segunda-feira, 27 de setembro de 2010
26/09/2010 - Meia Maratona das Pontes
No último dia 17, sexta-feira, eu estava teclando no MSN com o japa MM (também conhecido como Hideaki) quando tive que interromper abruptamente o "diálogo" para atender uma emergência familiar lá em casa. Saí às pressas do trabalho e fui levar uma maçã para minha filha Karina, que precisava levar uma fruta de lanche na escola (eu tinha pego a última para comer no trabalho, e tive que devolver rsrs).
Na volta, lá pelo meio-dia, enquanto eu aguardava os colegas para almoçarmos, acessei a internet e vi uma "promoção relâmpago" da revista Contra Relógio em parceria com a Olimpikus - a primeira pessoa que respondesse à pergunta "Quais foram os corredores que já fizeram a maratona abaixo de 2h05?" ganharia uma inscrição "na faixa" para a Meia Maratona das Pontes. Ao acessar a página da CR, verifiquei que a Eliana Akisino já havia respondido, e o Serginho declarou-a vencedora. "Paciência", pensei. Mesmo assim fui fazer minha própria pesquisa, e constatei que a Eliana não escrevera o nome de dois atletas que haviam feito sub-2h05 em 2010. Escrevi no blog que também queria o prêmio e fui almoçar. Durante o almoço o Serginho me ligou e informou que iria tentar conseguir mais uma inscrição pra mim. Show! Excelente!
Confirmada minha inscrição (valeu Olimpikus!), percebi que a prova já estava bem próxima de acontecer. Eu não estava treinando direito, muito menos para meia-maratona. Por outro lado eu já tenho uma boa experiência nessa distância, e fiz uma estratégia bem prudente para completar a prova sem sustos.
No sábado fui retirar meu kit no Hotel Transamérica. Como o preço do estacionamento lá é bem salgado (ouvi comentarem que estava em R$30), acabei indo de trem. A retirada foi tranquila e sem outros fatos relevantes.
Domingo saí de madrugada em direção a Sampa. Logo que pus o carro na rua vi um relâmpago e pensei "putz! Tá com cara de que vou correr com chuva". E não deu outra. A chuva chegou por volta das 6h e não parou mais.
Cheguei na estação Santo Amaro por volta das 6:20, mas fiquei por ali, no coberto, pois a largada era às 7h. Planejei sair dali 10 min antes da largada, para minimizar o tempo parado na chuva. Ainda fiquei alguns minutos debaixo da ponte Transamérica, pois a largada atrasou um pouco.
Mas quando a buzina soou, não tive outra opção senão encarar o toró e partir para minha 14ª meia maratona.
Logo de cara a gente sobe a Ponte Transamérica, mas não chega a atravessá-la. Antes de acabar de subi-la, já descemos para pegar a pista expressa da Marginal Pinheiros.
Vamos pela marginal até o km 6 e pegamos a alça da ponte estaiada que dá acesso à Av. Roberto Marinho. Até ali eu estava indo num ritmo sem grandes pretensões. Meu objetivo "prudente" era completar os 21km em 2h15. Estava virando os km um pouco acima de 6min, e ainda assim sentia que estava um pouco mais rápido que o recomendável.
Passada esta primeira "ponte", entramos na Av. Roberto Marinho, onde se faz uma "barriga" de ida e volta, adicionando alguns km ao percurso. Na volta ficamos frente a frente com a maior subida da prova: a alça mais alta da ponte estaiada.
Nessa subida eu resolvi deixar para trás 3 corredores que estavam me acompanhando há algum tempo. Na descida, do outro lado da marginal, apertei o passo para deixá-los definitivamente pra trás.
Essa "acelerada" diminuiu meus tempos parciais, e passei a marca de 10km um pouco acima de 1h.
Daí em diante abandonei completamente a prudência planejada e, ainda mantendo o objetivo de 2h15, comecei a ultrapassar alguns corredores, aos poucos, mas de forma constante.
Subimos novamente a ponte estaiada para voltarmos ao lado "original" da marginal. Entramos nessa via na marca de 12km e presenciamos um acidente automobilístico "fresquinho", que tinha acabado de acontecer: um carro bateu num ponto de ônibus, na pista local. Graças a Deus, acho que não tinha ninguém no ponto. O motorista sobreviveu.
Um km à frente, no 13, fizemos o retorno e encaramos quase 8km de "reta" - corremos todo trecho da marginal até a ponte Transamérica. Continuei ultrapassando, pouco a pouco, os corredores à minha frente. Sabia que a meta de 2h15 seria alcançada com tranquilidade. Passei os 15km um pouco acima de 1h27, já projetando 2h06 para o término, caso eu conseguisse ficar firme até o fim. Sub-2h seria uma loucura, e achei melhor não arriscar, pois não sabia até quando conseguiria manter aquele ritmo.
Por volta do km 19 eu tinha acabado de ultrapassar um corredor de camisa verde quando "acabou o gás", mas não totalmente. Dei uma reduzida, pois sabia que havia uma última subida antes da chegada. O cara de verde emparelhou e me ultrapassou perto do km 20. Fui acompanhando de perto, mas sem atacar.
Na subida da ponte Transamérica consegui novamente emparelhar com o verdinho, mas na descida ele abriu um pouco. Fizemos o último retorno, faltando poucos metros para a chegada, com ele um pouco à minha frente. Resolvi arriscar um sprint insano, louco mesmo. Ultrapassei o cara de verde sem chance de reação. Ainda consegui ultrapassar mais dois desavisados que não estavam nem aí com nossa (ou minha) disputa, e fechei a peleja em 2:00:42 (marcação pessoal líquida).
Como sabia que não tinha planos de fazer sub-2h, não cheguei a ficar frustado. Foi quase. Mas, por outro lado, este é meu segundo melhor tempo na distância, pior apenas que o sub-2h que fiz em 11/abr/2010, dia do aniversário da minha filha Beatriz (relato completo aqui).
Os serviços pós-chegada estavam muito bons. Massagem, lanche, água, powerade, frutas, jornal, revista... Peguei o que conseguia segurar e fui embora, completamente encharcado e feliz.
No trem, fui conversando com outro corredor, veterano.
Graças a Deus não fiquei com nenhuma bolha no pé, minha única preocupação relacionada à chuva. Durante a prova, em alguns momentos, senti umas pré-cãibras, mas tb ficaram só na ameaça.
Volto às pistas só em 17/out, na 47ª Volta da USP, se Deus quiser.
ua
Compartilhar
terça-feira, 21 de setembro de 2010
19/09/2010 - 18ª Maratona Pão De Açúcar de Revezamento
No domingo, saí de casa às 5h, peguei minha mãe às 5:30, cheguei no Ibira às 5:50 e estacionei na Assembléia com tranquilidade. Alguns minutos depois o local lotou.
Montei minha farofa no local tradicional e ficamos esperando a galera chegar.
A temperatura estava ideal para correr, por volta de 16ºC e tempo nublado sem chuva. Para ficar esperando incomodava um pouco, mas dava pra encarar.
Meus primeiros corredores conseguiram se posicionar bem na largada e não perderam muito tempo nem foram prejudicados pelos afunilamentos.
A equipe A era composta, nesta ordem, pois dois corredores rápidos e dois lentos. A equipe B (na qual corri) era mais homogênea, à exceção do meu pai que fez sua estreia nas corridas de rua e ia correr apenas metade de uma volta. Com isso que tive que fazer uma volta e meia e acabei não imprimindo um ritmo tão forte como o de 10km.
A disputa entre as equipes A e B foi muito boa neste ano. Os primeiros corredores fizeram respectivamente 54 e 57min. O rápido acabou não sendo tão rápido e o lento não tão lento. Os segundos corredores fizeram o que eu esperava. Meu irmão, na equipe A, cravou 49min e meu chefe, na B, aproximadamente 1h. A diferença entre as equipes estava acima de 10min quando eu abri a 3a volta, perseguindo o Barata - o primeiro corredor lento da equipe A.
