperando na transição das equipes de 8 pessoas, mas eu não tive condições de fazer nem um sprintzinho. Passei a munhequeira pro véio e fiquei de olho no José. Uns 2~3 min depois ele passou e foi atrás do meu pai.
Fui andando de volta ao local de encontro e ainda consegui ver meu pai voltando pela 23/maio, num ritmo bom que me deixou feliz, animado e orgulhoso. Acho que mesmo se ele estivesse lado a lado com o José quando lhe passei a munhequeira, conseguiria abrir alguma vantagem em relação ao meu primo (inclusive porque o velhinho iria correr uma distância menor).
Ainda não tenho os resultados oficiais (costuma demorar para ser divulgado), mas conseguimos fazer a equipe B vencer a A
Provavelmente fizemos um pouco acima de 4h.

Depois fomos almoçar na casa dos meus pais. Um excelente programa de domingo!

O único "porém" em relação à organização, na minha opinião, foi a falta (ou má localização) dos banheiros. Ao ir para a minha largada eu procurei por algum, mas não achei. Por isso tive que fazer pit-stop no percurso, o que evito, mas não tive outra opção.
De resto, foi tudo ótimo. Água em abundância, vias devidamente interditadas e sinalizadas, suporte médico em vários pontos, camiseta legal, medalha de gosto questionável. O kit pós-prova foi "fraquinho" - somente isotônico Taeg (fico imaginando as duplas que correram meia maratona e receberam apenas isso).
Ano que vem espero estar de volta, com mais gente e provavelmente convidando alguns conhecidos.
Bacana encontrar o Claudião Dundes, o Fernando Lima, e ver grandes atletas como o Vanderlei, Marilson, Hudson e Adriano Bastos.
Próximas provas:
26/09 - Meia Maratona das Pontes
17/10 - 47ª Volta da USP
24/10 - 12ª Jaraguá Clube
...
31/12 - 86ª São Silvestre
ua

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sábado, 11 de setembro de 2010

Olimpíadas Inter-Alphas

No post anterior eu comentei que estava participando das Olimpíadas Inter-Alphas. Este evento começou em Agosto e está se encerrando em Setembro. Esta é a 10ª edição desta competição que ocorre a cada 2 anos, exclusivo para moradores de Alphaville, Tamboré e Aldeia da Serra.

Minhas filhas participaram da Gincana Lúdica e do Circuito Esportivo, e eu joguei Basquete, competi na Natação e participei do Vôlei, além de ter também jogado uma partida de Tênis.
Amanhã haverá o Pedestrianismo, nome que se dá à nossa conhecida Corrida de Rua. Mas não poderei participar pois estarei correndo a 80ª Volta da Penha. Desde 2000, quando comecei a participar do Inter-Alphas, será a primeira vez que não correrei o Pedestrianismo. Uma pena, mas será por um bom motivo - afinal, a Volta da Penha está chegando à 80ª edição, e estou indo prestigiar esta nobre e tradicional competição.
Em 2010 eu mudei de categoria no Inter-Alphas. A partir de agora eu não sou mais da Categoria Principal (18 a 34 anos) e estou na Categoria Master (35 a 49 anos).
Talvez por causa disso, ou porque as Olimpíadas diminuíram, ou porque menos gente resolveu participar, ou porque estou conseguindo manter um bom preparo na Natação, desta vez consegui um pódio (3º lugar) nos 50m nado livre, categoria Master Masculino. Em 2008 eu havia feito 29.51s, ficando em 13º de 41 homens da Principal. Agora eu fiz 29.70s e fiquei em 3º entre 38 homens da Master.

Fiquei muito feliz com esta conquista. Valeu muito mais que o bronze no basquete de 2008, pois agora foi uma conquista individual, e em 2008 foi mais por mérito de jogadores melhores que eu, que estavam na minha equipe.
Valeu mais, também, que o ouro que conquistei agora de manhã no vôlei. Isso mesmo, somos os (hexa)campeões na categoria Master Masculino. No vôlei eu entrei mais para aprender que para competir, pois não tenho prática nesta modalidade. Fiquei a maior parte do tempo no banco, mas consegui fazer um pontinho no final de uma partida.

Caso alguém se interesse em saber mais informações sobre o Inter-Alphas, o link para o site oficial está aqui.
Os resultados da natação estão aqui. Minha prova foi a de número 17 (precisa rolar para a página 13 para ver meu nome).
ua

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