terça-feira, 29 de abril de 2014

27/04/2014 - Track&Field Run Series Iguatemi Alphaville


Corridinha no meu bairro, meio cara, mas deu para encarar.
O kit é de alta qualidade, com garrafinha de alumínio, meia esportiva, boné...
No ano passado, nesta corrida, eu estava no pico do treino para a maratona, e fiz meu melhor tempo nos 10km (46:29). Desta vez estou treinando bem menos, e com menor intensidade. Resolvi fazer a primeira metade forte e a segunda "só para acabar".
Fui à pé até o shopping, peguei o chip e tentei encontrar alguns vizinhos e colegas de corrida. Conversei um pouco com o Martin e sua filha Nicole. Faltando 15 minutos para a largada, fiz um breve aquecimento nos corredores do shopping, e depois completei o aquecimento na calçada ao lado da largada.
Como eu queria começar forte, achei que seria bom aquecer. O clima estava fresco, com céu limpo e Sol brilhando.

Largada pontual às 8:00, levei apenas 10 segundos para passar pelo pórtico. Tentei não abusar da descida inicial, mas não teve como conter o susto ao passar 1km em 4:19. Fim da descida, chegou a hora de ver qual o ritmo eu realmente conseguia segurar nos próximos 4km.
Até a placa de 3km eu consegui forçar bem, mas então comecei a sentir que realmente não estava preparado para aquele passo. Mas só faltavam 2km para minha meta, então eu segurei as pontas por mais um tempo.
Logo à frente juntava o percurso de 10km com o retorno do pessoal de 5km, o que provoca um conflito de ritmos. Fiz alguns zig-zagues e o ritmo deu uma quebrada, tanto acelerando como reduzindo.
Na placa de 4km eu estava meio afogado com a saliva na boca, mas consegui regular a respiração e segui firme para o último trecho forte.
Fechei a primeira metade com 22:40 e aliviei o passo como planejado.
O pessoal que vinha na mesma balada que a minha começou a me ultrapassar, mas fiquei no meu cantinho e segui na minha levada.
Fiz o retorno na Via Parque e tentei visualizar algum conhecido que pudesse estar me alcançando, em especial o Martin.

A placa de 8km passou muito antes da marcação do GPS. Até ali a diferença tinha sido pequena. A placa de 9km estava ao lado da placa de 1km, no pé da ladeira. Eu sabia que dali até a chegada era 1km mesmo, então desconfio que o retorno na Via Parque estava no lugar errado.
Como eu conheço o percurso de outros carnavais, sabia que a subida do último quilômetro é bem chatinha. Ela é longa, começa não muito forte, mas muda de inclinação no meio do caminho, ficando mais pesada. Depois, no final, fica praticamente horizontal, mas ainda é uma subidinha.
Passei por muita gente nesta subida. Acabei forçando um pouco e, depois que passou a parte mais difícil, fiz um pequeno sprint até a chegada (pequena descida).
Resultado oficial, 48:33, mas tinha menos de 10km, com certeza.
Corri mais um pouquinho, só para inteirar os 10km no GPS, mas não esquentei muito com esta diferença.
Conversei com um pessoal e depois voltei para casa.

Marcação pessoal:
3km - 13.24
6km - 14.24 (27.49)
9km - 15.36 (43.25)
10km - 5.11 (48.36)



segunda-feira, 14 de abril de 2014

13/04/2014 - 15ª Meia Maratona Corpore


Minha 28ª meia maratona, 12ª participação nesta prova (1 eu não completei), prova #250 desde que comecei a registrar minhas participações de forma sistemática (final de 1999).
Desde janeiro eu não venho treinando muito forte. Mesmo após uma pausa natural após a maratona, estou achando que o retorno aos treinos sérios está demorando um pouco. Mas também não estou parado: tenho pedalado aos fins de semana, e nado às terças e quintas.
Na meia da Yescom eu tinha feito uma corrida fraca, ainda que o tempo final não tenha sido ruim (2h05).
Olhando para este cenário todo, mesmo não ficando desanimado por antecipação, eu não tinha grandes previsões de resultado.
Na semana da prova consegui fazer dois treininhos de aproximadamente 9km. No segundo tentei forçar um pouco o ritmo para sentir como estavam as pernas. Diagnóstico: não tão mal, nem tão bem. Achei que conseguiria manter um ritmo forte por uns 10 ou 12 km, mas depois iria sentir a falta de rodagem.
Descansei sexta e sábado para chegar na prova bem leve.
Domingo de manhã saí de Barueri antes das 5:30, ainda escuro. Tinha gente voltando da balada e eu indo correr. Cheguei à USP rápido, mesmo mantendo o carro na faixa de 80km/h. Estacionei num lugar bom e fui procurar por conhecidos.
Bati uns papos com o Geraldo, Sidnei, Martin e Carlos (Pastor), além de cumprimentar rapidamente o Namiuti, o Itimura e a Cláudia. Na largada, ainda encontrei o irmão do Bezerra.
Largada pontual, levei menos de 1 minuto para passar pelo pórtico. Não ia ter largada em ondas? Bom, agora já foi.