Eu não me considero um corredor rápido, mas sabia que podia descontar alguns minutos do Barata. No retorno da Ruben Berta eu medi em 8min a diferença entre nós. Mesmo com um pit-stop de emergência que fui obrigado a fazer, no retorno da 23/maio a diferença tinha caído para 6min. Não consegui alcançar o Barata antes de completar a volta, mas ainda tinha esperança de ter diminuído bem a diferença. Fechei minha volta em 59min.
Nota importante para um fato histórico que ocorreu antes de completarmos a 3a volta: eu ultrapassei, correndo, o Vanderlei Cordeiro de Lima!!!
Na "ida" da 23/maio ele tinha me ultrapassado no pau, mas na "volta" eu o alcancei e ultrapassei! Sensacional! Pagou a inscrição! (pequeno detalhe irrelevante: ele estava acompanhando o Abílio Diniz, na equipe nº 1, que estava fechando a prova)
Bom, voltando à disputas entre as equipes A e B, abri a 4ª volta tentando ver onde estava o José, meu primo, 4º corredor da equipe A, o segundo lento. Nessas alturas eu já estava meio cansado, mas a motivação foi mais forte que a parte física e encontrei o José um pouco depois do Obelisco.
Cumprimentei e ultrapassei, pensando em abrir alguma folga para que, se meu pai fosse lento, ainda assim o José não o alcançasse. A subida da Ruben Berta foi osso, mas pensei na minha avó (falecida há pouco tempo) e, em memória dela, me superei e mantive o trote. O José percebeu que eu não estava no meu melhor e se animou. No retorno da Ruben Berta a diferença era de apenas 2 min. Meu pai estava me esperando na transição das equipes de 8 pessoas, mas eu não tive condições de fazer nem um sprintzinho. Passei a munhequeira pro véio e fiquei de olho no José. Uns 2~3 min depois ele passou e foi atrás do meu pai.
Fui andando de volta ao local de encontro e ainda consegui ver meu pai voltando pela 23/maio, num ritmo bom que me deixou feliz, animado e orgulhoso. Acho que mesmo se ele estivesse lado a lado com o José quando lhe passei a munhequeira, conseguiria abrir alguma vantagem em relação ao meu primo (inclusive porque o velhinho iria correr uma distância menor).
Ainda não tenho os resultados oficiais (costuma demorar para ser divulgado), mas conseguimos fazer a equipe B vencer a A
Provavelmente fizemos um pouco acima de 4h.
Depois fomos almoçar na casa dos meus pais. Um excelente programa de domingo!
O único "porém" em relação à organização, na minha opinião, foi a falta (ou má localização) dos banheiros. Ao ir para a minha largada eu procurei por algum, mas não achei. Por isso tive que fazer pit-stop no percurso, o que evito, mas não tive outra opção.
De resto, foi tudo ótimo. Água em abundância, vias devidamente interditadas e sinalizadas, suporte médico em vários pontos, camiseta legal, medalha de gosto questionável. O kit pós-prova foi "fraquinho" - somente isotônico Taeg (fico imaginando as duplas que correram meia maratona e receberam apenas isso).
Ano que vem espero estar de volta, com mais gente e provavelmente convidando alguns conhecidos.
Bacana encontrar o Claudião Dundes, o Fernando Lima, e ver grandes atletas como o Vanderlei, Marilson, Hudson e Adriano Bastos.
Próximas provas:
26/09 - Meia Maratona das Pontes
17/10 - 47ª Volta da USP
24/10 - 12ª Jaraguá Clube
...
31/12 - 86ª São Silvestre
ua
Compartilhar
sábado, 11 de setembro de 2010
Olimpíadas Inter-Alphas
Minhas filhas participaram da Gincana Lúdica e do Circuito Esportivo, e eu joguei Basquete, competi na Natação e participei do Vôlei, além de ter também jogado uma partida de Tênis.
Amanhã haverá o Pedestrianismo, nome que se dá à nossa conhecida Corrida de Rua. Mas não poderei participar pois estarei correndo a 80ª Volta da Penha. Desde 2000, quando comecei a participar do Inter-Alphas, será a primeira vez que não correrei o Pedestrianismo. Uma pena, mas será por um bom motivo - afinal, a Volta da Penha está chegando à 80ª edição, e estou indo prestigiar esta nobre e tradicional competição.
Em 2010 eu mudei de categoria no Inter-Alphas. A partir de agora eu não sou mais da Categoria Principal (18 a 34 anos) e estou na Categoria Master (35 a 49 anos).
Talvez por causa disso, ou porque as Olimpíadas diminuíram, ou porque menos gente resolveu participar, ou porque estou conseguindo manter um bom preparo na Natação, desta vez consegui um pódio (3º lugar) nos 50m nado livre, categoria Master Masculino. Em 2008 eu havia feito 29.51s, ficando em 13º de 41 homens da Principal. Agora eu fiz 29.70s e fiquei em 3º entre 38 homens da Master.
Fiquei muito feliz com esta conquista. Valeu muito mais que o bronze no basquete de 2008, pois agora foi uma conquista individual, e em 2008 foi mais por mérito de jogadores melhores que eu, que estavam na minha equipe.
Valeu mais, também, que o ouro que conquistei agora de manhã no vôlei. Isso mesmo, somos os (hexa)campeões na categoria Master Masculino. No vôlei eu entrei mais para aprender que para competir, pois não tenho prática nesta modalidade. Fiquei a maior parte do tempo no banco, mas consegui fazer um pontinho no final de uma partida.
Caso alguém se interesse em saber mais informações sobre o Inter-Alphas, o link para o site oficial está aqui.
Os resultados da natação estão aqui. Minha prova foi a de número 17 (precisa rolar para a página 13 para ver meu nome).
ua
Compartilhar
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
14/08/2010 - Alphaville Running 2010 - 3a etapa
Após essa atividade matutina, fomos dar a vacina da gotinha na Karina, almoçamos, e voltamos ao InterAlphas para meu jogo de basquete às 14h. Joguei o tempo todo (2 tempos de 15min corridos), fiz 4 pontos em 3 cestas (2 lances livres), e meu time perdeu por 3 pontos. Mas valeu pela diversão.
Das 15 às 17h tentei me recuperar para a corrida do fim da tarde. A Alphaville Running, 3ª etapa.
Este foi meu retorno sério às corridas após a MSP. A rigor, eu já tinha corrido uma outra prova no final de maio, mas foi mais por diversão.
Em julho eu tentei retomar os treinos e, se não foram perfeitos, pelo menos foram organizados e bem aproveitados.
Mesmo meio cansado por causa do basquete, fui lá enfrentar os 10km para ver no que dava.
Convidei dois colegas do trabalho que foram conhecer a prova, e também encontrei alguns outros conhecidos que se dispuseram a encarar os 10~15ºC de Alphaville. Achei que encontraria o Gerrit Dutchman, mas não o vi. Acho que ele está mais sumido que eu.
O percurso é super simples, em apenas uma avenida que beira o rio Tietê. A altimetria é quase 100% plana, com pequenos aclives e declives facilmente superáveis.
Minha estratégia era correr 1km em ritmo médio e 1km mais forte, alternando a cada 1km para quebrar a monotonia do percurso. Esta tática funcionou até o km 5, mas depois acho que erraram nas parciais, pois meus tempos 6-7-8, que deveriam ser forte-médio-forte, ficaram em 5:16-5:00-5:05, sendo que todos os meus outros km fortes foram abaixo de 5min, e todos meus outros médios foram acima de 5min.
Essa diferença no meu tempo parcial não chegou a me atrapalhar. Quando passei pela placa do km 9, dois corredores me ultrapassaram de forma consistente, e percebi que vinha mais gente junto. Olhei para trás e vi umas cinco ou seis pessoas na região, e como era meu km forte resolvi entrar no "pelotão" para ver se dava para aproveitar alguma coisa. Encostei no corredor que ia à minha frente e tentei acompanhá-lo por algum tempo, mas ele acabou abrindo alguns metros de distância. Pelo menos ninguém mais me ultrapassou. O único que emparelhou comigo ficou para trás no sprint de chegada. Minha última parcial acabou ficando em 4:27 e fechei os 10km em 50:39. Nada mal para mim, dadas as circunstâncias.
