sexta-feira, 5 de outubro de 2012

30/09/2012 - 1ª Trator Race (Aldeia da Serra)


Corrida perto de casa, fui conhecer essa primeira edição, e aproveitar o terreno variado para fazer uma prova diferente.
O dia estava bonito, cheguei super cedo e peguei o kit com tranquilidade. Quem chegou mais tarde pegou bastante fila, pois a entrega estava lenta.
Levei minha máquina e registrei a prova em video:


As paisagens foram bem bonitas, e o percurso foi técnico e desafiador, com várias subidas e descidas, curtas, longas, fracas, médias e fortes.
O ponto negativo foi que não interditaram as ruas direito. Não fiquei sabendo de nenhum problema sério, mas o risco foi alto (alguns flagrantes no video acima).

Altimetria, para ter uma ideia:


Eu gostei dessa prova. Não sei se tinha 11km. Pelo meu tempo na casa de 1h01, considerando que os trechos de subida eram lentos e as descidas não recuperavam o tempo perdido, achei que meu pace seria acima de 6min/km. mas esta não é uma prova para fazer tempo forte.
Se houver outra edição, pretendo voltar. Espero que corrijam as falhas.

ua
Fabão

terça-feira, 18 de setembro de 2012

16/09/2012 - 20ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento

Minha 14ª participação neste evento, 13ª seguida, novamente com equipes da família Medeiros, agregados e amigos.
Retirei os kits no sábado, com pouca gente nas filas, tudo bem tranquilo. O kit veio bacana e pesado, já que é uma edição "redonda", a vigésima.
No domingo, acordei 3:30 da madruga, comi, peguei meus pais e chegamos no estacionamento da Assembléia Legislativa às 5:30, meia hora antes do planejado, mas com muita tranquilidade. Melhor assim, já que às 6:00 o trânsito já era considerável.
O pessoal da equipe foi chegando ao local de encontro, conversamos um pouco e fui com meu pai para a área de largada.
Como ele ainda não consegue fazer uma volta completa, combinei a troca na região dos octetos. Ele correu primeiro, e eu fiz uma volta e meia.
Nós formamos a equipe B, da qual também fizeram parte meu irmão Fernando e meu primo Ronaldo. A equipe A ficou mais rápida: Johnny, Tom, Paulo e Pedro.
Neste ano, pela primeira vez consegui filmar as pessoas correndo. Não ficou tão bom como eu gostaria, mas ficou bacaninha. O resultado pode ser conferido abaixo:



Além dos participantes das equipes A e B, destaque para o Marilson, pro Marcel surfista, e para o garotinho de 11 anos que me passou virando os 10,55km abaixo de 5min/km. Quem sabe daqui alguns anos esse menino não está na elite, e eu mostro pra todo mundo: "olha, eu filmei esse guri quando ele tinha 11 anos".
O calor, como previsto, foi bravo. Enquanto eu fiquei na área de transição esperando os próximos corredores, vi várias figuras que estavam "nas últimas".
Sobre a corrida propriamente, meu pai conseguiu largar mais ou menos na frente, de forma que não demorou muito para passar na Ruben Berta. Ele fez seus 6km num bom ritmo e me passou a munhequeira uns 40 minutos após a largada.
Quando comecei meu trecho, passei muita gente mais lenta até encontrar minha corrida. Acabei forçando um pouco, e me senti bem neste cenário. Não consegui marcar muitas parciais, mas dava para perceber que estava entre 5:10 e 5:20/km. Alguns trechos foram mais rápidos, outros menos. Pelas minhas contas, fiz 15,35km em 1h19:20, com um pace médio de 5:10/km. A primeira volta, no ponto que meu pai revezou comigo, foi de 54:47 (10,55km, pace médio de 5:12/km).
Na hora de passar a munhequeira para meu irmão, não o encontrei na área de transição. Fui para frente e para trás algumas vezes até encontrá-lo. Depois, revendo a filmagem, consegui identificar onde ele estava, meio escondido. Paciência, é o tipo de situação que pode acontecer nessa prova.
A equipe A fechou a maratona em 3h50, enquanto a B fez 4h11.
O histórico das nossas participações pode ser conferido aqui.
Depois do evento, tivemos o tradicional almoço de confraternização.

ua

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

05/08/2012 - 10ª Meia Maratona SBC Corpore

Não, ainda não foi desta vez que abandonei este blog.
Com apenas uma semana de atraso, segue meu video-relato desta prova:
E abaixo um "copy-paste" do que publiquei no FRB:
"

Se não me engano, esta foi minha 5a participação nesta prova.
Clima agradável, na casa dos 20ºC. O Sol estava bonito antes da largada, mas depois sumiu e não chegou a esquentar.
Apesar da largada em ondas, ainda achei meio cheio no começo. Pelo menos não tinha caminhantes como no ano passado.
Não encontrei tantos conhecidos desta vez, porque havia outras opções de corrida na grande SP.
Fui filmando o percurso. O resultado pode ser visto aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Ey47YnltYeQ
Não fui muito preocupado com o ritmo, mas acabei fazendo um início mais rápido que o normal nesta prova. Achei que ia cansar na segunda metade, onde há mais ladeiras, mas até queconsegui manter uma certa cadência. Acabei fechado sub-2h (quase 2h cravadas). Fiquei satisfeito com o resultado. Aliás, foi meu récorde em SBC, que antes era 2h01 (2011).
"
ua
Fabão

