Em janeiro comecei meus treinos para correr a Maratona de SP, que será no dia 19/06/2011. Graças a Deus estou conseguindo cumprir o planejamento, com um ou outro ajuste pertinente.
Esta meia-maratona da Yescom, como em 2010, entrou no meu calendário de preparação, embora eu não tenha me animado muito pela prova em si. Encarei mais como um treino mesmo. Como alguns dizem por aí, um "treino de luxo" rsrs.
No fim de semana anterior eu não consegui cumprir o treino longo por causa do calor. Então, no treino de 4ª feira resolvi aumentar a distância prevista, de 10km para 19,5km. O treino foi ótimo, à noite, e durou 2h01. Mas por causa dele tive uma noite muito agitada e não dormi direito à noite. Na 5ª feira eu estava um caco, não conseguia comer direito, mas tomei alguns cuidados que me fizeram melhorar aos poucos. Não fui nadar, e na 6ª feira também só fiquei em repouso.
No sábado já estava me sentindo melhor, e até fiz um excelente treino de 1km com minha filha rsrs
Para domingo eu tinha que cumprir um treino longo de 32km. Mapeei um
percurso de 11,1km que eu correria antes da largada, e emendaria o final deste "aquecimento" com a largada da prova.
Cheguei à região do Pacaembú antes das 7h, me arrumei, tomei uns goles de Gatorade e parti para a primeira perna prevista. Temperatura agradável na Av. Pacaembú, na casa de 22ºC. Voltei, subi até os cemitérios da Av. Dr. Arnaldo e desci novamente para o estádio e avenida homônimos. Perto do Minhocão, o mesmo termômetro já marcava 27ºC. Na volta para o carro, passaram por mim as largadas dos cadeirantes e elite feminina. Ao passar no possante para mais uns goles de Gatorade, ouvi a buzina de largada. Tudo dentro do planejado.
Fui trotando para a linha de largada e entrei na prova com cerca de 6min decorridos. Ainda teve muita gente que acabou largando depois de mim.
Eu estava me sentindo bem, mas tinha que tomar cuidado pois ainda estava no início de uma distância longa. A presença de público no percurso é quase nula, e os quilômetros iniciais têm poucos atrativos a serem registrados. Único destaque para o fato de, enquanto estava passando pelo Minhocão pela primeira vez, os cadeirantes e a elite feminina já estavam em sua segunda passagem. Ao sair do Elevado, ouvi algumas pessoas gritando que o Marilson estava passando.
Ao passar pelo Bom Retiro começamos a observar uma mudança de cenário, incluindo alguns pontos turísticos, mas também áreas degradadas.
A marca de 10km, para mim, significava ter completado a distância da meia-maratona. Meu tempo pessoal ficou em 2h18. Na minha cabeça, aquela era a marca de dois terços do planejado.
Eu estava motivado, tomando cuidado para não me empolgar antes da hora, e constantemente avaliando minhas condições físicas e a possibilidade de ir até o final. Mas a falta de Gatorade no posto onde deveriam estar distribuindo o mesmo acabou me atrapalhando física e psicologicamente.
No posto de água seguinte caminhei alguns metros, mas retomei o trote na sequência. De volta ao Minhocão, caminhei umas duas vezes e consegui retomar o trote.
Nessa segunda passagem pelo Minhocão, encontrei (já voltando, claro) algumas pessoas conhecidas, como o Marcelo (de Alphaville), o Fábio Namiuti, o Jack e meu chefe Tom. Perto de mim, também cumprimentei o Geraldo.
Comecei a sentir uma sensação desagradável, provavelmente em função do calor e devido a já estar correndo há mais de 3 horas. Um sintoma estranho, que nunca tinha sentido antes, foi algo no meu ouvido esquerdo. Não sei se estava "alagado" de suor, mas parecia que alguma coisa atrapalhava a audição daquele lado. Sabe quando a gente sobe ou desce uma serra de carro, e parece que o ouvido "entope"? Era algo parecido, não sei direito o que era.
Meu cenário foi se deteriorando no final da prova, até que no km 19 eu resolvi dar uma nova caminhada, mas acabei andando até o final. Não consegui retornar ao trote. Comecei a sentir um mal estar, e achei prudente não forçar mais, para não piorar.
Nessa caminhada pela Av. Pacaembú, além de reparar que o termômetro marcava 31ºC, encontrei o Seneval e o Fabio Matheus, ambos já indo embora.
Na praça Charles Miller o Jack me cumprimentou da grade e, ao perceber que eu não estava bem, foi me encontrar na chegada para me dar um suporte médico.
Cruzei a linha de chegada com mais de 2h30 no tempo oficial. Cerca de 3h45 para mim (32km).
Após pegar a medalha, cumprimentei rapidamente o Ivo e esposa, tentei achar o Serginho ao lado da banca de jornais, e fui à tenda médica tomar um plasil na veia.
Ao me encaminhar para o carro, ainda estava meio "mals", mas quando comecei a tomar meu Gatorade trincando de gelado fui melhorando aos poucos. No caminho para casa sequei quase duas garrafinhas de isotônico. Em casa tomei uma latinha de coca-cola, tomei banho, deitei, tomei mais uma garrafa de Gatorade e, depois de algumas horas e outras bebidas, já estava renovado para enfrentar o dilúvio que caiu sobre SP, mas esta é uma outra história...
Apesar dos percalços, avalio que este treino-prova foi muito positivo e proveitoso. Em 2010 meu
primeiro longo de 32km foi abortado. Acho que em 2011 estou melhor preparado, mas tenho consciência de que ainda estou no começo e tem muito chão pela frente.
Editado: PS: antes de chegar em casa o sintoma estranho no ouvido já tinha sumido.
Marcação pessoal:
in zone (4): 3:08.06
avg hr: 155
peak hr: 171
min hr: 30 (!?!)
tot cal: 4075
1- 152 1:15.30 (11,1km - aquecimento)
2- 151 19.47 (0->3km)
3- 157 19.22 (3->6km)
4- 160 19.57 (6->9km)
5- 160 20.19 (9->12km)
6- 162 22.32 (12->15km)
7- 159 23.49 (15->18km)
8- 148 31.31 (18->21,1km)
total: 3:49.47 (32,2km)
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