O frio com certeza ajudou na minha performance, mas também foi um perigo à minha saúde. Estou fugindo de uma tosse chata que quer me pegar, e tive que ir logo para casa para não piorar.
Pude comprovar que esta é uma prova rápida. Se eu treinar direito, acho que consigo bater meu récorde nos 10km.
Números:
in zone: 24
avg hr: 177
peak hr: 204 (?! acho que a bateria está acabando)
min hr: 131
tot cal: 1044
1- 164 5.38 (médio)
2- 180 4.35 (forte)
3- 179 5.13 (médio)
4- 180 4.45 (forte)
5- 178 5.21 (médio) (25.32)
6- 179 5.16 (forte)
7- 177 5.00 (médio)
8- 178 5.05 (forte)
9- 177 5.18 (médio)
10- 180 4.27 (forte)
total: 50:39
ua
Compartilhar
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
RMP - Récorde Mundial Pessoal
Tá difícil vir escrever por aqui, mas vou tentando...
Passei rapidamente para registrar que Julho/2010 foi o mês que eu mais nadei nos últimos 4 anos (desde que comecei registrar as metragens por mês). Possivelmente, foi o mês que mais nadei na vida. Foram 37,7km de piscina, ou seja, 754 chegadas de 50m.
Os treinos de corrida melhoraram um pouco em relação a Junho, um pouco mais de 60km. Não é muito, mas pelo que vi está na média do ano passado.
Agora em Agosto eu retomo minha "carreira" nas corridas, participando dos 10km do Alphaville Running dia 14.
Também vai começar o InterAlphas. Já estou treinando volei (tá difícil, mas vamos lá rsrs) e basquete (esse eu me viro bem).
Ontem consertei minha bike e já posso retomar as pedaladas. Estou vendo que vai faltar tempo para tanta opção esportiva.
ua
Compartilhar
sábado, 17 de julho de 2010
17/07/2010 - Revezamento 6 horas de natação ACM Alphaville
Nesta última 4a feira, quando fui treinar natação, o professor me informou que haveria a 3a edição desta competição. As anteriores foram nas ACMs Lapa e Centro, com respectivamente 12 e 24 horas cada.
Como estou numa "entre-safra" de treinamentos, mais dedicado à natação que às corridas, resolvi participar para somar uma medalhinha à coleção.
Além disso, por ser perto de casa e num horário acessível, minhas mulheres puderam ir assistir, o que me deixou muito feliz.
Apenas 6 equipes se apresentaram para a competição, sendo que a ACM Centro levou duas equipes, uma delas campeã.
Nadar com a raia só para si é tudo de bom. Mesmo assim, na minha primeira bateria de 20 minutos acabei errando no mais básico da estratégia em provas (não só de natação, mas aplicável mesmo em corridas) - comecei forte e acabei cansando por volta da metade. Com muito custo consegui me manter motivado até o fim, completando 25 chegadas de 50m - 1250m - em 20 minutos. Acabou sendo um bom resultado.
Após esperar umas 2 horas para nadar de novo, caí novamente na piscina para fechar minha participação. Desta vez consegui controlar o ímpeto inicial, aproveitei que o adversário da raia ao lado estava num ritmo bom, e fomos nós dois - um puxando o outro - em um ritmo bem forte durante os 20 minutos que nos cabia. Fiz um bom trabalho de pernadas - meu ponto fraco na natação - e acabei abrindo uma certa vantagem para meu rival. Fiz as mesmas 25 chegadas da primeira oportunidade, mas senti que nadei melhor nesta segunda vez.
A equipe que nadei - ACM Alphaville - ficou em 3o lugar, infelizmente usando de artifícios ilícitos dos quais me envergonho e fui contra. Acho que mesmo se não os utilizasse conseguiríamos ficar em 3o da mesma forma. Uma pena.
======================================
Mudando um pouco de assunto, só para dar uma satisfação aos colegas que me seguem, deu para reparar que "abandonei" este blog e as visitas aos demais.
O motivo principal foi o aumento de carga trabalhal que recebi nos últimos tempos, e que deve durar até outubro.
De qq forma, tenho utilizado do micro-blog Twitter para escrever breves mensagens de relevância questionável rsrs. Quem se interessar, o link está ao lado.
Sobre as corridas, estou participando de poucas. Vou priorizar as que forem perto de casa, e se aparecer alguma mais interessante posso avaliar os prós e contras de participar. A partir de novembro devo retomar um ritmo mais intenso, já que o final do ano sempre apresenta boas corridas.
No meu calendário, estou inscrito para a 3a etapa do Alphaville Running em 14/08/2010. Também tenho Interalphas, que é uma olimpíada interna do Alphaville. O professor de natação disse que vai ter revezamento de 12h na ACM Osasco.
E assim vou tocando a vida...
É isso
ua
Compartilhar
sábado, 5 de junho de 2010
Copa 2010
Semana que vem começa a copa. Pela primeira vez desde que casei não nasceu uma filha minha em ano de copa rsrs. (Casei em 1999, a Beatriz nasceu em 2002 e a Karina em 2006).
Neste ano estou colecionando o álbum da copa. Minhas filhas estão participando e curtindo montar esse álbum, mas o trabalho para completá-lo é complicado. São 640 figurinhas no total. No início são poucas repetidas, mas depois a proporção se inverte.
A Beatriz até tentou levar o álbum na escola para trocar com os colegas, mas não deu muito certo. Até o começo desta semana estavam faltando 49 figurinhas para completar o álbum, e o máximo que pode pedir para a Panini são 40.
Pensei em ir ao MASP no domingo, pois parece que rola um encontro por lá, mas depois lembrei que teriam uns gays parados na Paulista e achei melhor deixar para outro dia.
Acabei indo hoje, sábado, à Praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembú, seguindo umas dicas preciosas de um colega. Em cerca de duas horas e meia consegui trocar as 49 figurinhas que faltavam!
Foi uma experiência impressionante!
É fantástico como havia "liquidez" nas transações. Pessoas de todas as idades vinham com suas listas e bolinhos de figurinhas. Álbuns a tiracolo, nos mais diversos estados de conservação rsrs.
A maioria das pessoas tinha suas figurinhas em ordem numérica, mas alguns poucos sem-noção tinham tudo embaralhado. Um desses queria conferir uma por uma se era das que estavam faltando para mim. Após meia dúzia de figurinhas fora de ordem eu disse que "desse jeito vamos demorar uma hora para ver o bolo todo" e encerrei a "negociação" ali mesmo. O cara não gostou, mas eu falei que quando ele viesse com as figurinhas ordenadas a gente poderia conversar. Fala sério!
Fora isso, foi muito bacana conversar com as pessoas, negociar, aprender qual as melhores formas de tratar o assunto, saber ceder, saber pedir, ter calma para não tumultuar...
Às vezes eu estava verificando a lista com uma pessoa e chegava outra pedindo para ver se eu tinha a última que faltava. Aí, se estava fácil de ver, eu via. Senão, eu gentilmente pedia para a pessoa aguardar até terminar com a primeira.
Outra coisa que aprendi: na negociação entre duas pessoas, é melhor primeiro verificar a lista da que faltam menos figurinhas. Por exemplo: tinham dois garotos (talvez irmãos) que vieram negociar comigo. Eles tinham uma lista grande de figurinhas que faltavam, e eu já estava precisando somente de poucas. Comecei pela lista deles e vi que eu tinha um monte que eles precisavam, mas chegou uma hora que eu parei e disse: "acho que vocês não vão ter a mesma quantidade para me dar". Ou seja, eu devia ter visto primeiro quantas eles podiam me dar, e depois eu dava a mesma quantidade para eles.
Um critério que adotei, mas não era todo mundo que concordava, era de que uma figurinha brilhante valia duas ou três normais. No caso dos meninos, acabei pegando várias brilhantes, pois eles não tinham como me "pagar" com normais.
Outra situação diferente foi a de uma moça que não tinha figurinha para trocar. Ela queria comprar 5 por R$1. Não achei muito legal, mas acabei aceitando. No fim, a amiga dela conseguiu negociar com outro moço as últimas 3 que estavam faltando para mim, e ficou tudo de bom tamanho.