O início do percurso é meio estreito para a quantidade de pessoas participando, mas logo começam a aparecer alguns espaços para correr com mais tranquilidade. Eu tinha acionado o GPS (do celular) um pouco antes da largada, e por isso a marcação não batia nem com a oficial nem com o meu relógio. Mas na média ficou uma aproximação bem razoável.
Passei a marca de 1km um pouco acima de 5 minutos, o que estava de bom tamanho. Dentre as várias opções de objetivos à minha disposição, escolhi tentar algo entre 5:24 e 5:40 por km. O primeiro (5:24) era o ritmo que eu queria ter feito na Disney (sem sucesso, nem de perto). O segundo (5:40) era o que eu precisava para fechar sub-2h.
Passei a marca de 2km na casa de 10:10, ainda mais rápido que a primeira parcial. Estava me sentindo bem, mas ainda não tinha encaixado um ritmo que eu sentisse “sob-controle”. Entre os km 2 e 3 passei o Carlos Pastor, o que nunca tinha acontecido na história da humanidade (dramático, não?) e logo em seguida emparelhei com o Bezerra, grande maratonista dos tempos em que eu trabalhava no Safra. Passei e segurei. Será que eu tinha perdido completamente o juízo? Sem treinar direito, e tão forte logo no início de uma prova longa? Com certeza era insanidade forçar dessa forma.
Tentei ver o Felipe Lobas no retorno perto do Jóquei, mas não consegui. Outros que também estavam na prova, mas não vi em momento algum: o Joka e a Rita.

Nas parciais seguintes consegui controlar um pouco o ritmo, sempre um pouco acima dos 5 minutos. O percurso é praticamente horizontal, mas nas poucas subidinhas eu senti umas pontadas no joelho direito. Nada grave, só tive que ir um pouco mais devagar.
Com o ritmo mais constante, comecei a “marcar” alguns corredores que iam no mesmo passo. Ora eu me aproximava, ora eles abriam. Percebi que tanto o meu ritmo como o deles variavam de vez em quando. Normal.
Passamos em frente ao Parque Villa Lobos e atingimos a metade da prova. A marca de 10 km eu passei com 51 minutos, mas sabia que nem adiantava fazer conta para o tempo final, pois não ia dar para manter aquela média até a chegada (principalmente considerando os primeiros 3km fortes). Pelo menos eu sabia que estava bem melhor que na meia da Yescom, inclusive na parte de motivação.
Após a metade da prova, minha ideia era manter aquele ritmo bom por mais algum tempo, para ter alguma gordurinha para queimar no final. Comecei a vislumbrar um tempo na casa de 1h50, que seria excelente nas minhas condições atuais. Achava difícil, mas se eu mantivesse aquele passo por mais algum tempo, quem sabe?
Na marca de 13km percebi que o passo ficou um pouco mais lento. Não identifiquei direito o que aconteceu. Eu não estava desanimado, e não estava cansado o suficiente para precisar diminuir intencionalmente. O único problema prático tinha sido meu esquecimento dos géis carboidratos. Acho que foi minha primeira meia maratona completamente sem gel, só na água. Não sei se esse foi o motivo, mas minhas parciais começaram a piorar um pouco. Nada grave. Era quase previsível mesmo.
Na grande reta da raia tentei avaliar minhas condições. Será que tinha acabado meu gás? Será que eu ia quebrar? Poderia reduzir o ritmo estrategicamente para ter uma reservinha para o final? O Diego passou por mim num passo super leve (para ele), e fiquei com vontade de acompanhar, mas nem tentei.

A avenida Escola Politécnica costuma ser a tampa do caixão. Desta vez o sentido estava invertido, e sem Sol. Só faltou mesmo eliminar aquele cheiro horrível de glicerina (produto de alguma fábrica da região). Como a minha marcação pessoal usa parciais de 3km, ao passar pela placa de 18km eu sabia que era o último trecho. Tentei apertar o passo. Tentei calcular o tempo em que eu poderia fechar a prova. Na placa de 19km uma boa notícia: parcial um pouco acima de 5 minutos. Ótimo! Eu ainda tinha uma reservinha. Algumas dorezinhas na virilha, só para dizer que não estava tão tranquilo assim, mas nada grave. Na placa de 20km eu já não estava mais tão empolgado, não conseguia mais forçar tanto, mesmo faltando tão pouco. Pelo menos já não dava mais tempo de desanimar, e calculei que fecharia com 1h50 alto.
Surpresa: fechei abaixo de 1h50. Oficialmente 1:49:38.
Excelente!
Quase o mesmo tempo de 2013 (1:49:00 – só que em 2013 eu estava bem melhor e fiz esse tempo com sobra).
Fiquei mega satisfeito com o resultado.
Mas não posso me enganar. Sei que estou mal treinado e preciso voltar aos treinos sérios. Sei que fiz 1h42 há menos de um ano atrás. E, por fim, fiquei com as pernas cansadas o domingo inteiro, mesmo descansando por uma hora, deitado, antes do almoço.
Vou aproveitar essa boa prova para recuperar a pegada, tomar vergonha na cara, e voltar às pistas de treino.


Marcação pessoal:
1- 15.12 (3km)
2- 15.18 (6km)
3- 15.14 (7km)
4- 15.29 (12km)
5- 16.15 (15km 1:17:27)
6- 16.08 (18km)
7- 16.07 (21,1km)

GPS:
http://www.endomondo.com/workouts/322843872/8052989