segunda-feira, 18 de junho de 2012

17/06/2012 - 18ª Maratona de São Paulo

Essa era minha prova-alvo depois da Maratona da Disney, em janeiro, mas não me preparei direito e fui para a largada sem grandes expectativas. Meu plano original seria intercalar trote e caminhada, apenas para chegar até o final.
O clima na largada estava bem agradável, nublado e frio. O tiro de canhão não atrasou tanto, sendo realizado por volta das 8:30. Mais uns 10 minutos até eu passar a linha de largada, e lá fui eu para a maratona de SP.
Consegui manter um ritmo bem confortável, não tive qualquer problema relevante, mesmo com o Sol que apareceu a partir das 9h.
Encontrei meus pais, esposa e filhas na Praça Panamericana, e estava me sentindo bem, dentro do possível.
No retorno próximo ao Parque Villa Lobos visualizei o Hideaki, cerca de 1km à minha frente. Talvez encontrasse com ele mais adiante, mas não podia tentar buscá-lo pois aumentar o ritmo estava fora de questão.
Por volta do km 20 emparelhei com o Geraldo e fomo juntos até o km 25, onde ele acabava sua prova e eu planejava começar a caminhar. Ali, na Av. Escola Politécnica, eu imaginava que o Sol seria um inimigo chato, mas como ainda havia algumas sombras no trecho de ida, resolvi continuar trotando. Vi que estava alcançando o Hideaki, e fiquei a poucos metros dele até um pouco depois do retorno. Mas, logo depois do controle de chip, perto da marca de 27km, resolvi caminhar porque o Sol estava batendo direto.
Nesta caminhada bateu um desânimo, resultado direto da minha falta de treino e da minha fraqueza motivacional no momento.
Andei até o km 28 e parei, cedendo à tentação de haver um ônibus da organização por ali. Por mim, eu já voltava direto para a casa dos meus pais, onde me hospedei para a prova, mas eu tinha deixado algumas coisas no guarda volumes e, por isso, voltei até o Obelisco do Ibirapuera para resgatar meus pertences.
Realmente me surpreendi como estava mais bem preparado do que imaginava. Na região do Ibirapuera ainda dei uns trotinhos para pegar minha sacola no guarda-volumes, e depois corri mais um pouco para encontrar meus pais. Acho que o que pesou mesmo foi a parte motivacional/psicológica, e também a adaptação de treinos longos no calor/Sol. (Nem estava tão quente, só sentia quando o Sol batia direto).
Agora vou reformular minha estratégia de treinos. Eu tinha planejado ficar 1 mês de "repouso ativo", mas como meu desgaste foi mínimo, acho que depois de 1 semana já posso voltar aos treinos sérios novamente.
Seguem minhas anotações pessoais de tempo:

1- 20.36 (3km)
2- 19.47 (3km)
3- 19.47 (3km)
4- 19.32 (3km)
5- 19.47 (3km)
6- 19.38 (3km)
7- 20.52 (3km)
8- 20.01 (3km)
9- 20.56 (3km)
10- 9.53 (1km) (parei)

ua

sexta-feira, 25 de maio de 2012

19/05/2012 - Prova de Natação (11º Interalphas)

Eu estava esperando publicarem as fotos, mas como não publicaram, fica a minha mesmo:
É OURO !!! E bronze também!!!
Já disse e escrevi anteriormente: como corredor, sou um ótimo nadador rsrs
Acostumado a nem chegar perto do pódio, uma vitória de vez em quando faz muito bem ao ego.
Nas Olimpíadas Inter Alphas, evento do bairro realizado a cada 2 anos, eu tinha sido 3º colocado em 2010 na minha categoria, Master. Isso já tinha sido um bom resultado na época, e se eu repetisse agora estaria de bom tamanho.
Alguns contratempos recentes não permitiram que eu fosse nadar com muita segurança. Estava em dúvida se estava na minha melhor forma, mas de qualquer maneira eu faria o meu melhor.
Das 9 baterias da minha categoria, eu estava na última. Meu plano era nadar nas primeiras, mas pelo menos desta forma eu conseguia ver os tempos dos concorrentes.
Em 2010 meu tempo fora 29.70 nos 50m livres. Para 2012 eu queria algo na casa de 30 segundos. Na segunda ou terceira bateria o primeiro colocado fez 30.0, assumindo a liderança geral da categoria até o momento. As outras baterias estavam mais fracas, até que outro nadador marcou 30.5 e fez o segundo melhor tempo até ali. Quando me balizei para nadar, estes eram os dois melhores tempos, algo não impossível de alcançar, mas eu precisaria fazer tudo direitinho.
Os 50 metros nado livre em piscina de 25 metros são uma prova muito rápida, pura explosão. Se ganha nos detalhes. Não pode errar nada ou se perdem décimos de segundos preciosos.
Por outro lado, a receita para fazer tudo certo é bem simples:
- Fazer uma largada rápida e forte;
- Ao entrar na água, não se afobar e fazer o trabalho submerso de ondulação;
- Dar braçadas bem alongadas e com puxada bem forte;
- Bater bastante as pernas, bem forte e com frequência alta;
- Respirar bem pouco;
- Fazer a virada com perfeição;
- Repetir os itens anteriores no retorno, sem desanimar, com força total.
Em resumo: tem que nadar BEM FORTE o tempo todo.
Nadei na raia 1, a pior. Não consegui ver ninguém na volta, mas tudo bem: concentrei no meu máximo e bati na chegada com força.
Olhei para o placar: "1 1 30.2?". Tradução: raia 1, 1º colocado na bateria, tempo de 30.2x (não lembro o que veio depois do 2).
YES!!! Tinha feito o 2º melhor tempo da categoria. Como a minha era a última bateria, ninguém mais poderia bater meu tempo. Era medalha de prata, uma posição melhor que em 2010.
Vibrei muito! Comemorei até com um certo exagero, mas eu me permitia abusar naquele momento de celebração. Fiquei muito feliz!
Saí da área da piscina exultante. Fui até a mesa da equipe AREA (minha equipe nas olimpíadas) e dei a notícia do 2º lugar. Todos ficaram felizes e comemoraram comigo.
Não deu 5 minutos e veio o árbitro da FAP (Federação Aquática Paulista). Colou o papel com a classificação oficial bem perto de nós. O professor Vinícius, coordenador da equipe, olhou o papel e me disse: "Você não ficou em segundo não, ficou em primeiro!" ??? 8S (cara de não-entendi)
Meu tempo oficial foi de 29.75, superando os 30.0 do outro nadador.
Sinceramente, não sei o que aconteceu. Tenho certeza do que vi no placar, mas por algum motivo meu tempo foi corrigido. Isso acontece às vezes, mas não sei maiores detalhes.
Eu já estava feliz com o 2º lugar. Fiquei mais feliz ainda com o ouro.
É muito interessante o que uma vitória faz. Eu não sou uma pessoa muito ambiciosa. Tento fazer o meu melhor, e isso me satisfaz. Mas o reconhecimento, ainda que pontual, que eu fui O melhor, tem um peso diferente. É uma sensação muito boa. E influencia em outras áreas também.
Por isso, recomendo a todos que continuem buscando sempre o melhor que podem alcançar. Vale a pena. Não desistam, não desanimem.
Agradeço em especial a Deus, que por meio de Jesus me fez mais que vencedor.
Romanos 8:37 "Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou." (vale a pena ler o texto completo).
Depois da prova individual, a equipe AREA ainda conquistou o 3º lugar no revezamento.