Caso alguém esteja colecionando o álbum e se interesse em ir lá, recomendo que faça uma lista das figurinhas que faltam, leve caneta para riscar as que for conseguindo, e organize suas repetidas em ordem numérica. Caso queira adotar o critério de "brilhantes x normais" diferenciado, marque na lista quais são brilhantes. O local de encontro é próximo à banca de jornal, perto daquela rua que sobe para a FAAP. Eu cheguei lá pouco antes do meio-dia (fui um dos primeiros), mas acho que ficou gente lá a tarde toda.
Agora, voltando a falar sobre a copa mesmo, gostei muito da música que a coca-cola arranjou para seus comerciais relacionados ao mundial. Achei que a versão brasileira ficou excelente! O video acima não é oficial, mas a música é a da coca-cola, e está disponível no site (link direto para download aqui).
Eu gosto de futebol, mas não sou uma pessoa fanática. Vou bem pouco ao estádio, por exemplo. Mas quando chega a copa eu me deixo contagiar pelo clima. É uma emoção impressionante! Tem muita gente dizendo que o Dunga é fraco, que os convocados não estão com essa bola toda, mas eu estou torcendo muito pelo Brasil e acho sim que podemos ser campeões.
Aliás a emoção de conquistar a copa é algo muito interessante. Se pensarmos fria e racionalmente, se o time de futebol vencer o campeonato, o que é que ganhamos? Nada. Mas como explicar a felicidade de ver nosso pais vencendo, sendo os melhores do mundo? Não tem preço.
Alguns conhecidos ficam com medo de torcer agora e se decepcionarem depois. Até entendo. Acho que há vários países com chances reais de vencerem, inclusive o Brasil. Talvez a "decepção" seja saber que o Brasil é disparado o país com os melhores jogadores do mundo, mas chega ao mundial no mesmo nível dos demais. Bons tempos em que a gente já chegava com a certeza que ia ser campeão, tipo 1950 e 1982. E se não ganhava era por pura fatalidade, mas continuávamos confiantes de que éramos os melhores.
Agora, em 2010, chegamos à África do Sul sob suspeita. Não temos certeza se poderemos ganhar. Mas quem é que sabe, oras bolas?! Ninguém ganha por antecipação! Quantas vezes times teoricamente mais fracos já venceram seleções de nome e tradição?
Mas eu acredito no Brasil. Em 2006 passamos vexame porque fizeram festa antes da hora. Agora eu vejo um trabalho sério, concentrado. Podemos até não vencer, mas temos que fazer o melhor. Eu, pessoalmente, acredito que fazendo o melhor venceremos. Mas aí teremos que esperar para ver.
Dia 15 o Brasil estreia contra a Coréia do Norte. Vou comprar umas pipocas, mas as cornetas já estão preparadas. Vou torcer muito com minhas filhas aqui em casa. Tenho certeza que será inesquecível, da mesma forma como eu lembro da copa de 82, quando eu tinha 7~8 anos.
Aliás, complementando a informação do primeiro parágrafo, todos nós aqui de casa nascemos em ano de copa: além das minhas filhas em 2002 e 2006, eu e a Dayane nascemos em 1974.
ua
sexta-feira, 4 de junho de 2010
¿No puedo?
Aproveitando a dica do Eduardo Acacio, publico aqui um vídeo bacana:
ua
segunda-feira, 31 de maio de 2010
30/05/2010 - iRun Alphaville
Após a Maratona de SP, em 02/05/2010, eu tirei um período de "férias" das atividades esportivas, mas há cerca de duas semanas eu retomei os treinos de natação e corrida.
No dia 22/05, um sábado à noite, fui assistir à 2ª etapa da Alphaville Running 2010. Eu não estava inscrito, mas na hora deu a maior vontade de correr. Tive que me contentar em filmar um pouco alguns conhecidos que estavam participando:
Ainda sem objetivo definido após a maratona, eu estava me contentando em tentar alcançar a quilometragem do Ricardo Riso na natação. Ele já passou a marca de 100km em 2010, e eu estou chegando aos 80km.
Neste último sábado de manhã eu estava prestes a sair para mais 4,5km nadando quando li, num jornalzinho do bairro, que haveria corrida no domingo de manhã. Quando voltei da ACM, acessei a internet e descobri que poderia me inscrever no local até as 17h. Fui rapidamente até lá e, para minha surpresa, a inscrição que era de R$50 saiu por R$15!
O percurso no site não estava dos melhores, mas deu para ter uma idéia de que haveria algumas subidas chatas. Deixei de lado a ideia de fazer um tempo rápido e fui correr apenas para curtir. Levei a máquina fotográfica na pochete e o resultado é o video abaixo:
Na primeira volta eu fui bem tranquilo e filmando o pessoal. A partir do início da segunda volta eu guardei a máquina fotográfica e fui um pouco mais rápido. Por isso não filmei a segunda volta, só o começo e o fim.
A organização foi eficiente. Não havia placas de quilometragem, mas eu vi no asfalto as marcas de 2km e 4km. Não havia premiação por categoria, somente geral (troféus, não dinheiro). Nos últimos metros eu ultrapassei a moça que chegou em 4º ou 5º geral. O nível dos vencedores estava meio fraco em relação a outras provas maiores.
Fiquei contente de participar desta corrida. Não pelos resultados, mas por correr feliz.
ua
terça-feira, 11 de maio de 2010
Maratona de SP - versão extendida FullHD
Sem mais delongas, segue abaixo um relato mais detalhado sobre minha primeira maratona.
A preparação
Algumas pessoas acompanharam aqui no blog minha preparação para a Maratona de SP.
No final do ano passado (2009) eu decidi que em 2010 tentaria correr esta prova, minha primeira nesta distância. Apesar de eu já correr há 10 anos, eu nunca havia conseguido sequer planejar um treinamento sério para esta prova. Eu achava que seria errado corrê-la sem me preparar adequadamente.
No site Runner's World eu preparei uma planilha de 16 semanas de treinamento, iniciando em janeiro.
Minha ideia original era intercalar os treinos de corrida com natação e bicicleta. Os treinos de natação eu até consegui realizar (menos do que gostaria, mas ainda assim em um nível satisfatório), mas os de bike ficaram somente na ideia mesmo. Pelo menos os treinos de corrida foram cumpridos praticamente na íntegra, com algumas adaptações que eu achei pertinentes.
Para quem não viu na época, coloco aqui um dos poucos registros de treino que fiz:
A retirada do Kit
Na semana que antecedeu à prova eu travei uma batalha contra a ansiedade. Felizmente eu venci esta batalha, e tive uma semana relativamente tranquila (muito trabalho, mas pelo menos consegui dormir bem e bastante).
Para não correr o risco das minhas filhas não me deixarem dormir na véspera da corrida, combinei com meus pais de ir dormir na casa deles, em São Paulo. Além do aspecto tranquilidade, também havia a vantagem de eu estar mais perto da prova, e meus pais me dariam carona para o local.
Então, no sábado, fui retirar meu kit e já fiquei em SP (bom, caso alguém não saiba, eu moro e trabalho em Barueri, perto de SP, mas distante suficiente para não ser uma viagem que se faça toda hora).
Após almoçar em casa, me despedi das minhas mulheres e fui para a capital do Estado.
Ao chegar ao Ginásio Mauro Pinheiro deparei-me com uma fila gigantesca, que há muito tempo não via. Não sei se o fato de haver 20 mil inscritos (além da maratona havia corridas de 25Km e 10Km, e uma caminhada de 3Km) ou ser a "última hora" para pegar o kit provocou esta fila, pois a quantidade de atendentes era grande.
Logo que entrei na fila vi o Hideaki ali perto (fora da fila). Como a minha previsão de fila era de pelo menos uns 40 minutos, saí dela para cumprimentá-lo. No fim, foi uma ótima decisão, pois ele me indicou uma outra fila bem menor, para quem já tinha a "declaração" impressa (meu caso). Pelo visto, a maioria dos corredores não tina a tal declaração, pois a fila que peguei tinha apenas 3 pessoas. Me senti um aposentado rsrs
Ainda passei no balcão da Revista Contra-Relógio, onde cumprimentei o Tomaz e a Ciça, conversei com alguns maratonistas que fariam o Desafio das 6 Maratonas, encontrei o Ivo Cantor e esposa, e depois fui para a casa dos meus pais.
