segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A vida é preciosa

Peço licença ao colega Carlos Lopes por reproduzir aqui o vídeo que ele postou em seu blog.



Recomendo a todos os colegas que lembrem desta dramatização antes de pegarem ao volante. O trecho que mais me emocionou foi o da criança dizendo "wake up mommy and daddy". Tenho duas crianças lindas lá em casa, e um dos meus maiores desafios é manter a calma nesse trânsito insano. Ao lembrar das minhas meninas, eu vejo que não vale a pena fazer besteira à direção: como é precioso chegar em casa para curtir minhas herdeiras.

Graças a Deus faz quase 3 meses que estou trabalhando perto de casa, cerca de 1Km de distância, e tenho ido à pé para a empresa. Além de gastar pouquíssimo tempo, de 10 a 15 min, só vejo o trânsito como espectador, enquanto caminho tranquilamente pela calçada.

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Long Slow Distance

Estou planejando correr minha primeira maratona em 2010, a Maratona de São Paulo. Apesar de existirem opções melhores, prefiro correr esta por ser mais perto de casa. Na verdade, eu gostaria de correr a Maratona de Nova York no próximo dia 01/11/2009, que será meu 35º aniversário, mas é muito caro e acho quase impossível que isso aconteça.

Para começar a me preparar para os 42,195 Km escolhi uma técnica que tomei conhecimento pelo amigo Hideaki, a "Long Slow Distance". Comecei a pesquisar o assunto e coloco abaixo uma tentativa de tradução do link http://en.wikipedia.org/wiki/Long_Slow_Distance (usei o tradutor do Google e fiz alguns ajustes)

Long Slow Distance
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Long Slow Distance (muitas vezes chamado LSD) é um termo normalmente usado para descrever tanto um método de treinamento para corrida ou ciclismo, como uma forma de correr para os corredores não-competitivos, especialmente aqueles que se preparam para terminar a sua primeira maratona.

Um método de treinamento

Correr com Long Slow Distance foi um método de treinamento promovido por Joe Henderson em 1969. [1] Henderson viu sua abordagem como uma alternativa à escola dominante, à qual chamou "escola PTA de corrida - dor, tortura e agonia (pain, torture and agony)". Ele documentou o sucesso competitivo de seis corredores que seguiam de uma forma ou de outra o LSD como regime de treinamento e que, por vezes, combinaram um pouco de exercícios mais extenuantes com o Long Slow Distance, com quilometragem semanal variando de 80-95 a 190-240 Km por semana, e com melhores marcas pessoais na maratona entre 2:14 e 2:50 horas. [1] Além disso, existem ultra-maratonistas que usam um método semelhante para treino. [2]

Um típico corredor de 5Km poderia considerar 13 a 15 quilômetros um LSD, enquanto um maratonista poderia correr 30 quilômetros ou mais. As corridas LSD normalmente são feitas em um ritmo fácil, 1 ou 2 min/Km mais lento do que o ritmo de um corredor de 10Km. O objetivo destas corridas é aumentar o volume sanguíneo, a força muscular, a resistência e a aptidão aeróbica. Um método é correr em sua freqüência cardíaca aeróbica máxima, que pode ser calculada subtraindo sua idade de 180 e fazer pequenos ajustes em função da idade e do treinamento. [3]

No entanto, o livro de Henderson não foi somente dirigido à corrida competitiva, mas também a corredores que queriam divertir-se ao correr. Ele escreve: "o LSD não é apenas um método de treinamento. É toda uma maneira de olhar para o esporte. Aqueles que o empregam estão dizendo que correr é se divertir. Toda a corrida, e não apenas a parte que produz vantagens competitivas."[4]

Uma ética para a corrida de recreação

A revolução na corrida dos anos 1970 aconteceu após o livro ser publicado, com dezenas de milhares de corredores amadores tomando as estradas, muitos usando o LSD como base. [5]

Um exemplo da abordagem LSD é fornecido pela Clínica da Maratona de Honolulu. Seu fundador, o cardiologista Jack Scaff, utilizou uma abordagem Long Slow Distance para o treinamento de dezenas de milhares de maratonistas. Durante um período de nove meses, a Clínica promete a possibilidade de uma pessoa concluir sua primeira maratona. O método é completamente LSD – corrida longa em um ritmo onde é possível falar -"quando você não pode falar, você está indo rápido demais.” [6]