ua

quinta-feira, 10 de maio de 2012

29/04/2012 - Track & Field Run Series Iguatemi Alphaville

Nos últimos dias estou enrolado com a atualização do site SportCV - http://www.sportcv.net/ - e por isso vou apenas copiar e colar o relato que postei no Fórum Runner Brasil.
Quem quiser, confiras o novo formato do SportCV, clique em "curtir" na página principal e também na página do facebook - http://www.facebook.com/SportCV
Comentários e sugestões são bem vindos.
Abaixo, o relato da corrida, e as fotos que eu encontrei:


Retirada do kit:

Retirei meu kit agora na hora do almoço. A sacola veio recheada:
- camiseta T&F
- Boné
- Par de meias
- Mini toalha
- Cadarço elástico
- cupom de 15% de desconto para comprar produtos na loja (até sábado)
- revista iguatemi (para a patroa)
- número (claro, isso não podia faltar. O chip pega no dia da corrida)

No domingo, se levar as crianças, elas ganharão camiseta também

Relato da corrida:

O domingo amanheceu chuvoso, mas durante a prova só garoou um pouco. A pista realmente estava bem molhada e empoçada, como indicou o Flávio. Precisamos fazer um pouco de zigue-zague para não molhar tanto o tênis.

Levei minhas filhas para que elas aproveitassem o "espaço criança" e foi bem legal.

Antes da largada, dentro do shopping estava bem quentinho e agradável, mas preferi ficar lá fora me aclimatando e fazendo um pequeno aquecimento. Senti umas pequenas dores nas pernas, nada grave, mas achei prudente não arriscar muito na prova, para não piorar o quadro.

Foi tudo bem organizado, largada quase pontual, marcação de km presente (algumas placas caíram por causa do vento), trânsito controlado, staff atencioso, etc

Na descida inicial, fui extremamente conservador e não desci feito vaca-louca. Aparentemente pouca gente arriscou no início, o que mostrou que o pessoal está maduro e experiente, mesmo nessas corridas elitizadas.

Mesmo maneirando o ritmo, fechei o 1o km na casa de 5:10 e nos seguintes, pela Via Parque (bem horizontal) fui variando entre 5:05~5:10. Houve um pequeno conflito entre a turma dos 5km, com retorno antecipado, e o pessoal dos 10km, mas nada grave.

Minha parcial entre os km 4 e 5 foi 4:59, a melhor até então, fechando a primeira metade em 25:25. Eu estava me sentindo bem, mas ainda assim resolvi não forçar para evitar qualquer tipo de lesão. Mas percebi um certo conflito pessoal, já que estava numa competição, e deveria pelo menos fazer o meu melhor possível. Fui alternando trechos mais fortes com alguns intervalos de recuperação, e percebi que ao meu redor estavam alguns corredores que mantinham uma cadência semelhante à minha, ora mais rápidos, ora mais lentos.

Após o último retorno, já indo em direção à subida da av. Xingú, marquei minhas referências e me preparei para fazer um fim de prova forte. A parcial entre os km 7 e 8 foi de 4:52, só para me manter no pelotão que achei que estava mais forte. Entre o 8 e 9 reduzi o ritmo para 5:15, deixei o pelotão abrir um pouco de vantagem, mas estava apenas poupando fôlego para a última subida.

O último km realmente é o mais difícil, mas eu consegui escolher bons corredores para puxarem meu ritmo, e fui bem forte nesse trecho final. Ainda consegui um pequeno sprint para ultrapassar meu último coelho, fechando os 10km em 50:35 e fazendo a última parcial em 4:58.

Fiquei satisfeito com meu resultado. Não fui no meu limite, mas por outro lado fiz o melhor possível no momento.

Algumas horas depois, recebi um SMS da organização com um tempo muito estranho (36:34). Hoje vi a lista de resultados onde meu nome aparece com este tempo, mas nos 5km. Não faço a menor ideia de onde tiraram esse tempo, nem o motivo de me colocarem nos 5km. Uma pena, pois isso é uma mancha numa prova que achei bem organizada.