Chegou o dia
No domingo, acordei às 6h, tomei café da manhã, conferi os últimos detalhes (percebi que havia esquecido o porta-chip em casa, mas isso não fez falta), e saímos, eu e meus pais, para o Ibirapuera.
Na pochete estilo money-belt eu levava 9 sachês de Exceed-Gel, pois tinha plano de tomar um a cada 5Km, e levava mais um ou dois extras para algum imprevisto.
Ao chegar à região da Assembléia Legislativa, passei o protetor solar (Sundown Sport fator 30 - 5h de duração), peguei minha sacolinha e despedi-me dos meus pais. Embora o Sol já estivesse brilhando, por volta das 7:30 da manhã, ainda fazia frio. Fui agasalhado esperar pelos ônibus que estavam levando os corredores para a largada.
O esquema de transporte estava funcionando de forma organizada, mas as filas eram grandes e os ônibus demoravam um pouco para aparecer. Fiquei uns 20 minutos esperando até embarcar.
Ao chegar à Av. Roberto Marinho, guardei meu agasalho na sacolinha, escondi o celular lá no meio, e deixei o embrulho no guarda-volumes. Em minhas mais de 150 corridas, pouquíssimas vezes usei o guarda-volumes, mas desta vez arrisquei deixar meus pertences lá.
Logo em seguida comecei a caminhar pela região de largada, para tentar encontrar alguns conhecidos, enquanto tomava meu Gatorade de limão. Encontrei o Bezerra, motorista do Safra (onde trabalhei por 7 anos), grande corredor e maratonista. Ele me deu algumas dicas valiosas, entre as quais "não jogar água na cabeça, pois ela escorre até a meia e pode criar bolhas nos pés".
Depois encontrei o Serginho, editor de arte da CR. Ele também me deu algumas dicas legais (como proteger os mamilos) e me desejou boa estreia. Fiquei emocionado quando ele falou para pensar nas minhas filhas, mas ainda não era hora de me abalar.
Ainda faltava cerca de meia hora para a largada e resolvi pegar a fila do banheiro. Demorou, mas consegui dar uma aliviada na bexiga. Depois, percebi que logo à frente havia vários outros banheiros sem fila nenhuma. Enquanto eu ainda estava na fila, visualizei um corredor com a camisa do Marathon Maniacs e identifiquei um personagem do qual já ouvira falar, mas ainda não conhecia: o Esio Cursino.
Antes do horário de largada, passei a vaselina em pasta que tinha levado, para proteger as regiões de maior atrito. Isso foi ótimo, pois corri a prova toda sem problema dessa natureza.
Encaminhei-me para o fundão da largada, o portão branco, última entrada, a dos mais lentos. Lá encontrei o Claudião Dundes, figurinha sensacional que eu queria muito conhecer pessoalmente. (Claudião, cadê a foto que vc tirou?).
Infelizmente, não consegui encontrar o Joka, nem o Guilherme, tampouco os xarás Fabio Matheus e Fábio Namiuti, nem o Jack, o Gerrit, o Dimas, a Mayumi...
Largada
Logo em seguida foi dada a largada. Dizem que teve um tiro de canhão, mas nós estávamos tão longe que eu nem ouvi. Fomos caminhando até a linha de largada conforme a multidão permitia. Foram mais ou menos 14 minutos só para chegar até a largada.
Eu estava muito emocionado. Chegou o dia, pensava. Depois de 4 meses de preparação, alguns sacrifícios, finalmente estava ali, passo a passo, cumprindo meu objetivo. Tentei controlar a parte emocional. Ainda não era hora de me abalar.
O início
A grande quantidade de pessoas no início era um fator complicado, mas como eu já estava preparado para isso, não chegou a atrapalhar.
O sobe e desce das pontes Estaiada e Morumbi também não atrapalharam.
Ao entrar na Marginal Pinheiros fui controlando o ritmo. Tentei seguir o fluxo de corredores próximos, ainda misturados os que fariam 10, 25 e 42Km. Às vezes percebia que as pessoas davam uma pequena acelerada, talvez porque iriam fazer uma distância mais curta, mas para mim não era interessante acelerar naquele momento.
Apesar do Sol brilhando, ainda não fazia calor. Mesmo assim, peguei e tomei água desde os primeiros postos.
Como planejado, eu estava marcando meu tempo parcial a cada 3Km. Minha meta era que ele ficasse na casa de 20 minutos. Até 21 minutos (7min/Km) era aceitável, e menos de 19 minutos já seria perigoso. Passei a primeira parcial em 19.41 e a segunda em 19.42, algo excelente para o início: nem muito rápido, nem muito lento.
Na marca de 5Km ingeri meu primeiro sachê de carboidrato, como planejado.
O tempo passa...
Ao entrarmos na Av. Jucelino Kubichek pudemos visualizar os primeiros termômetros da prova. Marcavam entre 24~25ºC.
Nesta avenida havia a primeira divisão de corredores. Os de 10Km seguiam em frente, e os demais retornavam em direção ao Rio Pinheiros.
Pegamos o Túnel Jânio Quadros, onde muita gente se queixa de ser abafado. Eu não senti problema enquanto estava lá dentro, mas ao sair de lá o ar fresco mostrou que realmente a diferença de temperatura é grande.
Passamos em frente ao Joquei Clube, e ali na avenida "havia um corpo estendido no chão" - um homem se debatendo no canteiro central, já recebendo atendimento médico. Imagino que fosse algum corredor que passou mal, ainda que estivéssemos no início da prova, antes dos 10Km.
Seguimos em direção à Cidade Universitária, mas ainda não entramos nela. Naquela região havia um grupo com muitas pessoas incentivando os corredores, fato raro (infelizmente) durante o percurso.
Praça Panamericana
Cruzamos a Ponte Cidade Universitária e avistamos a Praça Panamericana, onde eu tinha combinado de encontrar meus pais e minhas mulheres durante a prova.
Ali na praça nós, corredores, passaríamos 3 vezes, e eu achei que ali era um ponto legal para minha família me ver correr. Nesta primeira passagem só encontrei meus pais, pois minhas mulheres estavam em outro ponto. Novamente, fiquei emocionado, mas controlei para não perder a concentração.
Pegamos a Av. Pedroso de Morais até a Faria Lima. Enquanto estava indo, vi voltando o Rodrigo Damasceno, outro MM que acabei conhecendo na MSP. No retorno, vi o Claudião firme e forte, cerca de 1Km atrás de mim, mas com um sorriso no rosto e confiante. Ali eu tive certeza que ele chegaria ao seu objetivo de 25Km. Parabéns Claudião!
Na segunda passagem pela Praça Panamericana, novamente visualizei meus pais e não vi minhas mulheres. Ao cumprimentar os velhinhos, combinei com minha mãe que, na terceira passagem, ela passaria protetor solar nos meus braços, pois o Sol já estava queimando e a primeira aplicação estava vencendo.
Logo após deixá-los, poucos metros à frente, vi minhas 3 mulheres (esposa e filhas) do outro lado da praça. Cortei todo mundo que corria perto de mim e fui beijá-las. A Beatriz, minha filha mais velha, estava com a camisa do São Paulo em minha homenagem (embora desta vez eu não tenha corrido com a minha). A Dayane, minha senhora, perguntou se eu passaria por ali outra vez, e indiquei qual era o local da terceira passagem, dali uns 20 minutos. A Karina, minha caçula, ficou super feliz em me ver, e eu fiquei mais feliz ainda em vê-las ali, torcendo por mim. É super raro elas irem às minhas corridas, e a presença delas ali foi muito importante para mim.
Continuei correndo em direção ao Parque Villa Lobos feliz da vida. Minhas parciais de tempo (a cada 3Km) estavam indo muito bem: 19.55, 19.23, 19.16 e 19.15. Fiz o retorno em frente ao parque, que estava lotado, e voltei para a praça.