Começando com uma corrida de uma hora, três vezes por semana, até a construção de médias semanais de 65 a 95 quilômetros por semana durante os últimos três meses, milhares de diplomados do programa constataram que eles poderiam completar toda a Maratona de Honolulu, que se realiza todos os anos no início de dezembro. A abordagem da clínica pode ser vista a partir de suas Regras de Trânsito [7]

As regras:

* Nada menos do que três corridas por semana
* Não mais do que cinco corridas por semana
* Não menos de uma hora por corrida
* Não mais do que 25Km em qualquer corrida
* Uma corrida por semana com duração duas horas ou mais (após o mês 5)

Ao longo dos últimos 34 anos, mais de 585.000 corredores já começaram a Maratona de Honolulu, com mais de 482.000 concluintes, uma taxa de conclusão de mais de 82%. [8]

Uma variante da abordagem LSD é combinar a correr lentamente e pausas para caminhar.

"Foi verificado que corredores medianos terão mais sucesso se fizerem pausas regulares."
"A estratégia é incomum, pois não envolve apenas andar quando você está cansado. Esta técnica recomenda que os corredores andem mesmo no início de uma corrida, quando estão descansados." [9]

Um exemplo dessa abordagem é dado pelas clínicas de corrida organizadas por Jeff Galloway [10] No círculo de corredores, John Bingham, também conhecido como "o Pingüim", é um conhecido praticante de LSD combinado com pausas para caminhar. [11]

Críticas

Uma breve análise da literatura popular indica que, enquanto os gurus das corridas pregam a mensagem do LSD, muitos destacam que, se um corredor pretende aumentar a sua velocidade, treino intervalado ou treino de velocidade são mais recomendados. [12] Henderson usa competições como trabalho de velocidade e é um defensor da velocidade em quantidades limitadas. A taxa recomendada de marcha normal para correr rápido é entre 10 para 1 e 20 para 1. [Citação necessária]

A literatura científica (ex: [13]) indica que a alta intensidade de treinamento pode proporcionar maiores benefícios do que de treinamentos longos de intensidade moderada. Como resultado, Kurt Wilkens (um entre muitos) é cético sobre se o LSD é o melhor caminho para maximizar o desempenho atlético, exceto talvez para maratona e triatlo. [14] E o Exército americano também está reduzindo do uso de corridas longas em seu programa de treinamento físico. [15]

Notas:

1. ^ a b Henderson, Joe (1969). Long, Slow Distance. Mountain View CA 94040: Tafnews Press. On line copy
2. ^ Jannot, Mark (April 1996). "A Slow Train to Fitness". Outside Magazine. http://outside.away.com/outside/magazine/0496/9604bsft.html. Retrieved 2007-05-25.
3. ^ Calculating your maximum aerobic heart rate<
4. ^ Henderson (1969). Long, Slow Distance. Original Introduction
5. ^ Glover; & Shepherd (1978). The Runner’s Handbook. p.1
6. ^ Moore, Kenny (27 February 1978). "The rules of the road". Sports Illustrated: 62. [1]
7. ^ Scaff Jr, Jack (1988). Your First Marathon. p. 7
8. ^ "Champions 1973-2006". Honolulu Marathon. 2001-12-21. http://www.honolulumarathon.org/l/Facts___Figures/stats/champions.htm. Retrieved 2007-05-25.
9. ^ Parker-Pope, Tara; This Jogging Method Turns Out-of-Shape Into Runners Wall Street Journal, 25 May 2007. Access date: 2007-05-25
10. ^ Galloway, Jeff (2001-12-21). "Running Injury Free with Jeff Galloway". http://www.jeffgalloway.com/training/walk_breaks.html. Retrieved 2007-05-25.
11. ^ John Bingham, retrieved 2007-05-25
12. ^ See for example: Galloway (1984) p. 58
13. ^ Effects of moderate-intensity endurance and high-intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2max. Med Sci Sports Exerc. (1996) 28(10):1327-30
14. ^ Endurance Training: Intervals vs. Long-Slow/Steady-Distance
15. ^ Military Playing Down Long Runs, Adopting More Diverse Fitness Programs

Veja aqui o artigo original em inglês, com links para referências

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domingo, 16 de agosto de 2009