Resultados: http://www.trackandfield.com.br/run/resultados.php

Minha marcação pessoal:
1- 5.10
2- 5.04
3- 5.07
4- 5.04
5- 4.59
6- 5.05
7- 5.00
8- 4.52
9- 5.16
10- 4.58













ua

segunda-feira, 16 de abril de 2012

15/04/2012 - 13ª Meia Maratona Corpore


Números, números... Uma ideia abstrata para ajudar em questões bem concretas...
Desde que eu comecei a registrar minhas corridas, no final de 1999, esta de ontem foi a de número 200. Uma marca de certa forma especial, comemorada em uma corrida especial, em uma semana especial.
No dia 11 minha filha Beatriz completou 10 anos, outro número "bonitinho". O nascimento dela está de certa forma relacionado à minha participação na meia maratona Corpore, e em edições anteriores já foi motivo até para eu quebrar meus récordes nessa distância.
Meu objetivo original nesta corrida, minha 10ª participação, era bem agressivo e ousado: tentar um sub-1h50. Eu imaginava que meu treino para a maratona de SP me deixaria bem preparado para esta meta, mas alguns fatores externos não colaboraram para isso, e eu tive que rever minhas pretensões. Para comemorar a prova 200, pensei até em fazer 2h00, mas preferi tentar simplesmente um sub-2h.
No sábado, a festinha da Beatriz acabou meio "tarde", e fui dormir por volta da meia-noite. Acordei às 4h e cheguei à USP umas 5h30. Peguei meu kit com tranquilidade e voltei para o carro, para tentar dormir um pouco. Perto das 7h me dirigi novamente para a região de largada, e a fila do kit estava muito grande, o que levou a organização a anunciar um atraso de 10 minutos na largada.
Ainda consegui bater um papo com o grande guerreiro e brother Joka, figuraça, até poucos minutos antes da largada.
A minha largada foi na segunda onda. Teoricamente esse novo tratamento deveria ajudar na fluidez inicial da corrida, mas não foi isso que testemunhei. Ainda houve uma certa lentidão no primeiro quilômetro, pois a relação "quantidade de pessoas" x "espaço disponível" resultava numa densidade elevada.
Depois deste congestionamento inicial, consegui ajustar meu ritmo e tentei manter um passo perto de 5:30/km. A primeira parcial de 3km ficou em 16:50, um pouco acima do previsto por causa do início mais lento. Para compensar, a segunda parcial, na marca de 6km, foi de 16:01, bem mais rápido que o planejado. Será que eu conseguiria manter essa insanidade?
Na marca de 9km, outro 16:01 (diferença de décimos de segundo em relação à anterior). Não me empolguei, nem me assustei, e segui em frente para ver até onde eu mantinha aquele passo. Eu sabia que meus treinos das últimas semanas estavam bem fracos, e isso podia custar caro para o final da prova.
A parcial na marca de 12km foi de 16:29, exatamente o ritmo planejado originalmente, mas já indicava uma queda em relação ao ritmo anterior. Ao passar pela placa de 13km, entrando na USP, percebi que o gás tinha acabado e, a partir dali, só restava me arrastar pela segunda metade da prova. Por algum tempo travei uma batalha psicológica e finalmente decidi que, após tantos anos de corrida, eu deveria ter um mínimo de dignidade e experiência para encontrar um ritmo que me permitisse ir até o final sem andar.
Embora eu tivesse vários motivos que pudessem justificar um fracasso, entre eles: a falta de treino, o calor, o pouco tempo de sono, etc, mesmo assim eu não me apeguei a essas questões e decidi buscar forças para me manter "vivo" dentro da corrida. Não buscava mais um tempo rápido, mas apenas queria provar para mim mesmo que poderia me adaptar a um cenário indesejado.
Um pouco após os 15km, passou por mim o Guilherme. Não consegui lhe chamar. Mas, alguns metros adiante, ele começou a caminhar e emparelhei com meu amigo. Perguntei se ele estava bem e recebi uma resposta negativa. Fiquei preocupado. Pensei em andar com ele, mas continuei em meu ritmo lerdo. Parcial nos 15km: 16.59. Nos 18km: 18.28 (mesmo sem andar).
Mas aí, faltando 3km, com cerca de 1h41 de prova, percebi que se fizesse esta última parcial na casa de 18~19 minutos, conseguiria o sub-2h que tinha planejado antes da largada. Não seria um grande resultado para o que eu posso render, mas no cenário atual estava de bom tamanho.
Tentei apertar o passo, mas senti uma pequena dificuldade. O cansaço e o calor não colaboravam. Por outro lado, eu não estava com nenhuma dor crítica, e fui tentando correr firme rumo à linha de chegada. Um princípio de mal estar ameaçou se manifestar, mas felizmente ficou só nisso. Ainda que não tenha sido uma chegada forte, foi o suficiente para uma marca aceitável. 17.31 nos últimos 3,1km, totalizando os 21,1km em 1h58.19 (marcação pessoal).
Tomei um copão de gatorade gelado e entrei no Cepeusp para me refazer do desgaste. Tomei bastante água, descansei um pouco e voltei para casa, onde pude finalmente tomar um banho e dormir um pouco.
Agora preciso reajustar meus treinos para fazer a maratona de SP da forma menos patética possível. Pensei até em desistir deste ano, mas acho que ainda dá tempo de fazer algo minimamente aceitável até lá.