Metade da prova
Antes de passar pela marca de 21,1Km passei pela última vez na Praça Panamericana, onde fiz uma pequena parada para reaplicar o protetor solar, despedir-me da família e pegar uma garrafa de Gatorade super-gelado com meu pai. Com isso a parcial daquele trecho foi para 20.14 - nada preocupante, por causa da parada.
Passei a marca da meia-maratona com 2:17.26. Logo em seguida, na subida da Ponte Cidade Universitária, caminhei alguns metros para tomar o Gatorade que havia pegado com meu pai. Eu não estava cansado nem com dor. Alguns "puritanos maratonianos" classificariam minha caminhada como um pecado mortal, mas eu nem esquentei a cabeça com isso, pois uma das minhas "cartas na manga" era a chamada "caminhada estratégica", ainda mais se o calor começasse a atrapalhar demais.
Ao chegar ao pico da ponte voltei ao meu trotinho maroto, para em seguida entrar na Cidade Universitária.
Naquela região estavam distribuindo gatorade em copos, e ouvi dizer que havia uma certa confusão para pegá-los, mas eu nem tentei entrar na fila, pois havia acabado de tomar quase uma garrafa inteira. Minha parcial, com aquela caminhada na ponte, foi de 20.18 (embora, a rigor, foram 2,9Km - do 21,1 ao 24).
Na avenida da raia olímpica deu para perceber que muitos corredores estavam em ritmo de final de prova, pois logo adiante era a chegada dos 25Km. Para mim isso não fez muita diferença naquele momento, mas percebi que logo após a divisão onde esses corredores encerravam suas participações, senti uma grande diferença pelo "rareamento" de pessoas na prova. Até ali sempre havia vários corredores por perto, mas depois dos 25Km foi que eu definitivamente entrei na "corrida solitária".
Para complicar, correr na Avenida Escola Politécnica é muito chato e sem sombras. Infelizmente, novamente não consegui ver ninguém conhecido que estava fazendo a prova de 25Km.
A chance de eu desanimar ali começou a tomar forma, mas graças a Deus eu consegui me motivar o suficiente para continuar no mesmo passo. Afinal, aquele era O dia, para o qual eu tinha me preparado por 4 meses. Comecei a aplicar a estratégia do cálculo inverso. Já havia corrido 9 parciais de 3Km. Faltavam apenas 5. Outra estratégia que eu tinha "na manga" era as pequenas caminhadas nos postos de água: eu pegava o copinho, caminhava alguns passos para tomar a água, e voltava ao trote normal.
Não peguei o sachê de GU que estavam oferecendo por ali, pois não estou acostumado com esta marca, e não seria naquele dia que eu faria essa experiência. Continuei com meus Exceed a cada 5Km.
Minha parcial entre as placas 24 e 27 foi, estranhamente, 19.05. Não lembro de ter forçado, acelerado, ou algo semelhante. Talvez tenha sido efeito do Gatorade que tomei no Km21, não sei explicar.
O mal estar
Entrei novamente na Cidade Universitária ainda sem problemas relevantes: sem cansaço acima do normal, sem dores nas pernas (apenas algumas bem fraquinhas na sola do pé, muito raramente), sem cãibras, sem bolhas, sem desânimo...
Mas infelizmente, ao entrar nas alamedas arborizadas da USP, comecei a sentir um pequeno mal estar, uma pequena ânsia que começou a me incomodar. Parecia que a água e o gel que eu estava tomando ficavam "parados" no estômago, sem serem devidamente absorvidos.
Tentei continuar no mesmo ritmo, que estava dentro da "zona de conforto", para ver se os sintomas passavam. Nem eram tão fortes, dava para conviver um pouco com o incômodo. Mas como aquele chacoalhar na barriga não passou, entre os Km 30 e 31 eu alternei alguns trechos de caminhada com outros de trote. Tem gente que relata que esta parte da prova é onde o "urso sobe nas costas", mas não senti urso algum. Senti apenas essa pequena ânsia. No Km 32 dei uma andada mais longa, mas sempre que voltava a trotar a sensação voltava, mesmo quando eu insistia no trote para ver se passava.
Na placa de 33Km havia um segundo posto de Gatorade, onde serviam copos pela metade. Então peguei dois, oras bolas rsrs. Ali também havia uma ambulância (aliás, o atendimento médico estava presente em vários pontos da prova, ponto positivo para a organização, inclusive porque muita gente precisou dele), e aproveitei para pedir um Plasil, para ver se a ânsia sumia.
O atendimento na ambulância foi um teste para minha paciência. Dentro do veículo havia um homem deitado sendo atendido. A mulher que comandava a operação parecia ser médica. Os dois assistentes deveriam ser enfermeiros. Quando cheguei lá, ao perguntar se havia Plasil em comprimido a resposta foi positiva, mas o enfermeiro não conseguiu achar nenhum. A médica perguntou se poderia ser um outro remédio (não lembro o nome, acho que era Dramin), e eu respondi que sim, mas o auxiliar também não achou. Enquanto isso, o outro ajudante apareceu com um saquinho de Mc Donald's - sinistro! Como se não bastasse, esse mesmo cidadão começou a fumar - fala sério! Paralelamente, foram chegando outros corredores, pedindo Gelol, Buscopan, e interrompendo o meu atendimento. Devo ter "perdido" ali no mínimo uns 10 minutos.
Bom, se até ali eu não podia me queixar de dores relevantes, pelo menos saí de lá com uma baita dor no bumbum, pois levei uma injeção de Plasil (acho que foi isso) e até no dia seguinte ainda estava sentindo dor ali. Segundo o enfermeiro, aquela injeção era doída mesmo, pois tinha alguma coisa oleosa, mas eu nem quis saber maiores detalhes. Tchau e volta pra prova...
A caminhada
Bom, a partir dos 33Km eu passei a somente caminhar. Da marca de 27 até o 30 foram 21.11 minutos (só caminhava nos postos de água), e mais 27.21 até o 33 (alternando alguns trechos de caminhada). Mas a parcial do 33 ao 36 foi de espetaculares 43.47 minutos (incluído o tempo parado na ambulância).
Um pouco após sair da USP passou por mim meu velho amigo Reginaldo Camilo, outro corredor que trabalhou comigo no Safra. Ele estava de bicicleta dando apoio aos corredores, levando vários copos de água na garupa. Peguei um copo e trocamos algumas ideias. Ele disse que meu mal estar poderia ser porque eu havia tomado água "quente" (ou seja, não-gelada). De qualquer forma, continuei caminhando e ele seguiu em frente. Aliás, o abastecimento de água no final da prova deixou a desejar: em vários postos a água estava no fim, em pelo menos um deles havia acabado, e quando eu conseguia pegar algum copo, era sem gelo. Algumas vezes peguei o gelo da mesa e misturei com a água do copo, e outras vezes nem tinha mais gelo na mesa.
Quando eu estava na Av. Lineu de Paula Machado, perto do Joquei Clube, parei num orelhão e avisei meu pai que iria atrasar na chegada. Eu tinha combinado dele ir me buscar lá, e não queria que ele se preocupasse. Disse que estava me sentindo bem, que não estava com nenhum problema sério, mas resolvera caminhar por causa do mal estar.
Em alguns momentos, durante a caminhada, pensei em várias pessoas que costumam deixar comentários aqui no blog. Pensei se estava decepcionando essas pessoas, e cheguei à conclusão que este "peso" não era pra mim. Primeiro porque não devo nada a ninguém, senão a mim mesmo. Não estou provando nada. É a minha corrida, e amigos de verdade até puxam a orelha quando necessário, mas também apoiam nos momentos decisivos. Pessoal, agradeço pela torcida, pelo incentivo e pela força. Tenham certeza que vocês estavam lá comigo naquele asfalto quente.
Seguindo meu caminho, passei novamente pelo Túnel Jânio Quadros, desta vez caminhando. Também caminhei por boa parte da JK. Tinha resolvido que voltaria a correr após a placa de 39Km, faltando 3 para o final. Minha parcial do 36 ao 39: 31.52 minutos.