06/08/2009 - Cirurgia de vasectomia


No dia 06/08/2009, quinta-feira, submeti-me a uma cirurgia de vasectomia, para "fechar a fabriquinha" que já produziu duas lindas menininhas.
Apesar da minha filha caçula já estar perto de fazer 3 anos, somente agora viabilizei esta intervenção, pois antigamente o plano de saúde não pagava por isso mas, há cerca de 1 ano eles são obrigados a cobrir uma série de mimos deste tipo. Agendei a cirurgia para dar tempo de eu correr a meia de SBC e, simultaneamente, haver tempo hábil para minha recuperação até o Revezamento Pão de Açúcar.
A operação em si foi muito rápida, cerca de 15 minutos. O médico, que prefiro não mencionar o nome, foi bem pouco simpático mas, aparentemente, eficiente. Não conversou e, quando falava, era absolutamente o necessário, e murmurava tão baixo que eu quase não ouvia. A anestesia (local) foi aplicada cerca de meio segundo antes do bisturi cortar minha bolsa escrotal. No início eu estava bem tranquilo e relaxado, mas ao longo do procedimento fui ficando cada vez mais tenso, até que finalmente, sem querer e sem perceber, desencostei a perna esquerda da placa metálica que fazia o papel de aterramento elétrico, e levei um baita choque bem na "bola" esquerda. Uia!
Fora esses desconfortos, não tenho o que reclamar. Como foi rápido, é algo suportável.
A cirurgia estava marcada para as 14h. Começou umas 14:15. Às 14:30 eu já estava saindo, andando normalmente, e fui dirigindo para casa. No dia seguinte, 6ª feira, fui trabalhar normalmente, e no sábado de manhã fui nadar 40 minutos em ritmo de girino, para sentir a situação.
O médico passou uma recomendação direta para que eu evitasse correr, para não ficar balançando a região operada. Ele explicou que a sustentação dos testículos é alterada com o corte do canal operado. Mas natação, ele disse, tudo bem.
Passada uma semana, já caíram dois pontos. Um de cada lado. Aparentemente ainda tem outros dois pontos escondidinhos por ali, mas não tenho certeza. Após 10 dias, os hematomas (hemorragia interna devido aos cortes durante a operação?) que inicialmente estavam bem feios, já sumiram por completo. Os remédios, antibiótico, antiinflamatório, analgésico, etc, acabaram.
Ontem, sábado, resolvi fazer um pequeno teste de corrida: 3,5 Km em ritmo ultra-lento. Pensei que levaria uns 20 minutos mas, para minha surpresa, foram quase 28! Quase 8 min/Km! Pelo menos, aparentemente, não estou incapacitado para a corrida. Aleluia. Graças a Deus. Mas é bom ir com calma. Senti um pequeno desconforto na região operada. Não consegui identificar com clareza se foi por causa dos pontos remanescentes, ou se foi porque os pelos da região estão curtíssimos (tive que cortar por exigência da cirurgia). Mas não é nada alarmante, acho.
De qualquer forma, foi muito interessante correr devagar daquela forma. Minha pulsação média ficou em 136bmp, com pico de 150 na subida final chegando em casa.
Agora vou tentar fazer um retorno bem gradual e controlado. Acho que até dia 20 de setembro consigo estar em forma para o Revezamento Pão de Açúcar. Whish me luck.
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Hoje é dia 07/08/09

Desculpe pessoal, mas eu precisava escrever isso em algum lugar rsrsrs...
Apesar de eu não gostar desta "notação" (prefiro "07/08/2009"), fica aí o registro.
As próximas combinações "bonitinhas":
09/09/2009
08/09/2010
10/10/2010
and so on...