Marcação pessoal:
1- 16.50 (3km)
2- 16.01 32.50 (3~6km)
3- 16.01 48.51 (6~9km)
4- 16.29 1:05.20 (9~12km)
5- 16.59 1:22.20 (12~15km)
6- 18.28 1:40.48 (15~18km)
7- 17.31 (18~21,1km)
total: 1h58.19

Editado: atendendo a pedidos, segue abaixo a minha foto "puxando o pelotão" rsrs (quem me dera... tinha MUITA gente na minha frente)

ua

terça-feira, 20 de março de 2012

18/03/2012 - 15Km Barueri

Terceira edição da corrida de aniversário da cidade onde moro. Ainda que seja razoavelmente perto de casa, fui de carro até o local para voltar logo, pois tinha que trabalhar na sequência.
Eu tinha um objetivo agressivo nesta corrida, que era tentar um tempo perto de 1h15, a despeito do percurso ter algumas pequenas ladeiras. O clima agradável estava favorável. A presença de alguns corredores conhecidos, com ritmos que serviriam de referência durante a corrida, também ajudaria meu objetivo.
Alguns minutos antes da largada, o Clóvis (organizador da prova) me informou que o percurso havia sido alterado em relação ao de 2011. Além de cortar o zigue-zague na região da Fatec, ele foi estendido na parte da Maria Helena, e encurtado na região da PUC. De qualquer forma, não mudava muito a dificuldade.
Fiz um breve aquecimento antes da largada, e tentei me posicionar numa região boa na baia que já se encontrava lotada.
Alguns minutos antes da 8:30, pelo meu relógio, soou a buzina e saímos todos em busca de seus objetivos. Por alguns momentos me senti meio perdido dentro da prova, mas logo visualizei meu xará Fábio Namiuti com um colega da equipe 100 Juízo e fui gradativamente me aproximando. Nem me atentei ao fato de estar num ritmo mais forte do que o recomendado mas, por outro lado, isso poderia me ajudar na meta pessoal de 1h15.
Por volta da placa de 1km alcancei meu xará, e aí cometi um erro estratégico considerável. Ao invés de continuar com ele e fazer um "jogo de equipe" pelo menos por alguns quilômetros, acabei ultrapassando e seguindo de forma independente.
Passei os 2km com pouco menos de 10min, e não vi a placa de 3km (devia estar caída por causa do vento, como aconteceu com outras). A placa de 4km passei com 20 minutos cravados, identificando já uma queda de ritmo.
Nessas alturas eu tinha alcançado o Toninho, também da 100 Juízo, que hora acelerava e hora reduzia o ritmo. O viaduto sobre a linha de trem tinha dado uma quebrada no ritmo, mas nada que comprometesse muito o andamento geral da prova. Algumas ruas apresentavam o asfalto em condições muito boas, e outras tinham a pavimentação já meio desgastada. O abastecimento de água era farto e eficiente. Em vários pontos o vento soprava mais forte que o normal, tanto a favor como contra.
No retorno da Maria Helena, controle de chip para fiscalizar algum furão, e comecei a ficar meio desanimado. O Alexandre de Barueri, que frequenta o fórum Runner Brasil, passou por mim e tentou dar uma animada, mas continuei inconstante. Em algumas subidinhas, que costumavam ser meu ponto forte, eu ia mais devagar. Na descida eu voltava a tentar um ritmo mais forte.
Passei a marca de 10km com 52 minutos e alguns segundos. Passando por baixo da Castello Branco havia um cheiro forte e desagradável. Parecia massa de vidro, mas não tenho certeza. Pode ser que vinha do Tietê ao lado, mas no resto do trecho à margem do rio não tinha odor como aquele.
Tentei ver algum atleta na outra margem, onde acontecia o Duathlon Via Parque, da Yescom, mas não consegui.
A boa notícia é que, com a aproximação do fim da prova eu recuperei o ânimo. Não o bastante para voltar ao ritmo planejado, mas pelo menos melhorou as parciais.
No retorno em frente à PUC, mais um controle de chip. Tentei forçar um pouco mais o ritmo, e cheguei a sentir umas ameaças de cãibras, o que é raro para mim.
A chegada na avenida do Ginásio é um exercício de paciência, pois é bem longa e ainda tem que fazer o retorno lááááááá longe. Mas, como eu já sabia disso, encarei numa boa. Um pequeno sprint para garantir uma disputa com outro corredor que emparelhou, e pronto. Mais uma corrida para a conta. Desde 1999, quando voltei a correr, foi a corrida de número 199, considerando apenas as "corridas puras". A de número 200 deve ser a Meia Maratona Corpore em abril.
Fechei os 15,x km em 1h18.44
Não foi o que eu gostaria, mas também não foi ruim. Mas mostrou algo que eu já suspeitava: que não estou tão bem como deveria, ou como gostaria. Agora é avaliar o que pode ser feito neste cenário.
ua

terça-feira, 6 de março de 2012

04/03/2012 - 6ª Meia Maratona de SP (Yescom)

Após quase dois meses sem participar de provas oficiais, pude matar a saudade de estar em um evento deste porte.
Apesar do calor forte que tem feito nestes primeiros meses de 2012, consegui fazer alguns treinos razoáveis. Ainda não estou no ritmo desejado, mas estou progredindo.
Por conta do calor, resolvi não tentar um tempo rápido nesta corrida. Até que a temperatura abaixou em relação aos dias anteriores, mas preferi levar minha máquina e filmar o evento, pois acho bacana esses registros.



Não ficou tão bom quanto eu queria, mas dá para o gasto.