Voltando a correr - Chegada
Passada a placa de 39Km voltei a trotar. Tinha imaginado fazer esses 3,195Km trotando "doa-o-que-doer" e "custe-o-que-custar", mas no fim das contas não foi nada sofrido. Talvez como resultado da injeção do Km 33, talvez pela caminhada regenerativa. Mas eu me senti bem, correndo novamente. Talvez pudesse até ter antecipado o retorno ao trote mas, enfim, eu estava de volta à prova. A temperatura na casa dos 28ºC era irrelevante para mim. Era minha última parcial de 3Km, eu estava motivado (por mais incrível que possa parecer), e ia naquela balada até o fim.
Ao passar pela placa de 40Km, fiquei imaginando se o Fábio Namiuti estaria me esperando na próxima. Havíamos combinado de ele correr o último quilômetro comigo, mas o meu atraso tinha prolongado demais o horário previsto para minha chegada. Se ele estivesse lá me esperando, provavelmente estaria dormindo de tanta demora. Fiquei aliviado ao constatar que ele não ficara até duas e meia da tarde me aguardando. Gostaria de correr com ele, mas o bom senso era que meu atraso era algo praticamente imperdoável.
Inacreditavelmente, no último Km ainda consegui fazer uma ultrapassagem sobre um corredor, fora os que caminhavam. Ainda deu para fazer uma brincadeira com o Rei e a Dri, que estavam indo embora, e segui firme rumo à linha de chegada. Lembrei do Ivo Cantor, sobre dar um pulo na linha de chegada, mas na hora decisiva achei que não era o caso. Espero que não falte oportunidade para eu efetuar tal pulo.
Parcial final: 23.47 (3,2Km) e tempo total líquido 5:24.47
Coloco abaixo o vídeo da minha chegada, com direito a trilha sonora rsrs:
Acabou!
Cheguei ao fim dos 42195 metros contente, até mesmo feliz. Não era exatamente o meu plano inicial caminhar tanto durante a prova, mas era uma alternativa, um "plano B" que eu tinha à disposição.
Acabei muito menos destruído do que imaginava. Fiquei, novamente, emocionado, por concluir minha primeira maratona.
Peguei meu kit, retirei minha sacola no guarda-volumes, liguei pros meus pais e fui encontrá-los. Comecei a sentir uma dor chata nas costas, do lado direito, provavelmente por minha postura torta nos últimos quilômetros. Mas as pernas estavam boas rsrs
Conforme fui esfriando, o cansaço finalmente começou a bater, e as dores foram aparecendo. Mas nada preocupante: no dia seguinte, segunda-feira, fui caminhando normalmente para o trabalho, como sempre faço.
Aprendi várias lições correndo essa maratona. Ainda estou assimilando algumas delas, mas já penso em correr a distância novamente. Não sei quando nem onde, mas algum dia pretendo melhorar este tempo (o que não é difícil, claro), correr com menos (ou nenhuma, quem sabe) caminhada. Por enquanto estou "de férias" dos treinos. Somente alguns bem leves e sem compromisso. Também não estou inscrito em nenhuma corrida. Não quero pensar nisso nesses próximos dias. Mas vou voltar sim, não abandonei.
Só que estou super enrolado na parte profissional. Muito trabalho, nem sei como consegui tempo para escrever este texto enorme.
Também estou atrasado na visita aos blogs dos colegas. Assim que eu conseguir, ponho os comentários em dia.
Bom, é isso. Agradeço, novamente, por todo apoio que recebi.
ua
PS: Conforme eu for lembrando, vou adicionar aqui alguns outros pontos que valem a pena registrar:
- Até o Km 33, onde parei para atendimento médico, eu estava "acompanhando" dois marcadores de ritmo que estavam meio perto de mim. O primeiro eu alcancei antes de chegar no Villa Lobos, e a segunda eu via e perdia, passava sem perceber e era ultrapassado. Após minha parada, os dois sumiram.
- A cinta do monitor cardíaco fez um baita machucado no meu peito. Sinistro!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
02/05/2010 - 16ª Maratona de SP
Versão resumida da minha estreia na maratona:
Nada como ter um "plano B" na manga, para o caso do "plano A" apresentar problema.
No meu caso, com o Sol bonito brilhando no céu, minha única preocupação mais séria se concretizava logo antes da largada.
A temperatura na casa de 28ºC por um lado não estava fresquinha, mas também não era o pior cenário possível. Já treinei com 33ºC, então os 28ºC foram "encaráveis" rsrs.
Mas acho que a irradiação solar incidindo diretamente na pele foi pior que a temperatura do ar.
Bom, de qualquer forma, fui tomando água em todos os postos. Até os 25Km a distribuição de água estava farta. Na marca de 21Km parei um pouquinho na Pça Panamericana para reaplicar protetor solar e pegar uma garrafa de gatorade geladíssima com meus pais. Duas atitudes muito acertadas.
A partir da segunda passagem pela USP a distribuição de água não foi das melhores. Era difícil achar água gelada, e em alguns postos no final da corrida a água tinha acabado.
Perto dos Kms 31~32 comecei a sentir um pequeno mal estar, até mesmo uma certa ânsia. Comecei alternar corrida e caminhada, mas mesmo um trote leve me causava mal estar. A parte física/muscular estava boa, sem dores relevantes e sem cansaço que pudesse comprometer. Mas esse mal estar me fez decidir parar na ambulância do km 33 para tomar um plasil.
O atendimento foi bem demorado, o que me fez perder um bom tempo e quase perdi também a paciência. Fui andando do km 33 ao 39 para ver se melhorava, e de fato melhorei. Em vários momentos eu queria voltar a correr, pois sabia que faltava pouco, mas decidi que só voltaria quando faltassem 3Km. Nos últimos 3Km retomei o trotinho, estilo CQC/DQD (custe o que custar/doa o que doer). Mas nem doeu nada, foi bem tranquilo. Bem lento, mas sob controle.
De qualquer forma, ainda que não tenha sido uma prova excelente, fiquei contente de completar os 42Km mantendo minha integridade física, sem cãibra, sem dores, sem desânimo, sem passar mal. Fazendo uma ilustração, o mal estar foi uma pequena mancha numa obra de arte. Dou nota 7 para minha participação. Acho que em 2011, se Deus quiser, volto para melhorar este tempo.
in zone (4): 3:01.44
avg hr: 153
peak hr: 174
min hr: 105
tot cal: 5281
Trecho Freq Parc. Total
0-3Km 155bpm 19.41
3-6Km 158bpm 19.42 39.23
6-9Km 160bpm 19.55 59.18
9-12Km 162bpm 19.23 1:18.40
12-15Km 164bpm 19.16 1:37.56
15-18Km 164bmp 19.15 1:57.12
18-21,1Km 166bmp 20.14 2:17.26
21,1-24Km 162bmp 20.18 2:37.45
24-27Km 168bmp 19.05 2:56.49
27-30Km 168bmp 21.11 3:18.00
30-33Km 154bmp 27.21 3:45.21
33-36Km 125bmp 43.47 4.29.08
36-39Km 131bmp 31.52 5:01.00
39-42,2Km 161bmp 23.47 5:24.47
Vou tentar escrever uma versão mais detalhada, com as pessoas que encontrei (e que não encontrei), etc.
ua
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Até domingo, pessoal
Eu tenho muita vontade de encontrar o pessoal nesta maratona. Conhecer o Joka e o Claudião, reencontrar meus xarás Fábio Namiuti e Fabio Matheus, tentar convencer o Guilherme Maio a ir tranquilo, além das simpáticas figurinhas: Jack, Mayumi, Ivo Cantor, Hideaki e tantos outros amigos... Só não sei onde é o melhor lugar para encontrar a galera. Vou ficar zanzando pela área de largada. Se alguém me vir, não tenha receio em me chamar. Desta vez não usarei a tradicional camisa do Tricolor (por motivos técnicos). Devo estar usando a camisa da seleção brasileira de 70:
Meu setor de largada é o último (branco). Se alguém tiver uma idéia bacana de onde nos encontrarmos, escreva para podermos combinar algo.