ua

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

02/08/2009 - Meia Maratona de São Bernardo do Campo

Acordei no horário planejado, tomei meu café-da-manhã tranquilamente, acessei a internet para ver como chegar ao local da prova e, então, percebi que o horário estava entrando na "janela de criticidade". Peguei meu material previamente (e parcialmente) arrumado, tentei achar o CD do Hideaki (sem sucesso) e saí apressado em direção a SBC.
Alphaville estava com várias vias interditadas, devido ao passeio ciclístico do dia dos pais e ao içamento de uma passarela de pedestres. Perdi algum tempo por isso, além de mais um tempo no final da Castello Branco, que estava em obras. Fui dentro da velocidade limite nas demais vias, e cheguei a SBC 30min antes da largada, com a maior vontade de urinar.
Graças a Deus a entrega de kits estava super tranquila, e consegui fazer tudo que precisava com uma certa folga. Antes da largada ainda fui ao banheiro uma segunda vez, só para garantir.
Encontrei o Dimas no ginásio e o Hideaki e o Rey no portão de saída. Na largada encontrei o Jack e a Dry.
Largada pontual às 8h15, comecei a correr junto ao Jack e logo se juntou a nós o Hideaki. Logo depois, o Ivo passou, nos cumprimentou, e seguiu adiante num ritmo vais veloz.
Tentamos manter um ritmo confortável, mas parecia que sempre íamos um pouco mais rápido (ou menos lento) do que o planejado (6min/km).
Após a primeira subida mais relevante, por volta do km 8, o Hideaki foi embora. Fechei os 10Km com o Jack em 1h00min31s, que é um tempo muito bom.
Por volta do km 11 havia um tapete de controle intermediário para evitar "furões", o que é um ponto positivo para a organização.
Continuei com o Jack até pouco antes do km 12, quando fiz um pipit-stop. Em 2007 eu também precisei desta parada, por volta do km 7.
Após este fato inusitado fiquei bem mais leve e subi a segunda ladeira relevante muito bem.
Alcancei novamente o Jack pouco depois do km 13, e acabamos fazendo a parcial 13->14->15 em 11min10s, muito forte para nossa realidade. Os 15km foram fechados em 1h30min51s. Considerando que fiz uma parada, continuava sendo um tempo muito bom.
Devido a termos feito uma média de 5min05/km entre o 13 e o 15, decidimos controlar (reduzir) o ritmo, pois adiante tinha uma subida bacana. Comentei com o Jack que, se ele quisesse, poderia ir no ritmo dele, pois eu pretendia segurar um pouco para, na subida, ter gás e não diminuir tanto o ritmo. Ele achou melhor continuar comigo e reduzir a passada.
Um pouco antes de entrarmos na Piraporinha o Jack ficou para trás e resolvi acompanhar um moço da assessoria Branca, que ia num ritmo consistente. O início desta subida é muito suave, e só no final que fica mais íngreme. Consegui manter um ritmo muito bom e deixei o moço da Branca para trás.
Subi até o km 18 muito bem e, na descida que veio a seguir, visualizei a Dry um pouco à frente. Alcancei e passei por ela já numa passada bem forte, e comecei a fazer um final de prova rápido.
Naquela altura eu calculei que fecharia bem abaixo das 2h15 planejada, mas achava que não daria para bater meu RMP (Récorde Mundial Pessoal, ou Registro Menos Patético, segundo o GMaio), então não me preocupei com isso (com o recorde).
Estreando meu monitor cardíaco em provas, fui verificando a pulsação e desci a bota dentro do limite aceitável. Ainda tinha uma pequena subida e uma grande descida antes da grande reta da avenida de chegada. Fui passando muita gente nesses últimos quilômetros.
No último retorno, já bem perto da chegada, vi o Hideaki um pouco à frente, mas não o suficiente para poder alcançá-lo.
Na reta final, finalmente olhei o cronômetro e percebi que daria para bater meu récorde. Fiz um pequeno sprint insano e fechei em 2h05min01s no meu relógio, 2h05min03s oficialmente.
Bati meu RMP por 3 segundos! rsrsrs
Encontrei o pessoal do fórum após a chegada, menos alguns que acabei desencontrando.
Fiquei contente com minha participação, em especial por correr com os amigos e por reencontrar vários colegas.
Não encontrei meu chefe, o Wellington.
Abaixo seguem os registros que ficaram gravados no relógio:

Obs: HR=Heart Rate

In zone: 1:27.54
Avg HR: 163
Peak HR: 183
Min HR: 128
Tot Cal 2260

Lap AVG LapTm
01 148 06:19
02 157 05:57
03 158 05:50
04 162 06:00
05 158 05:54
06 159 06:01
07 160 06:09
08 165 06:23 – 1ª subida relevante
09 157 05:57
10 159 05:55 – 10K: 1h00:31
11 161 06:05
12 157 07:23 – pipit-stop
13 171 05:41 – 2ª subida relevante
14-15 164 11:10 – media 05:05/Km – 15K: 1h30:51
16 162 05:43
17 167 06:04
18 176 06:09 – 3ª subida relevante
19 175 05:19
20 174 05:15
21,1 178 05:37 – Total: 2h05:01

ua