Cheguei ao local da prova pouco depois das 6 da manhã. Tinha combinado de encontrar meu chefe Tom para lhe entregar seu kit. Enquanto esperava por ele, vi rapidamente o Fábio Namiuti na caravana 100 Juízo. Pouco depois chegou o Tom e ficamos de papo, esperando o horário de início da prova.
Antes da largada, ainda encontrei o Serginho e, depois, o Carlão. Como o Tom resolveu tomar café da manhã na Tavares, acabamos nos perdendo por alguns minutos, mas logo no começo da corrida ele me alcançou e fomos juntos nos primeiros quilômetros de prova.
A temperatura estava agradável, por volta de 22°C, mas o Sol brilhava bonito no céu azul, ameaçando esquentar o asfalto e os corredores. A avenida Pacaembu é bem arborizada, o que dá uma sensação agradável. A subida da rua Marta em direção ao Minhocão é o primeiro trecho mais difícil, mas como ainda está no começo da prova, não chega a incomodar.
Mais ou menos neste trecho encontrei o Guilherme Maio.
Depois do Elevado Costa e Silva passamos por várias ruas do centro expandido de SP, como a Barão de Limeira, Duque de Caxias, Rio Branco...
Lá pelos 8km o Tom ficou para trás e resolvi melhorar um pouco meu ritmo, tentando manter algo perto de 6min/km. Consegui passar a marca de 10km alguns segundos acima de 1h, e dali para frente fui mantendo o pace entre 5:30 e 6:00.
No km 12 eu comecei a sentir um pouco de calor. Ainda bem que estava em um ritmo confortável, e o desgaste não era dos piores.
Passamos pelo Viaduto Pacaembu, ao lado da Rede Record e do Memorial da América Latina, seguimos em direção à estação Barra Funda do Metrô, onde completamos 15km, e antes de entrarmos novamente no Minhocão pegamos uma subida razoavelmente chata.
Vi, de relance, o Bezerra, do Safra.
A segunda passagem pelo Elevado foi diminuída, o que considero ter sido bom, pois era muito chata.
O retorno pela avenida Pacaembu é um desafio à motivação, mas desta vez não desanimei e me mantive correndo.
Chegando à praça Charles Miller, fiquei contente em ver que não precisamos fazer a volta em frente ao Estádio. Fechei a prova com cerca de 2h05min30s.
Conversei um pouco com o Rei e a Dri. Ele, tentando superar uma lesão. Ela, muito insatisfeita com seu tempo.
Peguei o kit com tranquilidade, e tomei o copão de Gatorade em um gole só. Delícia!
Ainda passei no Pão de Açúcar e comprei 2 latas de Coca Cola geladas. De fato, a perda de líquidos foi grande. Ainda bem que, pelo percurso, a distribuição de água foi abundante.
O próximo desafio é daqui 2 semanas, nos 15km de Barueri, onde pretendo correr mais próximo ao meu limite, buscando um tempo bom.

ua

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

08/01/2012 - Maratona Disney


Tirando o atraso do blog. Parte 2
Após um longo período de treinos focando minha participação nesta maratona, finalmente chegou a hora.
O período de planejamento e preparação daria vários parágrafos que não vêm ao caso agora. Posso resumir em dois pontos:
1) O foco principal na viagem não era a corrida. Por isso, qualquer problema na corrida não poderia comprometer o resto da viagem, principalmente no que estivesse relacionado à diversão das minhas filhas (este ponto sim, era o principal da viagem).
2) Minha preparação me deu muita segurança sobre minhas reais condições de correr esta maratona. Ainda que eu ainda possa evoluir bastante, estou de certa forma bem preparado.
Cheguei a Orlando no dia 4, quarta-feira, à tarde. A viagem de avião, umas 12 horas, com mais 5 horas de escala no México, foi bem cansativa, mas nos dias 5 e 6 já fomos aos parques. Não podíamos desperdiçar nosso precioso tempo lá.


No sábado, dia 7, fui à feira da maratona pegar meu kit. Muito bacana e organizado.
À noite comprei meu “café da manhã” que comeria antes da prova. Dormi cedo e acordei às 3:30. Me troquei, fui ao banheiro e saí do hotel às 4:00. Um pequeno congestionamento para chegar ao Epcot, mas às 4:30 já estava com o carro estacionado. Enquanto comia meu sanduba e tomava suco de laranja, li em um panfleto algo como “se até às 5:00 você não estiver na área de largada, não poderá largar”. Fiquei preocupado, comi o que faltava com uma certa pressa, e nem comi outras coisas que tinha levado, pois sabia que demorava um tempo entre o estacionamento e o local de largada.
E realmente levei cerca de meia hora nesse percurso. Talvez esse tenha sido o único ponto falho na organização, pois éramos obrigados a passar por um caminho estreito e lotado de pessoas, o que deixava o passo extremamente lento, com várias paradas.
Mesmo assim, ainda cheguei ao meu curral 10 minutos antes da primeira largada (a minha foi a terceira, com diferença de exatos 4 minutos entre cada uma). Ou seja, mesmo com a lentidão, ainda cheguei a tempo e não tive qualquer problema.


O clima estava bem frio às 5:30. Vesti uma camisa de manga comprida por baixo da camisa do São Paulo (manga curta). Também usei uma faixa para cobrir a testa e as orelhas. O conjunto de shorts e bermuda foi o tradicional que uso nas corridas no Brasil.
Ainda estava noite fechada quando larguei. Sem aquecimento e sem saber quais eram minhas condições reais para correr, fiz um ritmo despreocupado nas primeiras milhas. Minha questão principal era calcular de cabeça qual deveria ser meu ritmo em minutos por milha, já que estava acostumado em minutos por quilômetro. Ainda que eu já tivesse feito esse cálculo em planilha, não lembrava os números certos e achei mais garantido recalcular. Minha marcação pessoal a cada 3km passaria a ser a cada 2 milhas. O ritmo entre 6:00 e 6:40 por km deveria ficar entre 19:18 e 21:27 a cada 2 milhas.
Meu objetivo original era tentar qualquer tempo menor ou igual 4h30. Minha primeira parcial de 2 milhas ficou em 21.08, projetando algo perto de 4h40 de tempo total. Eu sabia que estava lento, me testando, e não havia problema naquela primeira parcial lenta.
Conforme eu fui me sentindo mais confiante, passei a imprimir um ritmo mais rápido. A segunda parcial, na marca de 4 milhas, ficou em 20.05, cerca de um minuto mais rápido que a anterior. Na terceira parcial, 19.19, comecei a achar que estava empolgado demais, pois estava quase rompendo a barreira dos 6 min/km. Um pouco imprudente para uma maratona, no meu caso.
Mas nessas alturas minha confiança superou a prudência, e a quarta parcial foi de 19.11. A quinta foi 18.59, seguida de 18.24 e 18.05.
Passei a meia maratona na casa de 2h07. E estava me sentindo bem.