Agradeço também pela torcida de todos que não estarão lá fisicamente, mas já escreveram dando muito apoio. Se quiserem me achar na TV, é só me procurar fantasiado de corredor rsrs
Estou me segurando para não ver a previsão do tempo. A instabilidade é tanta que nem vale a pena tentar prever o clima no domingo.
Meus pais vão me dar um apoio logístico, me levando e buscando no Ibirapuera. Durante a prova, se não chover, devem ficar na Pça Panamericana, onde passarei 3 vezes. Ainda preciso confirmar se minhas mulheres poderão estar lá, mas acho que vão.
Até domingo, pessoal.
ua
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Combatendo a ansiedade antes da Maratona
avg hr: 163
peak hr: 179
min hr: 89
tot cal: 1508
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Último longo antes da maratona
18/04/2010
Domingo
8:55
Horário previsto para a largada da Maratona de SP, daqui duas semanas, 2/maio.
Sol bonito.
25ºC e subindo. Chegou a 30ºC.
Vesti a camisa da seleção brasileira de futebol, que troquei na promoção do Guaraná Antártica, me fantasiei de corredor: bermuda de lycra, frequencímetro, boné Contra-Relógio, protetor solar.
Finalmente, depois de várias semanas esquecendo de pesar-me antes de começar o treino, medi minha massa em 80Kg.
Fiquei surpreso ao constatar que terminei o treino com 77Kg, mesmo tomando água a cada 3Km, Exceed Gel a cada 6Km, e mais um Gatorade 500ml ao término do treino. Peço ao nobre colega Ivo Cantor que me ajude no cálculo, pois nunca o fiz.
Esse treino foi ótimo para simular o que posso enfrentar na MSP. Nos primeiros Kms a perna parece pesada, talvez porque eu ainda estava "acordando". Mas nada de pânico, depois melhora.
Outra coisa que reparei foi a pulsação. Com o calor ela fica mais alta.
Mais um ponto de atenção: por volta do km 18 eu começo a "me empolgar", o ritmo acelera naturalmente, mas preciso tomar cuidado para não forçar antes da hora.
Lembro da primeira vez que corri 25Km, na corrida da Corpore 2 anos atrás. Fui bem até os 21Km, mas os últimos 4Km foram terríveis: só não andei porque consegui me motivar a continuar firme. Mas neste treino às vésperas da minha primeira maratona, mesmo com o calor, finalizei o treino em ótimas condições. Cansado, mas com a sensação de que ainda dava para correr vários Kms.
O que me leva a concluir que a maratona está na minha "alça de mira". Já escrevi várias vezes: não gosto de "cantar vitória" antes da hora, mas estou confiante que no dia 2 conseguirei completar a maratona de forma satisfatória.
Minha única preocupação é o calor. Mas estou preparado para enfrentá-lo.
Agradeço pelo apoio de todos que têm me ajudado até aqui. Compartilho minha alegria com vocês.
Agora serão duas semanas de treinos leves, dormir cedo, alimentação balanceada, etc.
Números:
25,5Km
in zone (4): 1:45.18
avg hr: 164
peak hr: 182
min hr: 109
tot cal: 3046
1- 5.12 150 (-d1Km)
2- 19.49 158 (3Km)
3- 19.58 160 (3Km)
4- 19.30 162 (3Km)
5- 19.29 163 (3Km)
6- 19.11 165 (3Km)
7- 19.22 168 (3Km)
8- 19.41 168 (3Km)
9- 19.38 171 (3Km)
10- 5.03 174 (-d1Km)
Total: 2:46:51
Pace: 6:33/Km
ua
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Bombinhas 42K - Quem sabe, algum dia...
Acho que encontrei minha prova-alvo como corredor. Se algum dia eu conseguir fazer, estarei satisfeito.
(O video começa escuro e com um apito. É chato, mas dura apenas alguns segundos, depois fica melhor)
ua
segunda-feira, 12 de abril de 2010
11/04/2010 - 11a Meia Maratona Corpore
Minha 8ª participação seguida nesta corrida, exatamente no dia que minha filha Beatriz completou 8 anos.
Em 2002, quando a Beatriz nasceu, eu estava treinando para correr minha 1ª meia-maratona, que seria lá pelo dia 20/abril. Ela nasceu dia 11, e os 10 dias sem dormir direito me fizeram decidir por não arriscar correr essa distância. Tudo bem. Adiei o plano por 1 ano, e desde 2003 não perdi nenhuma edição.
Agora em 2010, além da coincidência de datas, eu estou em plena preparação para correr minha primeira maratona, e o clima estava com temperaturas amenas, tudo convergindo para que eu tentasse minha primeira marca sub-2h nos 21,1Km.
Mesmo assim, até o momento de largada, compartilhei com os colegas Gilberto, Guilherme, Jack e Sérgio que não estava muito seguro se tentaria nem se conseguiria tal feito.
Explico: sempre corro a meia-maratona em ritmo comedido, sempre dentro da zona de conforto. No desenrolar da prova, se estou me sentindo bem (normalmente no último terço) posso forçar um pouco para uma chegada mais veloz. Meu melhor tempo até aqui era 2h05.
Dada a largada, começo a correr com o Jack, que também parece estar num dia mais rápido. A primeira parcial em 6:10 não é rápida nem lenta, culpa da aglomeração inicial. Mas as parciais seguintes mostram que este era o dia para tentar bater o sub-2h: 5:33 na placa de 2Km e 5:17 na de 3Km. Nesse momento eu perdi o Jack. Tentei controlar a empolgação, mas era difícil fazer o ritmo estabilizar. Eu sabia que deveria fazer 5:41/Km para cravar 2h nos 21,1Km, mas todas as parciais ficavam abaixo dessa marca.
Entre os Km 7 e 8 o Jack me ultrapassou. Nem tentei acompanhá-lo, pois meu ritmo já estava forte e achei prudente não acelerar mais ainda.
Passei a marca da metade da prova com 58min, dois de "folga" para "queimar" na segunda metade.
Por volta dos 15~16Km comecei a sentir que seria difícil manter o ritmo mas, por outro lado, se eu conseguisse seguir correndo, já seria suficiente para fechar abaixo de 2h. Não sei se teria outra chance, tão cedo, de conseguir essa marca.
Minha luta, então, foi manter-me na corrida. Não desanimar. Raspar o tacho, as últimas reservas de energia. Pensar que essa era uma homenagem à minha filha foi o que me manteve (até certo ponto) forte na prova. As parciais começaram a bater os 5:40, 5:50 e até 6:00, mas também consegui uma de 5:30 no km 19. Não consegui uma chegada muito forte, mas foi o suficiente para completar em pouco menos de 1h58, meu novo RMP (Récorde Mundial Pessoal).
Com certeza, o clima com temperatura abaixo de 20ºC ajudou bastante. Não chegou a fazer frio, mas estava bem fresquinho.
Contudo, foi meio sacrificante para mim correr neste ritmo. Talvez, com o passar do tempo, eu sinta alegria em ter conquistado esta marca, mas na hora da chegada eu não me sentia nem um pouco feliz: somente cansado e com dor. Preciso avaliar com calma se vale a pena passar por isso.
De qualquer forma, foi uma decisão consciente da minha parte, e assumo toda responsabilidade pelas consequências. Sejam elas boas ou ruins. Só sei que não pretendo correr 21Km nesse ritmo tão cedo.
E, como treino para a maratona, depois da meia da Corpore tive que encarar "outra meia" nas comemorações de aniversário da Beatriz. Essa sim, me deixou bem alegre, feliz e, claro, tão cansado como a primeira rsrs
Números:
in zone (4): 1.56
avg hr: 173
peak hr: 204 (???)
min hr: 99
tot cal: 2344
1- 6.10
2- 5.34 164
3- 5.17 172
4- 5.21 172
5- 5.32 173 (27.53)
6- 5.27 172
7- 5.26 172
8- 5.16 172
9- 5.43 173
10- 5.25 174 (55.10)
11- 5.26 174
12- 5.29 174
13- 5.41 174
14- 5.38 173
15- 5.39 173 (1:23.03)
16- 5.34 175
17- 5.41 176
18- 5.58 176
19- 5.34 176
20- 5.42 177
21,1- 6.18 179 (1:57:50)
ua