O Sol já subia no horizonte, mas o ar continuava frio. Muita gente descarta os agasalhos pelo caminho (quase peguei uma luva Nike para mim rsrs), mas eu achei melhor continuar com minha manga comprida, e acredito que foi melhor assim mesmo.
Pelo percurso há muita gente torcendo. Há também trechos mais desertos, mas sempre com atrações da Disney para animar os corredores. O mais interessante são os corredores que fazem fila para tirar fotos nessas atrações, e em seguida voltam para a corrida.
A largada ocorreu, como escrevi, nas proximidades do Epcot. Em seguida, após uma rápida passagem por esse parque, vamos em direção ao Magic Kingdom, depois passamos pelo Animal Kingdom, pelo Hollywood Studios e, finalmente, voltamos ao Epcot para a chegada.
A região do Animal Kingdom foi a mais insuportável. Havia um cheiro bem horrível no ar. Imagino que fosse algum adubo orgânico que estavam usando por ali.
Para compensar, alguns cenários de orvalho congelado, evaporando conforme o Sol aquecia a superfície, lembravam o filme Forrest Gump. Indescritível, lindíssimo!


Minhas parciais nas marcas de 16 e 18 milhas oscilaram um pouco: 18.24 e 19.11. Ambas ainda abaixo dos 6 min/km.
Os postos de Powerade e água eram abundantes. Não gostei do Powerade mas tomei algumas vezes, preocupado em repor o que perdia na transpiração. Levei 7 sachês de Exceed Gel (carboidrato), que ingeria nas milhas múltiplas de 4 (não com tanto rigor no final). Os copos abertos demandaram uma certa habilidade motora na hora de tomar os líquidos. Usei a dica de dobrar a borda do copo, fazendo um bico, para facilitar. Mesmo assim, o trote provocava alguns pulos da água, molhando um pouco o rosto, e quase entrando no nariz. Mas nada grave.
A marca de 20 milhas é famosa dentro da maratona. Embora já estivesse sentindo um pequeno cansaço, passei por ali com uma marca boa. A parcial foi de 19.01. Mas o Sol começou a desgastar um pouco, e a partir dali a motivação e a força psicológica começaram a ser cada vez mais importantes. Embora o percurso seja predominantemente plano, qualquer ladeirinhazinha passou a ser uma subida razoável, mas eu continuei trotando porque não queria andar.
Comecei a utilizar a estratégia da contagem regressiva: “faltam 6 milhas”, “faltam 5”, “4”, “3”...


As parciais continuaram oscilando, mas ainda eram tempos bons: 18.48 na placa de 22mi.
Faltando 3 milhas comecei a me sentir mais cansado ainda. A parte física estava chegando no limite, mas a psicológica estava forte, pois faltava pouco. Se eu continuasse trotando, ainda que lento, poderia fazer algo em torno de 4h15. Meu pensamento, a certa altura, era apenas “just keep running”. E fui indo, naquele trote já não tão consistente, mas ainda era um trote. A parcial na placa de 24 milhas foi de 20.42.
Eu já estava na região do Epcot. Sabia que faltava pouco, bem pouco. O corpo pedia para andar, a cabeça mandava trotar. Faltava pouco, estava chegando. Tanto treino, tantos meses, tantos quilômetros rodados. Eu buscava com os olhos visualizar alguma edificação conhecida, em especial o globo da entrada do parque.
Não vi a placa de 25 milhas, a única que perdi (nem sei se havia, mas não tenho condições de saber). O fato é que quando cheguei ao lago do Epcot, aquele imenso lago rodeado pelos países do parque, e vi gente correndo por todo entorno, até láááááááááá no fim do lago, minha motivação foi para as cucúias e passei a andar.
Tirei a faixa da cabeça, tirei a camisa de manga comprida. Ambas ensopadas de suor (é tão engraçado espremer o tecido e escorrer suor como se tivesse deixado debaixo da torneira!).


Não me senti mal por não ter conseguido completar correndo. Era algo que eu não desejava, mas não comprometeu tanto assim. Pelo menos serve para eu saber que ainda preciso melhorar.
Perto do Spaceship Earth (aquela bola gigante na entrada do Epcot) um amigo me viu e me cumprimentou. Eu nem sabia que ele estaria ali! Fiquei feliz. Voltei a trotar. Faltavam menos de 500 metros. O coral gospel perto do final é lindo, mas nem deu para curtir. Passei a linha de chegada com um pouco menos de 4h21. Fiquei feliz e satisfeito com o resultado, mesmo com a caminhada na última milha. Ritmo médio de 6:11 min/km.
Marcação pessoal a cada 2 milhas:
1-21.08
2-20.05
3-19.19
4-19.11
5-18.59
6-18.24
7-18.05
8-18.24
9-19.11
10-19.01
11-18.48
12-20.42
13-29.25


A medalha do Mickey me surpreendeu pelo tamanho e pela beleza. Um dourado absolutamente lindo!
O atendimento após a chegada é excelente. Também, pelo preço (salgado) da inscrição, realmente deveríamos ser tratados como reis. E fomos. Cobertor térmico (nem estava mais frio àquelas alturas), frutas, água, refrigerante, barras energéticas. Dava para ter almoçado ali.
Mas fui embora logo, pois ainda tinha compromisso com minhas mulheres.
Voltei para o hotel dirigindo, sem problemas. Embora estivesse com algumas dores ao andar, conforme o corpo ia esfriando, a recuperação na piscina ajudou e, depois do banho, ainda levei minha esposa a um outlet, e depois fiquei com minhas filhas o resto do domingo. No dia seguinte, fomos a outro parque sem problemas.


Fato curioso 1: na véspera da corrida, após já ter retirado o kit, meu único relógio que levei na viagem quebrou a caixa na altura da emenda com a pulseira. Fui a uma loja de relógios, onde constatamos que não era possível consertar (a pulseira estava boa, o problema era a caixa). Tive que comprar outro relógio para não ficar sem informação de tempo durante a corrida.

Fato curioso 2: antes da largada, ainda no estacionamento do Epcot, havia uma região com vários banheiros químicos, com filas gigantes em cada um. Como eu estava com pressa, passei reto e fui em direção à estrada onde estava a largada. Acabei fazendo o último “número 1” num matinho que também era utilizado por vários outros colegas corredores. Se eu tivesse parado naquele primeiro banheiro, provavelmente chegaria atrasado à largada.

Fato curioso 3: no final da prova, antes do Epcot, quando qualquer subidinha vira uma escalada, havia um pequeno aclive onde estava um personagem do Toy Story, um soldado verde que berrava ordens no estilo militar: “give me this hill, soldier”. Esse tipo de incentivo realmente funcionava, e foi muito bom pra mim.

Caso tenha curiosidade de ver a feira da maratona, coloquei um pequeno vídeo no Youtube:


Registro oficial:
FABIO MEDEIROS #3373
BARUERI, BRAZIL
Age: 37 Gender: M
Distance MAR
Clock Time 4:29:29
Chip Time 4:20:38
Overall Place 3250 / 13504
Gender Place 2320 / 7176
Division Place 447 / 1244
Age Grade 48.1%
5 Mile Split 0:50:57
10 Mile Split 1:38:36
Half Split 2:07:09
20 Mile Split 3:11:47


ua

Dicas para quem quer correr a Maratona Disney (planejamento, inscrições, hospedagem, etc)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

31/12/2011 - 87ª São Silvestre

Tentando tirar o atraso do blog. Parte 1
Última corrida do ano, minha 14ª São Silvestre, um evento para encerrar um ciclo de treinos e provas, para descontrair e se divertir.
A mudança no percurso, com chegada no Ibirapuera, não me incomodou a princípio, mas quando cheguei a esta nova região comecei a ter alguns problemas.
Embora tenha chegado cedo para estacionar o carro onde sempre paro, um local até meio afastado do Obelisco, a área já estava bem cheia de veículos. Ainda consegui um lugar bom, mas um flanelinha colou ao meu lado bem rápido. Fiquei enrolando dentro do carro para ver se ele se tocava e ia embora, mas não teve jeito. Como previ que a cena ficaria feia, coloquei todos objetos de valor na mochila e não deixei nada dentro do carro. Bati boca com o cidadão, tentando intimidá-lo mais do que ele tentava me intimidar, e acho que ele deve realmente ter ficado com medo, pois acabei não tendo nenhum outro problema além do aborrecimento.
Fui andando até a Paulista, uns 20 minutos acompanhado por uma moça que estava meio perdida e acabou me seguindo até a largada.
Ao lado do antigo Banco Real encontrei alguns colegas. Eu queria filmar o novo percurso, como em 2010, mas cinco minutos antes da largada começou a chover, e acabei abortando esse plano. Para 2012 já providenciei uma máquina à prova d'água :D
E lá fui eu conhecer o novo percurso da São Silvestre.
A primeira mudança foi muito bacana. A melhor, na minha opinião. Passar pelo túnel que liga a Paulista à Dr. Arnaldo, com milhares de pessoas gritando, foi sensacional. Uma energia tremenda!
A descida em direção ao estádio do Pacaembu não foi tão ruim como disseram que poderia ser. O tobogã ao lado do estádio adicionou um elemento mais técnico à prova. Mais adiante havia uma barriga nova no percurso, o único ponto que realmente não gostei, mas nada grave.
Perto do Memorial da América Latina voltamos ao trecho igual ao de 2010. A chuva deu uma parada. Até pensei em filmar a partir dali, mas como a chuva voltou um pouco depois, acabou ficando sem registro mesmo.
Sem acontecimentos relevantes a partir de então.
A sensação que tive era de estar correndo uma prova comum. Não a São Silvestre. A corrida ficou descaracterizada, perdeu a identidade. Não teve nada que a diferenciasse ou tornasse especial.
Meu plano original era fazer um ritmo modesto, mas no fim das contas acabei acelerando um pouco, pois queria acabar logo e ir embora. Meu tempo líquido foi na casa de 1h25.
A praça do Obelisco, após a linha de chegada, virou um grande lamaçal, fato que literalmente sujou a imagem da prova.
A chuva torrencial que caía no final da prova e após seu término causou alguns aborrecimentos, mas para mim foi o menor deles. Saí de lá bem menos feliz do que gostaria, mas já superei. Pelo menos, não tive nenhum problema sério.
ua